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terça-feira, 27 de junho de 2006

De Glauber para vossas miserês



Gláuber Rocha: o cinema novo labirinto
para um mundo velho e um Brasil arcaico


As primeiras informações que obtivemos da produção em cinema brasileiro estão, sem dúvida, atreladas ao posicionamento revolucionário desse filmologista baiano cosmopolita; suas formas peculiares de expressar em imagens e sons o resultado que as palavras não alcançariam (ao público, de imediato) é fato inédito. Os contemporâneos e coespaciais dele hoje são os jovens cineastas, mormente os de academia pública, os de núcleos independentes de audiovisual e de projetos cidadãos em periferias rurais-urbanas. A compreensão do universo totimitológico pela tematização sócio-político-cultural que se nos apresenta em filmes glauberianos é interessante aspecto para começar uma representação de entendimentos acerca das suas metas na produção brasileira de cinema não-comercial e identitário.

Assim como os demais movimentos libertários e humanistas mundiais e nacionais [vide nos pós-meados do século XX o Tropicalismo ou Tropicália, ao qual o autor viveu e filmou trechos em sua trajetória também], o intuito de Gláuber Rocha é apresentar um trabalho de demonstração, conscientização e modificação do panorama ao nosso entorno pela sua arte em película. O projeto ideologizado por todos os filmes desconstrutivistas, ufânico-regionalistas, transgressistas e experimentais desse operário dos rolos e tiras dinâmico-fotográficas tem papel metodológico alicerçante para uma nova escola de cinegrafistas, roteiristas, críticos e atores/atrizes.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por suas palavras em minha coluna. Gostei muito do seu blog, continuarei prestigiando seus textos. Essa semana minha coluna é sobre cinema, dê uma olhada. Quando quiser trocar alguma informação, será um prazer. Sucesso! Um abraço!