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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Conteúdo Cidadão - Ética na TV sim!

Conteúdo Cidadão

Redação
FNDC

O conteúdo é a essência dos meios de comunicação. Motiva a existência de novas tecnologias e será por elas transportado. Uma das propostas na XIV Plenária Nacional do FNDC – que acontecerá em Brasília, nos dias 16 e 17 de maio – é debater a natureza cidadã de tudo aquilo que circula nos meios de comunicação eletrônicos. A proposta é avançar em elaborações para matérias que serão levadas como contribuição à Conferência Nacional de Comunicação.


Com a compreensão de que a democratização da comunicação se trata, na verdade, da democratização da produção e distribuição dos conteúdos, é necessário traçar políticas que estimulem e garantam as produções em várias frentes, como em meios comunitários, independentes, regionais e nacional. Essa premissa faz parte do programa do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e estará em debate em sua XIV Plenária.

A partir da convergência digital, o conteúdo, em comunicação social, se amplia para além das grades de programações das TVs. Conteúdo não é só a natureza, a complexidade e a veracidade das notícias que circulam, a qualidade dos produtos culturais, da teledramaturgia. É também o tipo de serviço configurado pós-convergência.

De acordo com o jornalista Celso Schröder, coordenador-geral do FNDC, quando falamos de conteúdo, temos que nos dar conta que estamos falando de dois tipos básicos: os conteúdos de programação, classicamente compreendidos como tudo que circula nos meios; e sobre a natureza desses conteúdos, que inclui, por exemplo, a partir da digitalização dos meios de comunicação, a transmissão de dados, telefonia e outros ainda. “Então, para falar sobre conteúdo, neste momento, é preciso avistar toda essa gama, compreendê-lo como tudo o que produz a inteligência brasileira, acrescido dessa nova possibilidade de serviços – que passam a ser de mesma natureza. Isto é o conteúdo cidadão que temos que produzir daqui para frente”, destaca Schröder.

De acordo com a proposta do FNDC, o conteúdo é o principal objeto do controle público. Para compreender essa dimensão, entretanto, é necessário o entendimento sobre como se dá, no Brasil e no mundo, a concentração de poder, autoritária e excludente, nas mãos de alguns poucos indivíduos e grupos, sobre o que é veiculado nos meios de comunicação de massa. “A maioria absoluta dos cidadãos sofre de uma crônica incapacidade até mesmo para perceber a linguagem e os artifícios empregados pelos meios de comunicação social, sendo reduzidos à condição de meros consumidores e receptores passivos, numa dramática usurpação da cidadania”, afirma o programa do FNDC. O documento do Fórum admite que existe uma incompreensão dos setores organizados da sociedade sobre o papel contemporâneo da comunicação na construção da democracia e da cidadania.

Por isso, estabelecer formas de controle público (um processo eminentemente político, não burocrático, formalista ou censório) sobre os meios de comunicação de massa é condição para orientar as decisivas determinações do conteúdo destes meios no desenvolvimento da cultura e da democracia no país. Em seu Programa para a Democratização da Comunicação no Brasil, o Fórum explicita essas premissas.

Para debater Conteúdo Cidadão, o FNDC levará à XIV Plenária um representante do Ministério da Cultura, o Presidente Executivo da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, o Assessor Jurídico da Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA), Walter Vieira Ceneviva, o Diretor do Comitê de Relações Governamentais da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Paulo Tonet Camargo e o Presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona. A Mediação será realizada pelo presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), José Luis do Nascimento Sóter.




FONTE: FNDC

DATA: 05/05/2008

+? => www.eticanatv.org.br


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