Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

segunda-feira, 26 de março de 2007



Movimentos Sociais e Evolução Intelectual Brasileira - O caso piauiense

A história do país factualiza alguns acontecimentos conforme sua relevância e representatividade para o presente-futuro do seu povo. No Brasil, (cuja vivência temos desde meados de 1985 observado, ouvido e sentido em nossas retinas, tímpanos e pele) em diversa maneira às demais nações, temos retrogredido conquistas e engessado bandeiras de luta. Isso não por falta delas, mas por inexpressiva compreensão e empenho dos seres humanos aqui havidos em concretizar tais "utopias" e "vontades gerais".

A contínua batalha, senão guerra, do movimento estudantil (seja secundarista ou acadêmico superior) hoje é politizar, intercomunicar, exercitar e mobilizar o sentimento de atitude pensante junto a seus co-associados: os próprios estudantes. A luta, agora, perpassa a correção de falhas ou interrupções dentro das próprias bases, do eixo revolucionário, das vanguardas juvenis. Não é um nome, uma pessoa ou uma ideologia que constróem uma instituição sóbria, justa e profícua; na verdade, quem precisa tomar-se em conta e em carácter são os que pretendem ser representados e, mais que isso, respeitados em seus direitos e liberdades de opinião - o ser social em atividade/reflexão com o mundo, com a cidade, principalmente com sua escola ou universidade.

A Educação é talvez a primeira e pioneira forma de livre arbitragem sobre nossa vida, pois é através dela que concebemos e reconhecemos aquilo tudo que nos envolve: desde o ambiente de ordem familiar ao progresso em nossa comunidade. Isso não importa para você? Se não valer o motivo, pare agora e volte a ser um bom selvagem puro e simplório como diria Rousseau; se sim te despertar uma curiosidade que o seja, siga sempre e vire então real e dito cidadão como sugere Hobbes. Se ficou na dúvida, entre sim ou não, no mínimo escolha entre Rui Barbosa ou Paulo Freire...mas não seja inerte nem tampouco estúpido de imaginar coisas dos outros sem antes informar-se qüão árdua ou super-altruísta é a missão de um participante de Centro Acadêmico, Diretório Estudantil e Coletivo Universitário!

Está claro, lógico, que tem pessoas para fazer o bem sem ver a quem como também existem os farsantes que finjem aquilo e na real situação abusam, fazendo mal sem ver ao qual. Essas últimas são nocivas, pois tentam destruir o que os atuantes fazem e ainda querem implantar o ócio não-intelectual, o vazio impropositivo, o vácuo repressor do pensamento e da opção.

Em nossas manifestações, perdemos o ímpeto e o conteúdo conjunto em detrimento da aparência e do celebritismo pessoal, egoísta. Isso é o que acaba com qualquer movimento estudantil.

Se quisermos fazer algo útil, simples e até fácil, sugiro que efetuemos ao menos nosso próprio exame de consciência e já aí acharemos os pontos negativos que nos impedem de sermos dignizados; mas, se para além dessas óbvias constatações, desejarmos progredir e fazer algo valioso para toda uma geração de pessoas, participemos e trabalhemos em cooperação, para o fim coletivo e o bem estar do próximo também, porque isso também nos melhora o ânimo e auxilia a resolver outros problemas pessoais porvir. Contudo, façamos isso de forma plural e unida, fraterna e inteligente.

No Piauí há estudantes profissionais, alheios anônimos e pelegos intrusos; os primeiros são os heróis, os seguintes os indecisos ou indiferentes e os últimos uns pobres diabos, vilõezinhos. Tenho firmeza em dizer: se os do meio termo forem ponderados (e creia-me, eles o são! Mas só não estão!) saberão ajuntar-se ao primeiro elenco, já que a vitória depende do esforço e competência para seguir o caminho certo.

Categoricamente, fecho com uma frase para ler em voz alta e bom tom:
" Estudante que se preza não se faz só de livros mas de toda história feita presente! "
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quinta-feira, 15 de março de 2007

Brinquedo de significantes palavreados



Morfossintaxe da semântica construção frasal - sem métrica nem retórica

As palavras e os sentimentos
Os seres e os movimentos

A classe e os simpatriotas
O gueto e os compatriotas

As teclas e as premonições
Os pincenès e as admirações

E o enredo entre fábricas e papéis
e a inspiração sob rubricas e bacharéis...

