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sábado, 9 de dezembro de 2006

A política e o ser político

De um amigo recebi a seguinte exposição sumária para a crônica de costume:

"Aproveito a oportunidade para deixar um tema para reflexão:Diante da reeleição de políticos envolvidos em escândalos de corrupção em nosso país na última eleição,como está o desempenho de nossa justiça eleitoral e do próprio congresso nacional?Te lanço tal pergunta porque a sensação que tenho ao ler os jornais é que tenho em meu rosto um enorme nariz de palhaço que tento retirar todos os dias e
não consigo,como se ele já estivesse incrustado em minha pele!!!!"


A política e o ser político

Ao avaliar a mensagem exposta e bem delineada pelo colega, percebo que seria tentador a mim concordar em repudiar o escandaloso momento político nacional, inclusive corroborando a crítica e a sensação de apalermamento de nós como eleitores que somos.

Acredito porém que a insatisfação tem de ser manifesta não apenas no nível ideal, ou teorizador da coisa; precisamos mobilizar esforços de forma concreta e materializar nossa ojeriza política e o descontentamento do aparato institucional-governamental, a máquina pública (hoje também muito privada, o que a tornará em breve um vaso de privada mesmo...) com atitudes sérias, coordenadas, envolventes e organizadas para impor respeito permanente à cidadania, à democracia, à dignidade e à igualdade de
condições (diversa esta daquela utópica isonomia total, que algumas vezes usamos por força da expressão mas que seria até ilegal e ilógica se a entendêssemos como bons filosofos que somos; e nisso é bom que se apluda - viva o inteligente povo brasileiro, aquele que luta, trabalha, produz e investe no nosso país, em nossa esperança de vida humanamente correta, distantemente dos ociosos e lacunosos "aspones" que vira-e-mexe assombram, surrupiam, machucam, maculam numa sem sentimental vontade de
fazer mal e continuar o mau-caratismo de corruptores, quadrilheiros de colarinho branco e donos da comunicação marrom) de acesso à justiça e obedecimento civilizadoao que for decidido por bem estar geral da população e votado em conjunto, no que respaldados estamos pela nossa Lex Máxime a Constituição da República Federativa do Brasil desde 1988; isso tudo embasa apenas o que direi aqui em palavras mais triviais e não menos sutis, ou vantajosas: só se pode ser cidadão quem faz valer a sua própria publicidade e a dos outros, a sua comportabilidade e a de outrem, o seu intuito direcionado para o correto e justo proceder e o dos demais...a isso se chama politização, o animal humano é político muito antes de o grego Aristóteles tê-lo mencionado em sua obra homônima; a questão da politicidade ser questionada, para se chegar à sua concepção, definição e efeitos também já é matéria de há muito transcrita em literatura de bolso até, como a do profº e escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, dentre outros. O que me importa e interessado estou em fazê-lo haver e agir é fazer meu papel, cumprir minha parcela e efetivar meus princípios no dia-a-dia, sem mais nem poréns. Vírgula
faço: esse meu comportamento e movimentação em prol do coletivo, da popularidade para as vocações comuns, não tem nada de pessoal, nada de ficcional; isso advém de necessidade do todo, da esfera pública mesmo.. pois não sou nem serei o único a defender a paz, o amor, o progresso, a ecologia, a justiça, enfim, todos os característicos de plenitude e desenvolvimento humano salutar, harmônico, equilibrado, preciso.

Bem, findarei aqui este micro ensaio mais para crônica corrida com palavras de ordem e progresso: o Conselho Nacional de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, O Ministério Público, a ordem dos Advogados, além de todas as demais esferas organizadas política, civil ou não-governamentalmente para o fim da vontade geral de um contrato social, de um acordo de interesses, do melhor para a vida em último grau - eis que antes de haverem essas fantasias, esses seres inanimados, esse montão de regulamentos, ditames e preceitos...havemos nós, povo, pessoa, ser humano! E que um pensa, dois comunicam e mais de que três já iniciam qualquer natureza de mudança grupal. O que nos falta é ter. querer e atuar manifestamente em defesa de nossas convicções e acusação de erros que alguns teimam em repetir. E a tradição do pensamento diz que um mesmo erro só reincide se há negligência e permissionismo apático dos componentes do conjunto, do tecido, da multidão. E quando digo que sou apolítico, refiro-me a siglas de partidarizações radicais isoladas e sentidos exageradamente unilaterias que por aí eclodem, por acolá esbanjam, por todo tempo e lugar pipocam.

Prefiro assegurar e evoluir na minha opinião confraternizante de plausíveis resultados ao público, inclusive a mim, de que repetir ou aceitar o que outros manda-chuvas falsários e poluídos me imponham sem reflexão, sem consideração e respeito democrático-anárquico pelo resto, pelo que pensam os demais que o valham saber e dialogar.

JotaPê
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2 comentários:

Anônimo disse...

eleição? melhor n falar nada, eu tava torcendo pra pegar uma doença ou ser atropelado, enfim algo que me impedisse de votar, mas n deu, ai fui obrigado...

Jose Derpann disse...

massa!