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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

50 anos de Brasília: uma ilha paira nos ares

Tirante a política, a qual não fazemos menção aqui por ser de nosso completo desinteresse (cobertura na mídia suficiente sobre escândalos já foram divulgadas quanto aos assuntos da virada de ano e seguem sendo ditos...) gostaria de fazer aqui um pequeníssimo adendo ao comemorar deste patrimônio da humanidade, falando de sua arquitetura, artes e projetos: a nova Cap, como fora chamada pelos construtores de antanho em sua edificação, celebra em 2010 o seu cinquentenário.

Sob a égide do sonho de Niemeyer/Costa... e a realização de JK (o brasileiro, não o americano!) esta cidade pretendia ser a amostra triunfal e modelo exemplar da proposta: 50 anos em 5, encurtar as distâncias entre o Brasil do interior com o Brasil central; em suma, bem grosso modo, poderíamos dizer isto sim.

Pois bem. Brasília é a capital nacional que não pára, que se atualiza e atualizando-se através de miscigenações de gentes/saberes/polifonias/coloridos/ideologias de todos os cantos desta pátria e até de além dela inclusive.

Campo de pouso e decolagem de passados presentes pelo futuro de um país, a folhetinesca e politizante cidade politéia "Braziliense" emaranha anseios e carreia pundonores de se fazer do Brasil um país de respeito: muito mais cá dentro que lá fora, vamos ser forçosos a opinar assim. Porque a opinião pública e a imprensa ainda são poderes bem mais críveis e cordatos que os instituídos como "constituídos".

Gostaria eu de não pecar falando da boca pra fora, que não me tomassem por ufanista deste lado do ocidente malamanhadamente des-coberto do globo. Não. Quero o povo pensando nos propósitos e na tentativa de se fazer o Brasil mais uno, mais senhor de si e competente em suas decisões, e isto perpassa o desenho desta cidade: ela é um plano-piloto, até seu rascunho mostra isso! Ela é um modelo, não um molde absoluto! Saibamos extrair o que de bom ela realmente nos pode mostrar nestes 10 lustros que sustenta altiva, robustecida e séria (sim, porque não?).

Termino falando simplesmente: façamos de nossa aldeia, nossa tribo, nosso município, nossos distritos e bairros,... o que se esperava no esforço daqueles arquitetos, gestores e candangos, dentre outros, o que de bom pudermos, pois podem surgir coisas dignas de se citar na Biblioteca da UnB ou na Biblioteca Nacional, quais sejam!

O Brasil precisa ser a referência pro mundo, não um paisinho banco de reserva, plagiador, alfabetizado desfuncional e meia tigela sudamericanista improbo, inconsistente, impuro, impotente!

Eis o que expresso nestes maldiagramados pixels.
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