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domingo, 13 de maio de 2007

Os instrumentantes perfis de brasilino e veracruzéia



C:\\www.Meus arquivo de MPBossa.br

Origem da batida de violão de João Gilberto nas lavadeiras de Juazeiro, às margens do Rio São Francisco.
Origem do termo Bossa Nova na boca de um engraxate do Rio de Janeiro, aíentão utilizada pelo jornalista Sérgio Porto no Jornal do Brasil.
Gênero Bossa Nova com origens em Deussy, Ravel e Villa-Lobos, segundo Tom Jobim.

Concorri com tanta gente, pra tanta porqueira; sempre fui reprovado porque quis.
Mas mudei de idéia; não vou mais querer isso pra mim, de mostrar serviço e engajamento.
Afinal, nas boas pontas de esquinas e queridas mesinhas de bar é que estão os filósofos e cronistas perfeitos. Ninguém abusa com nada, todo mundo fala o que entende, nos complementamos as elocuções imperfeitas ou apenas recolhidos ficamos, bebemos e/ou comemos, e ouvimos e vemos as estórias, depois vamos embora e já serviu muito.

Não gosto de escrever correto, mas todo ritmo e letramento é válido nesta selva de ignorâncias. Até eu que sou ignorante pra cacildes ainda sei disso, avalie. O qüiproqüó real é desafiar as instituições sociais; sabemos ser comportados e meio "vips" quando se nos estabelecem casos para tanto; ah, contudo, prefiro saber agir mais e melhor mesmo é na confusão e nas "extravagâncias". Nem só de poesia viverá o chorista, mas de todo acorde que melodiar suas palavras. E esse povo da nova geração não mede metro-e-mei só de conversa não; eles têm estudo, têm conhecimento de causa, sabem malandrar na composição e todos reconhecemos sua imponência nesse ramo crudelíssimo do mercado audiovisual.

Ora pois o clássico antiquado num é que tem tudo a ver com o pop de agora? Santa pecaminência, desconhecíamos...mas cá entre nosotros, já dava pra suspeitar mesmo. Esse povo vivia sendo exilado, cresceram viajando pelo globo afora, contactaram e entenderam a mensagem nas entrelinhas do corriqueiro. Isso não conta ponto ou é um contraponto? Agora me enfurno nos cafundós do brejo do sem sentido incógnito!

Os artistas brasileiros, amparados pelo explodir de interferências sistêmicas de cada um dos brasis que nos povoara a inconsciente coletividade, ao passearem e desfrutarem das suas disparidades, seus povos e ad-cultureidades, refletiram e conseguiram exitoso trabalho de sincretismo, de tecelagem identitária. Daí aparece a Bossa Nova, que não é senão um mix polivalente do pessoal do sertão do nordeste, com os urbanos modos rio-sampistas. Todavia, a bossa já existia antes mesmo dos violões serem gravados em estúdios de rádio ou as pracinhas em banquinhos e apresentações irem até as grades programadas pelas televisões; o movimento, para ser honestamente original, ele tem de vir da rua para casa, da calçada para o salão.
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Libertas Quae Sera Tamem Musicae

Talvez você apareça no Piauí

Eu pensei ser jornalista,
mas sou mesmo jornaleiro;
pro Brasil não tem despista,
há um povo conselheiro...

Tou ligado na justiça
não pra gente brasileira:
sei ser cosmopolitista,
advogo ao mundo inteiro.

Se na vida tem malícias,
causos bons hei de contar
uma lide presepista,
a conversa vai rolar.

O meu pai é cearense,
minha mãe piauitana,
avôs e avós sertanistas
mas minha prole, citadina...

(parodinha ao Chico Buarque de Hollanda,
ou Chicória que nem o chama Toquinho)
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