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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Poesia Evolutiva (uma estorinha bem pessoal até...)


Poesia Evolutiva



Ah...Quando somos fetos em borbulhas de amor até dois anos de idade;

ouvimos falar de poesia pela mãe ou pelo pai, alguma visita, enfim,

se é que eles gostam de nos falar disso ou daquilo...

Quando somos ainda meio crianças entre três e seis anos de idade,

lemos, decoramos, declamamos e adoramos poesias com vontade,

se em casa ou na escola nos ensinam isso ou aquilo.

Quando somos crianças até dez anos de idade,

começamos a querer interpretar e saber de fato

o que é que são as poesias. Haja fôlego, espírito intranquilo!

Quando na adolescência e puberdade chegamos,

a vida, o pensamento e algumas poesias ocorrem

alguns vivem, outros pensam, alguém (re)escreve...

Poesias de virar a noite, de romper o dia!

Poesias de flertar a morte, de esnobar a paixão.

Poesias de contar com a sorte, de cair em ilusão.

Poesias de dizer um mote, de cantar o que se sabia!

Mas a poesia hoje é o que nos relembra a humanidade que em cada ser é.

Poesia sentimento, poesia ação, poesia introspectiva, poesia extrovertida...

Poesia pegou em mim, me seduziu, me sacudiu com o raciocínio e senti amor.

Poesia pairou no ar diante de minha incredulidade e me fez contemplação, irrealidade.

Poesia por todos os cantos, de todas as formas, comigo ela mexe; e contigo?

Quando somos mais maduros e velhos, por vezes enviesamos a mente:

a traímos com a prosa seja no livro mais querido, seja na literatura mais lógica e meramente laboral.

Então só de vez em quando a poesia é renamorada e rememorada em um ou dois versículos,

pois sua linguagem, todavia, não é para seres comuns, é para seres sublimes e errantes.

Tenho saudade das poesias que vinham e inspiravam paz, refôlego e toda a vida devir.

Minha sorte, - não sei a sua, não sei a vossa -, é que a poesia, ela de vez em quando reaparece;

traz novidades, reanima meus pensares e suscita idéias de meditação.

O mais importante, como se sabe, é poder ler e escrever para que outrem sinta algo diferente.

Quanto mais diferente você puder sentir-se, isto é o que faz a poesia necessária, plena.

- Nunca perca a poesia! Nunca nos perca, poesia!

Ei poesia, tu sabias que eu te amo quando uma menina acolá me beija e te poetisamos juntos, por sua causa? Pois é, pois é, ora pois não, ora pois não! Mas poesia, aqui entre nós, a gente te vive mesmo sem dizer tudo até o fim, a gente te sente é na língua na língua, amor no amor... você saca o que queremos dizer não é?

(para Márcia M. com todo o amor que houver nesta, nas anteriores e nas outras vidas, pois ela é minha poesia-mulher, apesar de estarmos tão distantes e meio separados hoje – tudo por culpa do mundo dos homens, você sabe disso -, serei teu eterno namorado e poeta marginal)

jpsm

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