A academia detestável;
os estudantes adoráveis.

Que vida interessante, hein, colegas
Se tão extenuante não estivesse,
mas é questão de ponderar veleidades e verdades.

[,,,]

Vibração e vivacidade
Impotência e apatia

Soco e tédio
Tesão e carícia

Vinho e queijo
Fastio e náusea

Emprego e salário
Miséria e vagabundância

Sucesso e amor
Ódio e infortúnio

Fortuna e lazer
Disciplina e pauperidade

Pão e leite
Aguardente e torresmo

Nomes e verbos
Adjetivos e advérbios

Sala-lingua-da em tropel apocopada
No volume sem tomo
apenas com título
e folhas por grafar
mas faltam alfabetizados eloqüentes.

(:::)

Orgasmo
Ressaca

Paixão
Violência

Homem
Mulher

Azul
Vermelho

Medo
Brio

Langor
Força

Paz
Mal

=
.

Oh, não sei sorrir
mas chorar é tão fácil
prefiro atitudes mais oblíquas
ao menos que evitem o paralelismo e perpendicularidade fúteis.

{~}

Sim, isto não era poema.
Não, isso que era prosa.
Talvez, algo pode haver
entre as vírgulas e dois-pontos
que provoque um certo ponto no final.
Em absoluto, a contagem não é matemática ou filosófica
pois a ciência não é das mais exatas.
Por certo, assim, só mesmo o estranho tilar entre as chaves.

A gramática e a língua humanos são entes tão dialogantes, hã?!
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domingo, 4 de março de 2007

Encontros de Comunicação Social



Fazer um conjunto de pessoas reunir-se periódica e voluntariamente para pensar os problemas, as inovações e a multicultura apresentada pelas mídias é tarefa pra Judas nenhum querer se meter; pois é, mas há um grupo de cabeças duras, do oco do meio-norte piauiense que não está aí para a lógica do comodismo. Estudantes de todo o estado, de várias faculdades de comunicação se entregam em atitude pontuada pela cooperação de esforços e liberdade de organização política. E esse é o Coletivo Piauí do Movimento Estudantil de Comunicação Social - Os Caburés!
Há cerca de dois anos e meio, nós todos fomos além de meros acadêmicos de CEUT, FSA,
UESPI, UFPI, etc... também mobilizadores sociais, dentro da esfera comunicativa. Já desde que começamos a nos relacionar no início, percebemos o qüão defasada e manipulada é a mídia local, mas também temos consciência de que regional e até nacionalmente erros imperdoáveis acontecem pela negligência, impotência e despreparo dos profissionais embarcantes nesse trabalho de mercado ou vice-versa: o circo(cô) da
notícia.
O sério e constante reajuntar de espectativas pela galera provoca algumas ealizações notáveis. Uma delas fora o EreCom PI em 2004, cujo lema se não nos falha a vil memória fora "Responsabilidade Social da Comunicação: Desperta aí, cabra!". De lá para cá, atividades e idéias remodelaram-se ou atualizaram com o tempo, com o lugar e as pessoas. Mas o jogo de poderes, a dinâmica de estudos, pesquisas e manifestos pelo mundo afora fazem-nos querer lembrar sempre e aprender com o pretérito evento, as palavras ressoam, os cartazes retintam, os professores e convidados dos veículos presentes àquela ocasião ainda sinalizam argumentos em nossa mente.
Semanas, Seminários, Ciclos de Palestras e Atos Públicos recentes por nós oordenados e efetivados junto aos revolucionários discentes - insubstituíveis auxiliadores nesse processo tão moroso e complexo, nos fazem reimaginar bandeiras de lutas comuns. Nesse espírito é que a coisa gira e mexe conosco agora: é preciso transgredir para melhorar o cenário, o enredo e o roteiro das nossas vidas, das nossas vocações.
Um projeto do porte de um CobreCos, conforme imaginávamos em 2006, foi inviabilizado não por falta de interesse, tampouco por falta de coragem; mas por falta de membros,
de apoios humanos e intelectuais diligentes na construção dessa obra. Nem convém remoer dores e frustrações sobre algo que nem chegou a ser polêmica; discutimos civilizadamente, apontamos propostas, opiniões surgiram, divergências de conceitos,
ações e teorias - mas tudo ponderado para o benefício em nosso programa maior:
despertar a consciência crítica da moçada (o que inclusive fora lema de uma das memoráveis gestões no Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFPI) não no sentido
de idealizar ilusões, mas de realizar pretensões plausíveis.
Nesse tom, nessa visão, escrevemos aqui um mote de amor e nota de vibração para o eleitor e os eleitos para com o MeCom no Piauí. A força com razão, a raça com perspicácia, o peito com respeito e o punho com firmeza, marco aqui um sincero viva aos que nos confiam e adicionam, multiplicam conosco oportunidades de observar uma
imprensa mais franca, justa e libertária.

