Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

quinta-feira, 15 de março de 2007

Brinquedo de significantes palavreados



Morfossintaxe da semântica construção frasal - sem métrica nem retórica

As palavras e os sentimentos
Os seres e os movimentos

A classe e os simpatriotas
O gueto e os compatriotas

As teclas e as premonições
Os pincenès e as admirações

E o enredo entre fábricas e papéis
e a inspiração sob rubricas e bacharéis...

A academia detestável;
os estudantes adoráveis.

Que vida interessante, hein, colegas
Se tão extenuante não estivesse,
mas é questão de ponderar veleidades e verdades.

[,,,]

Vibração e vivacidade
Impotência e apatia

Soco e tédio
Tesão e carícia

Vinho e queijo
Fastio e náusea

Emprego e salário
Miséria e vagabundância

Sucesso e amor
Ódio e infortúnio

Fortuna e lazer
Disciplina e pauperidade

Pão e leite
Aguardente e torresmo

Nomes e verbos
Adjetivos e advérbios

Sala-lingua-da em tropel apocopada
No volume sem tomo
apenas com título
e folhas por grafar
mas faltam alfabetizados eloqüentes.

(:::)

Orgasmo
Ressaca

Paixão
Violência

Homem
Mulher

Azul
Vermelho

Medo
Brio

Langor
Força

Paz
Mal

=
.

Oh, não sei sorrir
mas chorar é tão fácil
prefiro atitudes mais oblíquas
ao menos que evitem o paralelismo e perpendicularidade fúteis.

{~}

Sim, isto não era poema.
Não, isso que era prosa.
Talvez, algo pode haver
entre as vírgulas e dois-pontos
que provoque um certo ponto no final.
Em absoluto, a contagem não é matemática ou filosófica
pois a ciência não é das mais exatas.
Por certo, assim, só mesmo o estranho tilar entre as chaves.

A gramática e a língua humanos são entes tão dialogantes, hã?!
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