Prosseguindo mais ou menos de onde estava:
a sociedade banaliza-se diariamente numa solitarização: as pessoas querem comunicação à distância e esquecem da conversa pessoal, frente à frente, lado a lado, ou corpo a corpo - dependendo do caso.
Abomino a internet e suas relações absurdas. Explico: se você está numa empresa e manda uma mensagem para alguém que está a alguns passos de distância. poxa, não é muito mais humano e inclusive racional, econômico fazer o contato verbal, real? Absurdos e mais absurdos.
Houve uma época em que eu pensava que era um tanto assim autista em alguns momentos (na sala de aula, quando menor, às vezes monossilabava apenas quando preciso); mas hoje vejo que sou quase um tagarela perto de algumas pessoas de novos hábitos.
A solidão humana é um dos traumas que vai render mais dinheiro em consultas psicológicas e psiquiátricas, escutem só, vocês não perdem por esperar. Há uma massa de pessoas doentes sem convivência, sem vontade de viver em sociedade.
Por isso, converse com estranhos, mesmo que seja aquela conversa de puxar assuntos universais sem noção ( "Que horas são?" "Puxa, que calor!" "Sobe?" "Que é que há, tudo bom?" "A culpa é da burocracia do governo mesmo" )
(...)
Revi as cartas que fiz pra minhas primeiras namoradas; que ridículas! Tinha até umas com hipérboles estéticas às moças, sem falar nos recursos estilísticos para fazê-las rir e sentir pelo menos pena e forçar um contato mais rápido de retorno.
Mas não me arrependo não. Elas foram necessárias, todas. As cartas, as hipérboles, as namoradas. Até aquela fuga da aula e porre matutino valeram a pena; aqueles pecadinhos ali ao lado da igreja também tiveram sua razão de ser (a carne é fraca...).
Uma das passagens mais importantes, segundo hebeatras e sociólogos, é o primeiro relacionamento amoroso. Mas todo cuidado é pouco: as fofocas, as traições e as crianças logo vêm e atrapalham tudo! Deixa pra lá; um dia dá certo, um dia a pessoa certa aparece.
Gostei daquela menina no fórum, ela parece que dava certo comigo, parece..
protesto na central de busantes
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Na central de busantes
uma palavra se ouvia, um eco ardia aos ouvidos:
protesto, protesto...!
Ninguém ao certo sabia
porque aquele grito surgia
nem porque a...
Há 9 anos
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