"Se correr o bicho pega // Se ficar o bicho come // se unir o bicho foge // E se
lutar o bicho apanha ?"

Nesse intuito é que o EreCom permanece fórum de aprimoramento das relações entre estudantes de Comunicação Social em suas regiões, o que no nosso exemplo integra Piauí, Ceará e Maranhã anualmente. Então, assim reage e interage o movimento, vanguarda sempre, o indivíduo social que comunica tem vez e é parte precisa do todo alternativo.
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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Não basta destilar, tem que haver "enfleurage"



O Perfume - a história de um assassino: Jean-Baptiste Grenoille!

Ao assistir a um filme dessa grã-monta percebemos algo de curioso: um, o autor do livro raras vezes é respeitado pela adaptação cinematográfica; outro fato, o enredo amiúde é reduzido a poucos capítulos-cena na história contada pela projeção na tela.
Neste meio "loco", O Perfume respeita e confere com as rimas e períodos grafados por Patrick Süskind na obra originária: os personagens [melhor nariz do mundo] Jean-Baptiste Grenoille, [mãe-de-criação] Grimal, [mestre] Giuseppe Baldini, [jovem] Laura,... todos, numa expressão mais simples, espiritualizam e avivam aqueles seres antes apenas descritos palavrosamente.
Apesar de ser a exibição legendada e o romance-suspense um tanto longo para olhos, ouvidos (e porque não narizes!) mal acostumados, a platéia permanecera absorta, paralisados os sentidos para a película à frente, durante as quase que duas horas e meia apresentadas. Os tons europeus ora medievos ora modernos, a busca do diálogo temporal-espacialmente conjugado a incomuns efeitos especiais de filmagem consagram 'O Perfume' em melhor destaque dentre os roteiros baseado em ficções da era contemporânea na literatura mundial[o livro de base é impresso datado lá na Theca República por 1985].
Das quatro partes de quatro aludidas na preparação de cabeça, coração e fundo do olor, o décimo terceiro "plus" é o próprio protagonista. O narrador, um extra-onipresente, é fundamental e preciso, correto, fino: eis, portanto, uma obra prima das belas artes. Se possível fosse criar uma categoria encaixável ao teor dessa constituição humana seria...melhor aroma, um anagrama para amor romântico pelas narinas.
Sentistes vontades mais? Ouça, Veja, Sinta..: http://www.perfumemovie.com/
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domingo, 11 de fevereiro de 2007

