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sábado, 20 de outubro de 2007

Da reputação ante o caráter



As condutas e hábitos do ser humano, esses são os axiomas determinados para aferir o grau de sociabilidade, cortesia e urbanismo de uma civilização em sua época.

A reputação, lexicograficamente tem que ver com a fama, o conceito, o nome (ou renome), a celebridade, em suma. Siginifica, por essas acepções, a imagem pela qual um ser ou ente é representado para uma pessoa, um grupo ou uma dada sociedade. Envolve, nestes termos, um valor sócio-simbólico considerável e variante pelos usos e costumes entronizados nas estruturas institucionalizadas como "aprovável" ou "reprovável".

O caráter, vocabularmente entendido por um tipo, traço, sinal característico, marca distintiva, índole, firmeza voluntária de atitudes, qualidade inerente a um ser, grupo ou povo. Abrange, em tais circunstâncias elencadas, um comportamento psíquico-moralístico peculiar e arrazoado nos moldes concebidos por parâmetros de "certo" e "errado".

Ou seja, não há porquanto e porquê em confusão perante os temas; um - a reputação - é do âmbito cotado pela opinião e abalisamento extrínseco, de outrem para contigo; outro - o caráter - é da consentaneidade medida pela ética e foro íntimo.

Não resta, sobretudo, dúvida alguma [ao menos para mim em minha reflexão filosófica leiga] que o dom nominado caráter prevalece em termos práticos e tem superior validade ao ponderar-se diante da reputação: pois o julgamento pessoal e individual de si para consigo mesmo por parâmetros socialmente incrustados no subconsciente do ser são menos falhos ou modeláveis que o imprimido pelo conjuntural e plural de outros para conosco.

Trocando em miúdos, grosso modo: mais vale o caráter que a reputação na medida do comportamento humano.

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