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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O porquê da "intriga" política entre governo, aliados e oposição no Congresso

A política do chá com bolachas nos lobbys brasilianos

Seg, 26 Jan, 07h35

A eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara garantirá aos escolhidos não só o imenso poder político dos dirigentes do Legislativo, mas também um Orçamento de R$ 6,27 bilhões - próximo ao de um Estado do porte do Rio Grande do Norte -, daí a grande disputa pelo cargo, o jogo de rasteiras de última hora e traições que deixam marcas para sempre. Juntos, Senado e Câmara têm mais de 20 mil funcionários, além de hospitais, gráfica, TVs, rádios e centros de informática.

Os eleitos terão ainda o livre arbítrio de mexer ou não na gigante estrutura administrativa das duas Casas, que, se bem montada, lhes será fiel por muito tempo, até mesmo depois de deixarem o poder. O Senado tem 44 diretorias, pouco mais de uma para cada dois senadores. Cerca de 400 funcionários garantiram, ao longo dos anos, salários iguais aos de diretor - R$ 16.252 -, apenas R$ 260,09 a menos que o dos senadores, de R$ 16.512,09. Ou seja: 444 funcionários da Casa têm salário praticamente igual ao dos 81 senadores.

A Câmara tem 27 diretorias, cujos titulares recebem salário de cerca de R$ 15 mil, mais as gratificações, que para esses cargos variam de R$ 1.490 a R$ 1.908. Ali trabalham cerca de 14.750 funcionários, mas apenas 3.600 são concursados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para entender como é o esquema de composição entrecruzada da mesa diretora do Congresso Nacional sugiro que vejam o quadro abaixo, coletado de blog jurídico:



A PUBLICIDADE QUE VEM EMBUTIDA

Além de ser o momento existente para assegurar a presença nos elevados quadros da política brasileira, as eleições revelam seu forte caráter apelativo junto às massas populares, uma espécie de publicidade oficial dentre os eleitores do 1º escalão legislativo nacional.

O BALAIO DE GATO E OS FURA BUXOS

Ora, afinal "quem não é votado, não é empossado" já diria qualquer consultor do mercado de vagas congressuais brasiliense. Seguindo este contexto, podemos observar algumas posições marcadas: o PMDB deambula como pode - Garibaldi optou por recolher-se no Senado e Temer a expandir-se pela Câmara. O piauiense Ciro Nogueira, afilhado do baixo clero de Severino Cavalcante, sustenta os apoios de que dispõe na larga estada por aqueles pastos, pistas e lounges em prol de sua tão almejada eleição no comando dos deputados; proposta esta combatida por outro piauiense, João Henrique Sousa, coordenador de Temer e - porque não? - secretário de política que atende defronte ao Karnak, sede do executivo piauiense e que é atualmente cenário de disputas antecipadas (?) rumo as eleições vindouras de 2010.

Coligue-se quem puder...

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