Um estudo freudiano: o poder erótico feminino




Desapologia ao sexo animal

"Sexo não é a atividade mais prazerosa do ser humano; quiçá possa sê-lo entre o homem e a mulher - no coito ou cópula amorosa, o conjungir carnal apaixonado. Esse tema é, em verdade, traumatizante e magoador para mim: pois não tenho satisfeito meus instintos sexuais conforme me conviria ao biopsicológico estado. Todavia, e ainda, explico que há outras atividades mais popolares e menos pudorosamente carregadas de preconceito, medo, comedimento: conversar é uma delas, passear é outra; até criar em mim o comportamento razoável, ah, tenho que escrever isto: evitem o sexo incontrolável, violenta-se quem o faz; afastem os pensamentos eróticos improdutivos, distrai-se da realização do resto possível quem assim agir; espere o momento, a convicção, a experiência e a pessoa certa para dividir os desejos íntimos da nossa animalidade residual. E o sexo, conforme se deve saber, não é pecado - se usado com respeito ao próximo e amor sobre todas as outras funções do ser. Quem tem consciência, não perde a vontade só porque não acha quem queira fazer aquilo a toda hora, lugar, motivo...Isso, para finalizar, é mais um repúdio ao meu instinto repetido para com alguma ou algumas mulheres; quando e quanto me lembrar o escândalo que isso me causa, evitarei de pensar nisso para guardar energia às outras necessidades vitais, tão ou qüão precisadas e, perdoáveis as comparações, causadoras de tesão também."
[...]
Escrevido este texto em crônica, intentava eu responder à inconsciente pulsão pessoal de nós, seres humanos, jovens em suma, pela constante vida sexual pelo consciente ofício de pesquisa psicológica. Então, tornando a leitura mais científica e jornalística, saíra o comentário prosseguinte...
O poder erótico da classe feminina é uma das notáveis crescentes no mundo: o mercado da comunicação de massa fetichizada no desejo sexual, na tara pela combinação de elementos gráficos de teor fálico-vaginalístico, o consumo exagerado de sons, músicas e imagens, vídeos palpitantes em papos insinuantes de casais, o característico voyeurismo, explosão de sado-masoquismo, fantasias genitais...tudo explícito, disseminado largamente e.. fonte de riqueza para um rol de profissionais do trato reprodutivo comercial da espécie humana transando.

Até hoje muito se tem dialogado sobre as temáticas polêmicas, intrigantes para o desenvolvimento estruturado e correto da nossa raça; questões como a da sexualidade, marca total da pós-modernidade, - quando a família, a escola, a igreja e o estado perdem seus status de ditadores da moral - requerem uma discussão mais franca, sem tabus, sem travações nem preconceitos. Contudo, requer seriedade e ordem, senão nos perdemos em indagações e suposições fúteis, a-razoáveis..
Certo mesmo também é que a comunicação da era cibernética convive com elementos concretos: tanto um site de conteúdo pornográfico ou uma pornochanchada ou uma ligação de disk-sexo convivem naturalmente com encontros nos banheiros ou recantos afrodisíacos dos clubes, bares, universidades,... haverão sempre os anúncios de acompanhantes e propagandas de boites, cabarés, prostíbulos em toda parte nos jornais impressos, nos panfletos e cartões apresentação.

Esse assunto é empolgante e demandará mais e mais coberturas, isto aqui é apenas um chamamento ao ato de reflexão, auto-avaliação e posicionamento. Quero muitos comentários!
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sábado, 10 de fevereiro de 2007

Maiakovskianamente falando...



A Esperança

Injeta sangue
no meu coração,
enche-me até o bordo das veias!
Mete-me no crânio pensamentos!
Não vivi até o fim o meu bocado terrestre ,
sobre a terra
não vivi o meu bocado de amor.
Eu era gigante de porte,
mas para que este tamanho?
Para tal trabalho basta uma polegada.
Com um toco de pena, eu rabiscava papel,
num canto do quarto, encolhido,
como um par de óculos dobrado dentro do estojo.
Mas tudo que quiserdes eu farei de graça:
esfregar,
lavar,
escovar,
flanar,
montar guarda.
Posso, se vos agradar,
servir-vos de porteiro.
Há, entre vós, bastante porteiros?
Eu era um tipo alegre,
mas que fazer da alegria,
quando a dor é um rio sem vau?
Em nossos dias,
se os dentes vos mostrarem
não é senão para vos morder
ou dilacerar.
O que quer que aconteça,
nas aflições,
pesar...
Chamai-me!
Um sujeito engraçado pode ser útil.
Eu vos proporei charadas, hipérboles
e alegorias,
malabares dar-vos-ei
em versos.
Eu amei...
mas é melhor não mexer nisso.
Te sentes mal?
Tanto pior...
Gosta-se, afinal, da própria dor.
Vejamos... Amo também os bichos -
vós os criais,
em vossos parques?
Pois, tomai-me para guarda dos bichos.
Gosto deles.
Basta-me ver um desses cães vadios,
como aquele de junto à padaria,
um verdadeiro vira-lata!
e no entanto,
por ele,
arrancaria meu próprio fígado:
Toma, querido, sem cerimônia, come!

