EXERCÍCIO
"O outro dentro de mim"
Eu sou João Paulo, atualmente estudante do 5º período de jornalismo, em fase de desemprego (por opção, dizem) - porém escrevendo para blogue e folheto cultural.
Se fosse outro, o outro dentro de mim digo, seria um psiquiatra ou psicopata e já explicaria muito ao mundo. Primeira opção psiquiatra (e daqueles bem demodès mesmo) com pincenez e cachimbo, estetoscópio de cabeça e divã. Porque sempre gostei de ver o lado por assim dizer exdrúxulo das pessoas, isso desde criança: notava seus tiques, manias, vícios, detalhes inoportunos e desapercebidos em geral.
De uns tempos pra cá, a coisa mudou de figura, porque conceitos e hábitos mudam, opiniões então...fizesse eu um auto-retrato do alter ego diria que sou um psicopata em essência e potência, com todas aquelas agravantes de sadismo, sátira aos costumes hipócritas, farsa social e obcessão por atitudes proibidas e subversivas, alheias ao ordenamento, etceteramente.
Ainda não satisfeito, publicaria tudo e venderia a preços módicos nas bancas mais perto de você!! Viraria um best-seller (vejam só!) mas não me daria por satisfeito; teria de criar um curso por correspondência de psiquiatria com ênfase em hipnose clínica e logo, logo construiria o shopping psiquè: consultas, livros de auto-ajuda e terapias ocupacionais de domingo a domingo.
Em suma, acho que seria algo do Dr. Lair Ribeiro com apliques de Roberto Justus.
[23/04/2009]
Aí depois disso o oficineiro pediu que as pessoas lessem seus textos mas depois de ouvir o que os outros haviam escrito e ter ouvido os comentários dele percebi que havia fugido do foco, que era algo mais descritivo e com detalhes físicos, concretos de que opinativo e com detalhes psíquicos, abstratos.
Mas reconheço que não me esforcei quase unada para redigir as linhas acima. Então, voltei a ler meus manuais de descrição, narração, dissertação e argumentação do ensino médio, em busca da "textura" perfeita, tarefa na qual continuo a realizar.
Prometo publicar aqui uma crônica a respeito dessa experiência!
De modos que dou por encerrado o assunto, ficando apenas com aquele presságio de um texto depois melhor adequado ao tema da redação! Mas fiquem certos de que contar uma história com atrativos ao leitor de jornal não é mole, ainda mais com a concorrência dos textos publicitários repletos de chamativos e clichês da peçonha consumista!
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