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quinta-feira, 4 de maio de 2006

Tristhes Tzarismos Dada�stas
Memórias de minhas prestitutas alegres

Que me perdoem as empregadas domésticas, as garotas dadas da rua e do colégio, as bonecas infláveis de ego e os disk-rádio-tele-web sexworkshops.
Que me perdoe Gabriel García Marquez, na sua inteireza de estudos de caso e descaso.
Mas as minhas putas, elas eram felicíssimas.
Isso porque delas não se poderia esperar o mero sexo, o trivial fornicar, a obscena procedência e proceder.
Não! Nunca! Nentrementes!
As minhas colegas de sonhorgias, eram outra coisa...:
Elas faziam o mundo mais feliz, mais animado, mais interessante.
E seus movimentos não eram de corpo. Eram de alma.
Elas não se despiam e se vendiam ou davam.
Elas ofereciam amor sincero, franco, leal, honesto, puro.
E além do mais, elas não eram como essa gente idiota.
Conversávamos sobre tudo: sociologia, comunicação, direito; filosofia, literatura, pintura. Sobre o passado refeito e o presente em fazimento. Até sobre o futuro, nós conversávamos
Não eram imbecis nem safadas nem mundanas.
Mas elas sabiam de tudo isto; e ainda assim preferiam ser alternativas.
E não tinham medo de ser boas, sábias, amigas. Apenas boas amigas.
O nosso convívio era sério, seguro, correto.
Não havia mulheres de perversidão. Só havia ali mulheres beneméritas.
E éramos felizes,... até que acordei. Eu sim, triste. Mais um dia.
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