(Maiacovski)

O homem e sua medida!

Um homem não é só as roupas que veste ou as palavras que verbaliza; é muito além disto! Um homem não é só uma pilha de etiquetas e nem um conjunto criptográfico, tampouco uma lista de números e, menos ainda, uma coletânea de adjetivos adverbiadamente ditos acerca dele!

Um homem não é um nome, não é um tal episódio de livro, não é um trecho de partitura, não é um apelido artístico; vulnerável é o homem a umas poucas categorizações conceituais: um gesto, uma característica da personalidade, uma vontade de potência vocacionada! É isto que ele é!

Não reflitais vós qüão palpável, factível ou verossímil seja o homem; pensais apenas
no para que ele possa vir a intentar querer ser...no quanto ele deseje estar a ter como fazer...no que ele idealiza e realizável o é.

A invenção do homem se faz à medida em que ele pensa sobre si próprio, por si mesmo, consigo para com outrem - o qual, o entendendo e decodificando a expressão íntima alheia, possível torna a verdade: o homem só é por haver o outro homem que o valida e aceita sua é-xistência. Isso é filosófico? A mim, não; me aparenta ser senso comum, redundando o óbvio argumento declinado pauperrimamente aí sobre.

31/01/2007 # 01/02/2007
João Paulo Santos Mourão

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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Ecos e cantados carnavalescos nobres

O Quadro: Meio de samba, meta de breque

Ah, boêmia: sapiência, se tua escola não fosse de samba
As feições do "traje" não seriam de malandros.
Eh, madrugar de dia, em lua de gala; tão classe de camba
Nas missões da laje, mãos tremiam por melindros.

O ensino mundano tá aí por fidalguia;
Quem bem soube decorou até a melodia.
E menino mudando, há sim: porre de guia;
Aquém, sem plebe, refinou (né) a companhia.

Oh, boêmia: decência, em rua esmola qüão desce de tomba
Às canções que na "viajè" vão; cresciam os ditirambos!
Ih, recordar da via, em sua degola; grão passe de bamba
Traz lições como de hoje, cãos ladrariam, forjei mambos.

O casino montano há ali por picardia;
Além tem rouge, convidou balé a senhoria.
O traquino beijando, à gim morre, desfia;
Alguém, nem bebe, retragou (fé) ao que se (r)ia.

[To juro, Noel, avalia: o morro viverá outro dia!
Garanto: Chiquinha, a marchinha no cravo teclaria!]

João Paulo Santos Mourão
02/02/2007
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Mangueboy primeiro: Chico Science - ad infinitum



Ao jovem líder plus- ultrajovem
Francisco de Assis França

(Há 10 anos remixing and rewording)
A ti faço admirações de gratidão e
escritos com responsabilidade social
pela arte, pelo artista e pelo arteado.



Eu ouvi da Nação Zumbi
O menino malungo berrar
Como mutante herói revi
Ó, mesopotável fluido entre rio e mar.

Foi de Tiro Certeiro maracatuado
Por Rios, Pontes, Automóveis, Homens Maus
Mas, Risofloreando há de estar em cantado
Na Manguetown cósmica, Chico Science e tals.

Afrociberdélico gravar de sound of beach
Caranguejos com cérebro, câncer em mente
Frevo embolado com loustal tecno batuque e penso: vixe
Solfejos de revérbero, ideais invente.

A música tupiniquim nordestinada no caos
Da lama e da arte do pensador há então
O lúdico brinquedim pra criança de domingo, entre vãos
De trama e da parte do mobilizador eis lição.
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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Crônica do 1º emprego

Crônica do primeiro emprego (perdido ou evitado?)

