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quinta-feira, 28 de maio de 2015

As bondades e as belezas de Pedro ii Piauí: terra da opala, da rede e de palmeira da carnaúba




O mapa de Pedro II já identifica muito das suas riquezas econômico-sociais: a extração de opala, a tecelagem da rede (e, por extensão, de ponto-cruz, crochê, tricô, corte e costura, etc.), bem como o ciclo produtivo da palmeira da carnaúba. De Pedro ii já se desenvolveram três outros municípios hoje desmembrados e independentes: Domingos Mourão, Milton Brandão e Lagoa de São Francisco, mas todos com características em comum com o já citado.
Pedro II chama a atenção por características bem peculiares: diferente de muitas cidades do Piauí, não é marítma, nem da planície; outrossim, é uma cidade de altitude, serrana, abrigando a Serra dos Matões, em área riquíssima em recursos naturais e humanos entre os Estados do Piauí e do Ceará, sendo ecumênica, cosmopolita e receptiva (abriga entre os seus habitantes desde os tradicionais do lugar, a àqueles que escolheram-na por morada advindos do norte do Estado do Piauí, nas cidades e lugarejos vizinhos, de pessoas vindas do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Bahia, enfim...além dos aventureiros e desbravadores carinhosamente chamados de "gringos", de várias nacionalidades (Austrália, Reino Unido, Alemanha, Itália, Angola da África, Asiáticos, entre outros...). Todos muito empenhados em autodesenvolvimento pessoal, familiar, operário e humanístico da região.
Uma de suas riquezas é a abundância hídrica e extrativa, além da propícia abertura do terreno para a piscicultura, a ovinocaprinocultura, a criação de gado bovino, suíno, equino e assinino, devido a boa pastagem em equilíbrio com as matas e a natureza do lugar. As flores e os frutos da região de Pedro II são de muito boa qualidade, chamando a atenção em sua bela paisagem, exuberante. As ecoescolas do município são prova de que é possível harmonizar a produtividade agropastoril com o ambiente local, gerando riquezas e consolidando profissões: lavradores, agricultores, pescadores, extrativistas, artesãos, operários de artes clássicas com a terra (os produtos em marcenaria, marchetaria, carpintaria, artesanato em argila branca e parda são prova disso), os artífices de metais (ferro, alumínio, cobre, prata, ouro...), os garimpeiros e joalheiros (no trabalho de beneficiamento da opala, principalmente), os cavaleiros (há muitos em Pedro II que cultivam a arte da montaria em belos cavalos), os borracheiros (que trabalham a borracha na feitura de bacias, moringas, cestas, e outros artefatos), os artistas em geral (especialmente na pintura, no desenho, na escultura, na escrita, na música, no teatro, na dança, na gastronomia, ...), os comerciantes, merceeiros e vendedores de todo tipo de mercadoria, os professores e professoras que trouxeram ilustração, ciência e conhecimento aos pedrossegundenses e aquilataram as tradições e saberes populares, os artesãos em pedras, logo evoluindo para a construção civil e obras de embelezamento e evolução da cidade, e muitos outros poderiam ser citados aqui.
Sabe-se que a cidade surgiu de associação de edificadores como ribeirinhos, fazendeiros, mercadores do lugar, empreendedores já àquelas épocas.
Mas quero focar em um ponto que julgo essencial: a bondade de seu povo, de sua gente, dos seus habitantes, cidadãos e cidadãs de bem, que sabem cativar e conquistar quem por ali passa, quer de visita, quer a passeio, quer a trabalho, ... são as pessoas e os seus gestos, sua maneira de ser que convêm ser lembradas em um momento de exaltação da humanidade como este. As pessoas, suas ideias, ações e ideações é que transformam o que já é bom em boníssimo.
Falar do clima, do tempo atmosférico e da tradicional "Cruviana" de Pedro II é fazer notar sua identidade cultural também: é o povo que vai buscar água no chafariz ou no poço na zona rural, é o ambiente de engenho de cana (chamada de "moagem", de mandioca (chamada de "farinhada"), de destilaria (chamada de produção de "cachaça"), do fumo (da cultura do fumo), de mel (a apicultura também é presente!), a criação de aves (não só para a culinária, mas também a criação e preservação de aves silvestres ameaçadas de extinção em outros lugares),... são muitas informações interessantes de Pedro ii que podem ser citadas por um observador mais atento e interessado.
Há muitas comunidades, vilarejos, vilas (como a Vila Kolping ou Vila Operária, na cidade) e bairros que se expandem e mostram o potencial de desenvolvimento, inovação e pioneirismo de Pedro ii em vários segmentos, que estão sendo bem aproveitados e proativizados, potencializados, quer com o apoio da Administração Pública, dos Conselhos e Entidades representativas locais e das Corporações, Cooperativas e Associações existentes; exemplo disso é o banco Opala com uma moeda social pujante e que vem movimentando assiduamente o mercado e a praça local. É motivo de orgulho saber que em Pedro II já existem boas faculdades, há também a Universidade Estadual do Piauí, e mais recentemente o IFPI - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí: elementos essenciais na promoção da cidadania e do formar de pessoas para a vida em sociedade.
Interessante lembrar, por fim, que Pedro II é celeiro que tem revelado preciosos artistas, inventores, pensadores, homens e mulheres públicos e de negócios privados também, que hoje em dia representam e muito bem a pedrossegundensidade em diverosos lugares do país e até no exterior, o que muito orgulha a sua gente e suas maravilhas, como o Morro do Gritador - maravilha piauiense, bem representativa desse aspecto.
Mais e mais poder-se-ia falar da cidade, o que nos reservaremos a momentos posteriores por aqui! Até mais!

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