Palavras da presidenta e comentário do jornalista
“
@dilmabr: A prosperidade, a equidade
e a cooperação são valores muito caros a todos nós e ao Brasil.
”
“O que isso quer dizer, no plano
internacional e nacional? A prosperidade quer dizer que bons tempos virão? A
equidade quer dizer que a justiça será respeitada? A cooperação quer dizer que
alguém vai ajudar o Brasil e os brasileiros?”
Ante essas perguntas, qualquer
jornalista por mais chinfrim e prosaico que seja vai perceber que há algo de
muito desconexo da realidade atual, pelo menos no plano econômico. O que temos
visto é o degringolar de respeito às iniciativas de empreendimentos populares,
como as novas profissões liberais nos tempos de marco civil da internet e
severas modificações no plano trabalhista. Tempos percebido também que, a
despeito da séria série de investigações pelas quais o país vem passando em
suas principais instituições, quer federais, quer autárquicas ou empresariais
públicas e até mesmo público-privadas, resultados honestos, verdadeiros e
seguros não vem sendo tomados, mesmo por quem se julgaria isento e competente
para tal feito: leia-se aqui órgãos de investigação parlamentar (as festivas e
teatrais CPI’s – Comissões Parlamentares de Inquérito) e os próprios tribunais
ou instrumentos de investigação executiva. Vive-se um clima de instabilidade,
um momento de profunda tensão, haja vista as várias séries de escândalos
políticos que afloram desde os tempos imemoriais do Brasil colônia, império e
primeira República, passando pelo regime ditatorial, pela “redemocratização” e
tempos mais recentes. As culpas e os erros, ou melhor, os crimes, são
atribuídos de um para outro, numa rede de remissivas mentirosas e
incontroláveis redes de corrupção que nem sequer a melhor imprensa
investigativa é capaz de acompanhar. Os meios de comunicação, mesmo os que são
sustentados por capitais externos, não têm coragem, honradez e polidez de
indicar uma pessoa sequer do esquema governatório atual, apenas repetem o que
papagaiam as CPI’s e similares, deteriorando o trabalho feito por instituições
sérias como as polícias, o Conselho Nacional de Justiça, os organismos
trabalhistas e as sindicâncias/auditorias do Tribunal de Contas da União, entre
outras instituições sobreviventes ao mar de lama pútrida e doentia em que se converte
nossa Republiqueta de “corruptolândias”. A Brasília idealizada por Oscar
Niemeyer, Lúcio Costa, Juscelino Kubitschek e outros expoentes do
desenvolvimentismo se vê hoje alvo de todas as más notícias nas agências de
notícias internacionais, diminuindo ainda mais o já sofrível estado de ser do
país nação Brasil no cenário internacional, inclusive com descrédito para
quaisquer tipos de investimentos, convênios e cooperações internacionais. No
campo interno, o Programa de Aceleração do Crescimento parece transmutou-se em Programa de Acentuação da Corrupção,
pelo festival de crimes e ações administrativas espúrias hediondas praticadas
entre empreiteiras, terceiras pessoas e larápios “.gov”. Isso reduz os já
enfraquecidos demais programas e projetos de governo, as ações ministeriais e o
raio de ação possível dos verdadeiros empreendimentos que o país precisa. E
talvez o dedo mindinho “perdido” de Lula esteja tremelicando este instante
porque as situações erradas respingam em seu governo, no de Fernando Henrique,
no de Fernando Collor, no de Sarney e em todos os outros governos precedentes,
pois até hoje o Brasil só tem sido mesmo é vilipendiado, agredido e “sanguessugado”
por outros interesses escusos, nada para as necessidades verdadeiras de seu
povo tem sido respeitado e realizado. Como cidadão íntegro, trabalhador,
honesto e cioso das coisas que cuidem do Brasil, de meu estado e de meu
município, me sinto infeliz, envergonhado, traído, desrespeitado em meus
direitos mais simples e comuns: não há direito à vida, à saúde, à educação, ao
emprego, à moradia, ao transporte, à higiene, ao saneamento básico, à
previdência social, ao esporte, à acessibilidade, à mobilidade urbano-rural, à
abastecimento de serviços essenciais, como: água, esgotamento, energias,
telefonia, comunicações, limpeza, à internet e comunicações de qualidade e
acessíveis ao público, à alimentação, aos setores de agricultura, pecuária,
pesca, extrativismo, mineração, à integração nacional e regional (nem precisa
dizer a local...), ao poder de investimento em negócios e empreendimentos pela
população, à valorização da arte e da cultura nacionais, pois até a criação das
crianças hoje é item difícil de realizar, dadas as circunstâncias crudelíssimas
a que somos todas as famílias submetidas a este estado de coisas reinante e
incessante. Digo isso como pessoa em busca de sucesso em todos os níveis
societários, desde a figura individual, passando pela familiar, comunitária,
coletivo-societária, etc. Certo que muitas áreas também sem atenção governamental
deixaram de ser citadas aqui, mas isso é facilmente compreensível pelo(a)
leitor(a). Este não é para ser mais um artigo de crítica avulsa, a crítica pela
crítica; não! A liberdade de imprensa e de comunicação é das mais deturpadas
hoje em nossos dias, são vários os casos e profissionais cerceados, podados,
censurados em seus atos profissionais de imprensa. Se a mídia séria, esta que
representa um poder público livre não pode ser manifestada, que democracia é
esta? Que país de todos, que país sem pobreza e que pátria educadora é esta???
