Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 15 de março de 2008

Invocatórias Humanas


Não é vestindo uma camisa que se torna alguém militante. Não está no empunhar de uma bandeira a fórmula cabal para [solver] uma crise. Não somos apenas pessoas pelos mesmos motivos políticos de antanho; é algo bem mais sólido esse ímpeto que nos governa o ânimo para a vida, que nos faz bradar palavras e exprimir gestos numa inconstância entre razões, sentidos, emoções e palpites. Mas muitos gritos, choros, vivas e risos aconteceram, acontecem e acontecerão até que cheguemos ao próximo momento e, por obra do destino - cujo teor podemos compor e cuja trajetória hemos de alterar sempre que se faça mister assim - as cousas menos prováveis, ah, elas aparecem e nos causam visagens interessantes.

Até o mais imbecil dos idiotas tem sabedoria bastante para entender que a nossa passagem por este mundo vale muito mais de que qualquer estranha pobreza de espírito; quem transfigura o amor, a paz, a harmonia, a verdade em injustezas, medos, torturas e dores são na realidade os perdidos, os néscios e os inconvenientes à nossa profusão de liberdades, dimensionamento de igualdades e procedimento de fraternidades, pois somos todos uma grande manada querendo ser rebanho, [mas] para no fim ser plêiade.

Meditamos e aplicamos nossos conhecimentos, mesmo sem siglas ou crachás, a todo instante, a cada sinal ou vocábulo explícito, o grupo nos cerca e nos tem em consideração, se assaz educados e ativistas realmente nos fizermos. Todo fato tem seu mentor ou sua geratriz, sua gênese: nossa compulsão se torna correta ou errada à medida em que escolhemos líderes, posturas ou atitudes.

A participação e intervenção sociais se comungam nesse construir de vias instrumentais, de geração a geração. Portanto, não queremos é nos apegar aos erros do que já se fôra, nem nas dúvidas do que não se sabe ao certo como foi; irremediável movimento é de colher as vitórias, assumir os fracassos e projetar(-se) em possibilidades acreditáveis e acompanháveis pelos compatriotas, conterrâneos e consentâneos a nós, posto sermos seres políticos e econômicos, em essência, ciência e transcendência.

Esta a lição a qual nos é dada e a que nos podemos responsabilizar!

THE-PI ~março/2008

p.s.: Por favor, perdoem os termos tríplices reiterados, mas é da minha natureza lingüística usual!

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Um comentário:

Marcos Freitas disse...

João Paulo,
segue convite para o lançamento de meu mais recente livro "Raia-me fundo o sonho tua fala", dia 20 de março próximo, no Açougue Cultural T-Bone, às 19h, Brasilia - DF.
Marcos Freitas.

Atalho para: http://emversoeprosa.blogspot.com/