De acordo com “Ral”, o projeto é uma mostra de trinta capas de discos de vinis, emolduradas em painéis fotográficos, que trazem imagens de artistas consagrados da MPB. “É uma necessidade de resgatar a história da música e todas as capas que serão expostas têm algum processo artístico que valorizou a imagem”, conta o organizador.
As imagens trazem desenhos dos artistas gráficos e plásticos Elifas Andreato**, Luiz Jasmim, Mello Menezes, produzidos nos anos de 1970 e 1971, além de fotografias de Walter Firmo, Cafi, Wilton Montenegro, o piauiense Luiz Mota, entre outros. O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Teresina, através da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Aldatur e Atelier Armarinho São Francisco.
O projeto nasceu de uma pesquisa do organizador sobre discografias de artistas da Música Popular Brasileira, que acabou sendo transformado em exposição. “Ele é apenas o início de uma série de novos projetos que virão até o final de 2008 e começo de 2009”, comenta “Ral”.
A exposição será lançada em uma ocasião especial, nesta quarta-feira, data em que é comemorado o aniversário de Villa Lobos e que marca o início das atividades de música da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
Fonte: FCMC
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POESIA
INDICATIVO
UMA LEMBRANÇA
NENHUMA PALAVRA
UM HOMEM DORMINDO
EM PLENO DIA.
- ACORDA MOÇO, A MANHÃ CHEGARÁ
HAVERÁ LUZ BANHANDO TEU CORPO
por Ral
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Elifas Andreato, artista plástico
Elifas Andreato é, talvez, o mais importante artista gráfico do Brasil. Sua trajetória, dentro das artes nacionais, é única: saiu de uma condição miserável no interior do Paraná, conviveu com o analfabetismo até a adolescência, foi operário e militante político perseguido pela ditadura. Sem instrução formal tornou-se referência no meio intelectual e artístico do país. E, sem nunca ter passado por um banco de escola, Elifas Andreato chegou a ser professor de Artes na USP.
Sua grande contribuição à cultura nacional, porém, data de 1970, quando o jovem artista, apaixonado por música brasileira, foi responsável pelo projeto gráfico da coleção História da MPB, que marcaria época pela Editora Abril. Os LPs eram vendidos em bancas de revistas, mas chamavam mais atenção os encartes que os acompanhavam. Traziam uma diagramação revolucionária para a época e eram feitos após rodadas de chope e de sinuca, que Elifas promovia com os compositores a quem ia retratar. Isso serviu para que o jovem paranaense conhecesse intimamente os artistas a quem estava retratando, imprimindo nelas a personalidade de cada um.
Foram quase 500 capas de lá para cá. De Pixinguinha à Zeca Pagodinho, praticamente todos os compositores e cantores do Brasil tiveram o privilégio de contar com uma obra de Elifas Andreato em sua discografia. Porque uma capa assinada por Elifas deixava de ser apenas uma mera capa de disco para se converter numa pequena obra de arte.fonte: www.consciencia.net/
Um comentário:
Jp,
Parabéns pela lembrança a respeito da exposição. temos que mostrar e divulgar a cultura para ver mais investimentos.
Falou!
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