Escrito sem título [apocrifias]
Tenho pensado francamente em abandonar a escrita: ela me toma toda a vida, que se perde sem sentido e esvaindo-se por minha juventude está a coragem de enfrentar com raça e fôlego e braveza e amor o mundo vazio de tudo aquilo ao cujo significante o significado não há, o motivo, a missão de tais empenhamentos perdidos.
E, na atual insônia periódica, à míngua de mim e do meu sentido, surgem estas idéias vulgares. O humano é essencialmente animal, racional, mas ainda é bicho no aspecto. Poxa, se nunca e sequer alguma vez hemos conseguido a perfeição celeste e excelsa, por qüão idiotizada imaginação é que conseguimos alcançar a virtú, a ocasião de sucesso perfeito em harmonia?
Não merecemos, logo, as faculdades e os dons com os quais nascemos. E voltemos a ser quadrúpedes felizes e austeros, porque a minha esperança já se fora toda.
João Paulo Santos Mourão
10/06/2006
protesto na central de busantes
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Na central de busantes
uma palavra se ouvia, um eco ardia aos ouvidos:
protesto, protesto...!
Ninguém ao certo sabia
porque aquele grito surgia
nem porque a...
Há 9 anos
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