Canção da morte
Eu deixo a vida como um camelô,
Que deixa as ruas sem conseguir freguês;
Como um pobre d’um indisgraçado,
Que já andou na central alguma vez.
Como Cristo que foi crucificado,
E subiu p’ro céu como um rojão!
Só levo uma saudade unicamente:
É do chopinho lá do bar barão.
Só levo umas saudades: - d’uma sombra
Que às noites de inverno me cobria...
De ti, ó Juaquina, coitadinha,
Que eu a matei com tanta covardia
Descanse minha cova lá no pico,
Num lugar solitário e triste,
Embaixo d’uma cruz, e escrevam nela:
- Fui poeta, “barbieri” e jornalista!
[Juó Barnanére, La Divina Increnca]
Esse barbiéri, poderia ser barbeiro, bárbaro ou barbado?!

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