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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Comunicação Universitária - outras aventuras, outras problemáticas

Fazer comunicação? Ah, é muito fácil, moleza, tranquilex, simples demais, de boa, ja é, ...! (entre outras gírias, expressões e jargões)
É? Mas é mesmo? Não na universidade piauiense (expressão aqui tomada em sentido lato, generalístico).

 Digo universidade que é por onde ando e tenho vivido academicamente os últimos recentes anos meus com os(as) melhores, mais engajados(as) academicamente e mais bem intencionados(as) professores(as) de comunicação que se possa imaginar. E digo isto mesmo depois de muitas pessoas me criticarem à minha ausência, porque mesmo a crítica ausente, se bem empregada, é útil ao criticado; quem não sabe ouvir crítica, não pode se atrever a fazer crítica. Portanto digo e repito mesmo: temos alguns dos melhores professores e professoras de comunicação deste país, talvez da América latina, aqui no Piauí. Só não são divulgados cientificamente tampouco socialmente pela sua universidade - esta parcela da sociedade que detém a primazia de constatar com acerto e fazer o saber ser descoberto a quem interessar possa.

O único problema é: vivemos num piauiense estado de coisas, estado este que nos lega aos novos e interessados pedagogos da comunicação apenas baús de amadorismo, comodismo, corporativismo, indicalismo (da já conhecida expressão de lobby "quem indica quem" - podendo-se aí até apresentar em sequencia um lide: quem? onde? quando? por quê? para quê? quanto? Em quais circunstâncias? Por causa de quem?A fim de quê consequências? etc. que um bom parágrafo jornalístico pode ter) de fora para dentro da universidade - isso muito independente de questões de crença, ideologia, partido, gênero, raça, etnia, ... enfim, essas categorias todas são ofuscadas e sobrepujadas pelo " infelizmente quem está no poder lá em cima em Brasília e os acima destes encimados que os comandam nos deixam sob estas condições apáticas, 'amóveis' e inertes."

Há alguns posts, falávamos do problemão que é articular, mobilizar, etc. e comunicar também. Que fazer alguém chamado "consciência coletiva" convergir para algo do "interesse geral" da maioria dentre a minoria que somos neste estado de coisas piauiense é algo a beirar o utópico.

Hoje, "só quero dizer o que pode dar certo". Fala-se bastantemente em agenda positiva e agenda negativa na mídia, além da agenda neutra. Aliás a neutralidade (não confundir com passividade ou entreguismo) que nada mais é do que permitir às vozes, imagens, documentos e testemunhas ou fontes que falem cada uma de seu lugar está muito em desuso por essa nova geração (digo a geração pós implantação do curso em faculdades/universidades e cursos de pós graduação e doutorado mesmo!). A parcialidade que também não passa da sobrevalorização de determinado lado no caso em apuração esta é que é a tal. Olha é o cúmulo do comodismo, a matéria premeditada ao extremo, o assunto unilateral, a cobertura parcial, etc. Dizem até alguns professores(as): "Então você ainda é ingênuo de acreditar em neutralidade e imparcialidade? Vá pros ******** "

A tal agenda positiva já tem mídia demais. E mesmo os gestores, comerciários, empresários, industriais, ... universitários, precisam saber lidar com as mídias. Muitos midiatas e efígies de uma época não mais alcançam a comunicação em suas formas ou móbiles contemporâneos. Muito poucos se deram ao trabalho de reciclar-se, atualizar-se, reaprender-se, mesmo aderir aos novos meios e mensagens.

Por outro lado os novos não sabem sequer se expressar em bilhetes virtuais na língua vernácula, tampouco em mídias mais formais a sua tentativa de jornalismo. Digo tentativa porque eles não conseguem nem entender que só fazem assessoria, relações públicas e marketing misturado com má propaganda e publicidade (ferindo inclusive a esfera de atuação de seus outros colegas de profissão, num mix venenoso à vida comunicacional).

Para concluir sem terminar, vou seguir dizendo que se a universidade - que é um dos pólos de melhoramento da dimensão social por meio de suas descobertas científicas e correlatas - não evoluir conforme os seus novos professores (as), esta geração ainda vai sofrer muito retrocesso, muita decepção, muitas tristezas - até mesmo as abstratas de nível epistemológico e deontológico ...

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