Aos que leem, ouvem, assistem, acessam ou têm algum tipo de mídia a seu dispor (pois
há algumas pessoas que ainda não o têm), faça um teste. Observe o que passa em
nossos jornais, atente para o quão ínfimo ou quase inexistente é o espaço
dedicado ao comentário, à opinião crítica séria, à manifestação do pensamento.
Vamos reclamar e voltar a governos ditatoriais militares e/ou totalitários?
Óbvio que não, não lutamos tanto para isto. O que o povo de verdade, de carne,
osso e dente quer é justiça social, isto é respeito pelo investimento de vidas
que ele faz nesta pátria em frangalhos. Bem me recordo, de meus tempos de
colégio e início de universidade: quanta esperança em mudanças, em novos modos
de fazer política, em governos atenciosos aos seus eleitores e ao povo em
geral. Era uma onda, não uma marola ou uma ressaca. Eram bons ventos, não
nuvens carregadas e céu fechado. Eram horizontes, não turva e melancólica
visão. É,... parece que o Brasil não quer aproveitar a oportunidade que os
deuses do planalto democrático e o Deus constitucionalmente afirmado de todos
os credos brasileiros nos oferecem liberalmente. Conversando com meus amigos e
minhas amigas penso nos apertos que sofri para estudar, desde a 1ª infância,
passando pela 2ª infância, adolescência e 1ª juventude... quanto aperto e
pressão a gente sofre pra conseguir algo de bom no nosso futuro, isso acho que
todo(a) cidadão(ã) de bem já passou, qualquer que seja sua classe social hoje,
isso não faz diferença aqui! Todos(as) têm o direito e até o dever social de
evoluir para formas mais civilizadas e melhores de convivência, o país tem que
acompanhar o desenvolvimento de seus cidadãos(ãs). Mas o que se apresenta é um
cenário horrendo de espoliação, arrocho, descontrole, “Panis et circenses” – para lembrar uns poetas nacionais. Pior: é a
perda das liberdades, das garantias constitucionais, dos direitos sagrados das
pessoas – tão dolorosamente conquistados. Os políticos, eles são os principais,
mas não os únicos culpados dos problemas; se há corruptores, há corrompidos.