Uma ligação a meu telefone celular ontem à noite, de um nº desconhecido começa esta estória do cotidiano meu: era um colega repórter, questionando-me se havia algum interesse por meu lado em uma vaga de estagiário; disse-lhe que sim, desde que fosse pelo turno matutino - o que ele afirmou poder garantir que era. Assim, logo depois, explicou-me sobre o que viria a ser o tipo de emprego, numa fundação piauiense ligada a pesquisa técnica e acadêmica: eu deveria ficar num misto de assessoria de imprensa com jornalismo científico. Por mim, só em estar trabalhando em comunicação, contando o serviço na Carteira de Trabalho e Previdência Social, recebendo meu justo salário e não interferindo na minha conturbada vida estudantil, já estava de bom tamanho ou gosto.

A seguir, logo após ele desligar o fone, liga a empregadora, a futura chefia; indaga-me sobre o interesse no cargo, explica sumariamente o objetivo, as tarefas e os resultados esperados do empregado; pergunta-me ainda sobre minha situação universitária: qual o meu nível de formação no momento? Disse eu que era o sexto período. (Aqui abro um parêntesis: quanto à precisão da minha resposta anterior, não menti nem contei toda a verdade - em contagem de períodos, estou mesmo a seis períodos letivos, sendo de um semestre cada um, no curso; todavia, na contagem de blocos de disciplinas, ainda estaria pelo terceiro ou quarto período.) Perguntou-me se eu possuía conta bancária, o que eu confirmei com sim. E após mais algum papo de reconhecimento da minha pessoa, ela deu-se como que por satisfeita com a mini-entrevista invisível, apenas audível. Ela então assentiu verbalmente, pediu-me que ligasse confirmando com ela antes do meio-dia e lá no local de trabalho já comparecesse no dia seguinte munido de documentos comprobatórios de minha vida formal: certidão de nascimento, carteira de identidade, cadastro de pessoa física, carteira de trabalho e previdência social, comprovante de residência, currículo, histórico acadêmico e comprovante de matrícula. Elaborei tudo isto à noite, antes de arrumar uma roupa adequada para a entrevista e deixar tudo pronto para o dia seguinte ser profícuo.

Pela manhã, resolvi compromissos de estudo, encaminhei alguns negócios pendentes na agência bancária, liguei para a senhora da oferta de ofício à véspera; após três tentativas nas quais o telefone dela mostrava-se mudo ou ocupado, consegui ser atendido. Ela, enfim, combinou que eu fosse lá até às 13:30h. Fui. (...)Rápido, após alguns pedidos de informação ao policial de plantão - daqueles com o seu prato de almoço bem mexido pelos talheres, qual uma massa de construção civil - cheguei ao lugar. A moça recepcionou-me bem, mostrou o escritório, contou-me algo sobre as funções e finalidades da minha atuação ali, parecido com o explanado pelo dia de antanho, até - por último - conduzir-me à sala do diretor. Lá, sentamo-nos, ele ouviu-a falar sobre minha pessoa, o que ela fez com desenvoltura e interese em me auxiliar. Mas, ele perguntou algo inesperado por mim: se eu era formado ou formando? não, senhor, ainda estava no sexto período... Houve aquela mea culpa, aquela mea intenção de reprovar, mas sem a má vontade, apenas o erro de entendimento; ele falou pouco, eu tomei a iniciativa de pedir uma revista do grupo para estudar em casa, o que a senhora me deu.Fui saindo, ela dissera aí pra eu retornar no dia seguinte de manhã, para um teste. Voltei a casa, para almoçar e repensar a vida; imaginar algum futuro próximo, etc. entre outrossins. Logo, quando estou sobre a cama acabando de descalçar as meias, só de calça jeans e cueca, ouço ruído na escrivaninha do quarto: o meu telefone celular toca. É a senhora do emprego. Ela me enrola um tiquinho e depois diz que aquela vaga é para quem já é jornalista formado, infelizmente. Diz pra eu não ficar chateado, adverte ainda que pode me chamar quando pintar outra vaga pra alguém nas minhas condições, pede que eu fique em "stand by". Eu digo, monossilábico e secamente, que sim, que tudo bem, não tem problema, pode me ligar depois.

