Estórias de duas pessoas comprometidas com a imaginação na literatura universal. Ziraldo, no Rio de Janeiro, metade da frente no século XX;Antoine de Saint-Exupéry, França, metade de trás do século XX.
O menino maluquinho, além de livro, revirou história em quadrinhos nos almanaques e revistinhas infanto-juvenis, desenho animado, filmes de cinema e até minissérie (ou seriado, não sei bem explicar) de televisão.
'Le Petit Prince', além de livro, reaparecido esteve como desenho animado e seu autor fora tema de documentários e filmes.
No que esses caras e suas invenções se assemelham? Só em tudo mesmo! Já lhes conto porque ou o porquê. Sabem: é que eles escrevem para crianças, mas nem somente para crianças pequenas; também para crianças adultas.
Ziraldo é hoje lembrado mais por seus desenhos de humor-subversão no Pasquim, por suas lorotas em jornais e revistas cariocas dos tempos barra pesada da ditadura e repressão, a famigerada censura pós-1964. Esquecem os biobibliógrafos dele que sua contribuição para o futuro faz urgência em mencionar o garotinho com caçarola feita capacete na cabeça.
O menino maluquinho é, honestamente, um livro para pensamento filosófico: é a narrativa de uma criança sobre si e para si, suas memórias; a juventude de qualquer um ser humano brasileiro, em algum caractere, tem a ver, ouvir e sentir com este menino.
Exupéry é neste momento mais conhecido entre os seus conterrâneos marselheses por sua literatura de bordo, dos tempos de aviador, que pela escritura humanística e transcendental de seu principezinho. Num didático documentário assistido há tempos próximos na tevê o piloto Antoine é-nos focalizado como um herói, por ter ido atrás de um colega de serviço aéreo postal desaparecido nos Andes sul-americanos e de cuja localização ou vida ninguém saberia informar; mas ele tivera crença na sobrevivência do amigo ao acidente, fora arriscar-se por ele e o achara, incrivelmente ainda vivo.
E o cachecol do princepezinho cabelos cor dourada, a baloiçar solene pelos ventos cósmicos no seu asteróide B-612 quando ele regava a flor, após ter desentupido os vulcões e visto 43 pôres-do-sol era uma prova de sua altivez perante nós, homens de pequena fé, de ridículo senso, de estranha maneira e estúpido comportamento afetivo: ele, mesmo criança, sabe de que é feita a felicidade e a tristeza. Nós não.
Esses dois personagens ilustram, exemplificam certa constatação que tenho guardada há bastante período da existência minha: a vida de adulto é tão chata e incompreensível, precisa de tanta criancice para ser plena e bondosa! Por que fazemos as atividades do jeito menos benéfico para nós e os outros? Pois isso não será ruim, fatal para todos?! Já não tenho mais o que dizer. Era apenas um passamento.
E vale relatar com passagens lembradas ou mtivadas desses/nesses dois magníficos ensinadores: a do Pequeno Príncipe é de ele ser responsável e sábio; a do Menino Maluquinho é que ele cresceu e virou um adulto legal.
JotaPê
10/09/2006
sem nenhuma primavera à vista...
protesto na central de busantes
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Na central de busantes
uma palavra se ouvia, um eco ardia aos ouvidos:
protesto, protesto...!
Ninguém ao certo sabia
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nem porque a...
Há 9 anos
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