Hei: Let's playthat, camaradinhas, Torquatoday?!
Em meio a um céu destemundinho infernal, relampejante, acometido de convulsos trovões e raios que nospartam, propusera-me a escrever algo de necessário, de útil, delível-escrevível-inventável para uma parcela de não menor oportunismo: após-moderna adolescência aborrecida, a juventude transviada, aliás, muito<viada> mesmo, no sentido de feita ou metrificada por algo fingido, sópra se aparecer e posar de radical, diferentão, estiloso pruma galerona grande,da-hora pruma minoria de pessoas-objetivo;
Eis pausa célebre aqui, para o respiro fundo,em uma pichação de rua, de casa, de escola, ou quaisquer espaços devisibilidade publicitária a-censurável de nossos "futuros da nação"contemporaneozinhos: "Para rebeldes sem [conhecimento de] causa, nãoprecisa nem ditadura, nem manifesto pra haver: basta um carisma absurdo, umatrivial vontade de ser lembrado histórica-midiáticamente pela elite/classemédia/povo massal e um conjunto de alienados em sua pseudo-subversão".
Sem conhecimento de causa (e sem o teorpejorativo ou preconceituoso ou ofensivo aos direitos da diversidade humana quepossam me incriminar pelas frestas de ouvido depois, porque quem sabe-sealfabetizado entende que não é isso que quero dizer; infelizmente, foi precisoescrevinhar essa joça de parenteses pra alguma mente escandalosa..).
Nas leituras, de mundanismo ou academicismo,há que se compor algo de sólido, ou ao menos parcialmente denso em nossoespírito inquieto, sobre alguma coisa, alguma realidade discontemplável que nosaflija e sobressalte nosso sentido a pensar sobre ela, de alguma forma ou deoutra formalidade besta. Admiro-me, sarapanto-me e extasio-me face-e-costas atanta incompreensão pessoal minha diante do meus semelhantes, meus épocos eépocas colegas: estão assim tão em coma, tão incaçoantes, meio que utísticosaté, se um médico sociológico do quilate dum Durkheim, Weber, Marx ou Foulcautpudesse diagnosticar isso.
Estão assim, conformistasões, engajadozinhos,duas-caras, duas-moedas, dois-personagens. Repugna-me tal situação, talcomportamento desetiquetado para a receita da revolução pensante, das massasonipotentes brasileiras. Sou um recôndito cidadão teresinense, piauiense,nordestinense, brasileiro, latino-americano, ocidental, mundial...mas, eminstância nenhuma dessas vejo cabimento para a impropéria e ultrajante condiçãoa qual me apresentam esses meus diferentes! Que infâmia desse magote desafados, dessa croja, dessa cambada de confinados a pão-circo-fetiche...ummal-estar cabal assola a humanidade (seja no sentido de comunidade dos sereshumanos, seja no sentido da temperança para com a dignidade do próximo e doente coletizado).
Apesar de ter pensado e socializado isto,páro por aqui mesmo; a deixar um espaço e um tempo pra que vocês mesmos, homem,mulher e ser humano, adivinhem ou predigam o próprio resultado práxico de suasconclusões. Se tiverem sido alfinetados ou, no mínimo, aguçados e flertadospela vontade de pensar nesses causos aí presentes, me satisfaço...por enquanto.
“Épreciso arrancar alegria ao futuro/Nesta vida morrer não é difícil/O difícil éa vida e seu ofício.” (Vlad. Maiakówski)
“Demodo q FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure” (Torq. Neto)
João Paulo Santos Mourão 11/04/2006
nocturne
2 comentários:
p. s. verbi gratia: mais uma experiência dadaísta nesse espaço cosmopolitizado que é a webloguista. Leiam o texto em sua inteireza no post último. Comentários sobre a estrutura gráfica do blog devem ser feitos ao joker, ao inventor desse modelo de linguagem hiper text...salve, Dadá..
Sugestão de sábio Dadá:
Caso queira provar a existência de um texto nessa postagem aparente a ininteligível basta selecioná-la, copiá-la e colá-la num bloco de notas quaisquer. O texto ressurgirá das manchas cinzas, qual a ave fênix renascida pela consciência templateada ao óbvio.
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