Ditado de hoje: o que vem fácil, vai facílimo. Nunca deixe para negar amanhã o que pode evitar hoje. Quem arrisca, sempre é mesmo isca. Mas, extraio ainda esta moral, menos boba: predestino é questão sem fuga; ou você faz, ou não teve nem o que fazer!
Fico por aqui, deixando o obrigado ao colega e, mais que isso, amigo que me oferecera a oportunidade em detrimento de si ou outrem; agradeço à senhora moça a qual me dera a chance de me apresentar; até ao sr. diretor implicante eu conservo o cumprimento e , para comigo mesmo, apenas lavo minhas mãos penso no próximo texto que vou escrever, que possa servir de exemplo para quem vocação ainda não tenha e acesse a esta experienciazinha. Que fazer? É a vida, e é feia ou bonita - mas, vida. Quem vivo está, morto não é portanto.

João Paulo Santos Mourão
01/02/2007
tarde sem palpites
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terça-feira, 30 de janeiro de 2007

The seventies - a choose of rock'n'roll

É isso que precisa numa música: letra, melodia e enredo. Leiam:


Bread - The Guitar Man

Who draws the crowd and plays so loud,
Baby it's the guitar man.
Who's gonna steal the show, you know
Baby it's the guitar man,
He can make you love, he can make you cry
He will bring you down, then he'll get you high
Somethin' keeps him goin', miles and miles a day
To find another place to play.
Night after night who treats you right,
Baby it's the guitar man
Who's on the radio, you go listen
To the guitar man
Then he comes to town, and you see his face,
And you think you might like to take his place
Somethin' keeps him driftin' miles and miles away
Searchin' for the songs to play.
Then you listen to the music and you like to sing
along,
You want to get the meaning out of each and ev'ry song
Then you find yourself a message and some words to
call your own
And take them home.
He can make you love, he can get you high
He will bring you down, then he'll make you cry
Somethin' keeps him movin', but no one seems to know
What it is that makes him go.
Then the lights begin to flicker and the sound is
getting dim
The voice begins to falter and the crowds are getting
thin
But he never seems to notice he's just got to find
Another place to play,
Anyway got to play, anyway Got to play.

fonte: http://vagalume.uol.com.br/cpaste.php?udig=5012&id=3ade68b7g23092ea3&key2=3ade68b7g23092ea3&serial=1367880240&print=

Bread - The Guitar Man (tradução)
"O homem da guitarra ou o guitarrista"
Bread

Quem excita e faz pular a multidão,
Baby, é o guitarrista.
O cara que roubará o espetáculo, você sabe
Baby, é o guitarrista,

Ele pode lhe fazer amar, ele pode lhe fazer chorar
Ele o derrubará, então ele o levantará
Algo o levará, milhas e milhas um dia
Para Achar outro lugar para tocar.

Noite após noite quem lhe trata bem,
Baby é o guitarrista
Quem está no rádio, você ouvirá
O guitarrista

Então ele vem a cidade, e você vê o rosto dele,
E você pensa que poderia gostar de tomar o lugar dele
Algo o mantém desviando milhas e milhas afora
Procurando canções para tocar.

Então você escuta a música e você gosta de cantar
junto,
Você quer cada significado de toda canção
Então você se acha uma mensagem e algumas palavras
para
chamar de suas, e as leva para casa.

Ele pode lhe fazer amar, ele pode lhe levantar
Ele o derrubará, então ele lhe fará chorar
Algo o mantém indo, mas ninguém parece saber
O que é isso que lhe faz ir.

Então as luzes começam a sumir e o som diminuindo
A voz começa a falhar e as multidões estão se
desanimando
Mas ele nunca encontrou o que ele procurava
Outro lugar para tocar,
De qualquer maneira conseguirá tocar, de qualquer
maneira Conseguiu tocar.

By: Klaus Izelli JR
fonte: http://vagalume.uol.com.br/cpaste.php?udig=5899&id=3ade68b7g25936ea3&key2=3ade68b7g25936ea3&serial=1350350172&print=
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