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quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Poesia teratológica em livre tradução

Tristeza de minha vida maldita

Canção da morte

Eu deixo a vida como um camelô,
Que deixa as ruas sem conseguir freguês;
Como um pobre d’um indisgraçado,
Que já andou na central alguma vez.

Como Cristo que foi crucificado,
E subiu p’ro céu como um rojão!
Só levo uma saudade unicamente:
É do chopinho lá do bar barão.

Só levo umas saudades: - d’uma sombra
Que às noites de inverno me cobria...
De ti, ó Juaquina, coitadinha,
Que eu a matei com tanta covardia

Descanse minha cova lá no pico,
Num lugar solitário e triste,
Embaixo d’uma cruz, e escrevam nela:
- Fui poeta, “barbieri” e jornalista!

[Juó Barnanére, La Divina Increnca]

Esse barbiéri, poderia ser barbeiro, bárbaro ou barbado?!
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