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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Ecos e cantados carnavalescos nobres

O Quadro: Meio de samba, meta de breque

Ah, boêmia: sapiência, se tua escola não fosse de samba
As feições do "traje" não seriam de malandros.
Eh, madrugar de dia, em lua de gala; tão classe de camba
Nas missões da laje, mãos tremiam por melindros.

O ensino mundano tá aí por fidalguia;
Quem bem soube decorou até a melodia.
E menino mudando, há sim: porre de guia;
Aquém, sem plebe, refinou (né) a companhia.

Oh, boêmia: decência, em rua esmola qüão desce de tomba
Às canções que na "viajè" vão; cresciam os ditirambos!
Ih, recordar da via, em sua degola; grão passe de bamba
Traz lições como de hoje, cãos ladrariam, forjei mambos.

O casino montano há ali por picardia;
Além tem rouge, convidou balé a senhoria.
O traquino beijando, à gim morre, desfia;
Alguém, nem bebe, retragou (fé) ao que se (r)ia.

[To juro, Noel, avalia: o morro viverá outro dia!
Garanto: Chiquinha, a marchinha no cravo teclaria!]

João Paulo Santos Mourão
02/02/2007
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