Isso qualquer aula de política Greco-romana explica ao mais simplório dos
analistas. Resta aos articulistas, aos educadores, aos profissionais e à
população nas suas mais generalizadas circunstâncias e locais de atuação
reafirmar e defender a verdade, a justiça, o respeito e a esperança, com todo o
rigor e a firmeza necessários. Nem só de impeachments viverá a democracia
brasileira; há meios mais eficazes, eficientes e efetivos de se restabelecer a
ordem e o progresso. O povo não é, em sua maioria, tão inocente pra acreditar
em milagres e golpes de estado. O que se pode fazer é dar a resposta nas ruas,
nos postos de trabalho, nas universidades, nas instituições públicas e
privadas, na justiça, na política, nas urnas e no cotidiano, dando exemplo de
honradez, sensibilidade e cumprimento da Lei, da Constituição e das normas
tradicionais que regem o Brasil desde que este povo é povo. Não é porque fomos
povoados e colonizados por degredados, malfeitores e vilãos que essa característica
tenha de se perpetuar em nossos genes, em nossos atos e atitudes, pois a
educação e a labuta do dia-a-dia ensinam na escola do mundo que podemos ser bem
melhores pessoas. Não é criando diferenças, não é desequilibrando os tipos
sociais de cidadãos que se recobrará o ciclo desenvolvimentista do país. Nem só
de discursos e aparições públicas viverão os atores governamentais; é preciso
ação, atuação e reação nos processos complexos que movimentam um país. Há de
haver credibilidade, confiança, fidúcia, palavra honrada e cumprida. Se não for
assim, nada surgirá de um passe de mágica. Eu sofro muito pelo país, em todos
os sentidos. Vejo amigos/as que também se esforçam muito para criar um ambiente
de vida melhor aos nossos concidadãos. Mas a atividade criminosa de uns poucos
envergonha e mancha de morte as instituições políticas, econômicas, sociais,
culturais, enfim. É aterrador perceber que homens e mulheres de bem lutam tanto
para educar seus filhos/as, para montar uma família decente, para criar
condições de inovação nos seus empregos e áreas de atuação, para desenvolver
suas comunidades e por extensão, fazer evoluir a sociedade e que uns poucos
corruptos estragam todo este projeto de vida. É difícil, cada vez mais difícil
suportar as injustiças, as infâmias, as verdadeiras blasfêmias que estes
executam em pleno século XXI, que é para ser o século da evolução humanitária,
em todo o mundo. O Brasil, ele tem jeito. Não há que se perder a fé e a
intenção de criar um país melhor. Comecemos dando o exemplo, mas também
cobrando e exigindo firmemente nossos direitos, pois eles foram criados e
estabelecidos em Lei para serem realizados mesmo, não para servirem de enfeite
em estantes empoeiradas de bibliotecas ou acervos virtuais abandonados. Nosso
papel é de cidadania democrática ativa, agente, atuante, ativística. E aos que
envergonham ao Brasil que queime, que pese, que sintam cada uma das dores que
sente o oprimido, o indivíduo sem cidadania, aquele que sequer sabe assinar o
nome, quanto mais saber que tem direitos; é a ele que terão de se reportar. Que
nos presídios, que nas prisões, eles prestem serviços a comunidade, e devolvam
com juros correções multa e mora, além do quinto constitucional, todo o
investimento que aquele cidadão desprezado faz com seu suor no país, na sua
comunidade. Que os bancos e paraísos fiscais em que estão extraviadas e
escondidas nossas riquezas sejam responsabilizados pelo enriquecimento ilícito
e pelas grandes fortunas fraudulentas e inverídicas judicialmente, e que sejam
devolvidos ao tesouro do país cada centil,
cada centavo, cada cifrão brasileiro roubado, desviado, desencaminhado. Que os
políticos corruptos sejam obrigados a trabalhos forçados pela sociedade, que
quebrem pedras pra fazer calçamento, que entreguem “nossas terras” à verdadeira
Reforma Agrária, que seu, na verdade nosso salário, seja investido na
profissionalização e ensino-aprendizagem de nossas crianças, adolescentes e
jovens, além dos adultos e idosos, bem como das pessoas com deficiência; que os pobres e desassistidos tenham os direitos que até hoje lhe foram
negados, negaceados, com todos os rigores e a tinta da Lei e dos direitos
consagrados aos nacionais do país. Essa é minha opinião. Tenho direito de
emiti-la. E você que me lê, também tem o direito de afirmar seu pensamento e
cobrar para que a verdadeira justiça social aconteça. Mas isso não será
expresso pela mídia vendida e comprada. Será dito e repetido a plenos pulmões,
a onde o povo está e nas câmaras altas e cúpulas do poder em que os verdadeiros
bandidos se encontrem. Essa é a minha contribuição ao progresso do país e à
exterminação da corrupção. Que aumentem os números de pessoas interessadas, de
bem, para o futuro do país. Que o governo corresponda aos votos e confiança
populares depositados nas urnas nas recentes eleições e que a juventude seja
capaz de mudar para melhor o Brasil, refletindo isso nos seus locais, momentos
e dimensões politizadoras. Que o Brasil volte a ser orgulho ao seu povo.”
Por: João Paulo Santos Mourão
(iMello)
Carta aberta ao povo cidadão do Brasil
Teresina (PI), 15/04/2015.
“Inutilia truncat” “Aurea mediocritas”
“Fugere urbem”
“Libertas Quae Sera Tamem”
“Cortar o inútil” “Medianidade de
ouro” “Fugir da cidade”
“Liberdade ainda que tardia”