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sexta-feira, 23 de março de 2012

Educadores sociais midiáticos: o papel atual do comunicador de massa

Educação virtual




No Brasil, como em qualquer lugar do mundo, as pessoas param a admirar algo que choca: algum rabisco de piche, performances a céu aberto, declamações em praça pública, megafones a plenas vozes... mas então a mídia trivial vem, se acerca de tudo isto e transforma imediatamente em noticiário, jornal popular. O que era para ser rebeldia e reflexão coletiva, ou no mínimo livre manifestação do pensamento, vira assunto de rádio e tevê.

Mais eis que se ergue a fibra óptica da internet, seus canais de conversação em salas virtuais de bate-papo, comunicadores instantâneos, páginas eletrônicas, diários pessoais da web, redes sociais e o que há de vir e se deixar por lá: porque com tanta informação aí ela deixa de ser nossa e se torna plural da grande rede de computadores, anônima como inclusive se chama um grupo de pesquisadores e hackers mídia livristas.

Interessante dizer quanto tempo demorou para nossa vida mudar e o quanto ela mudara em tão curto intervalo de tempo para maturação das táticas de uso e fruição da carinhosamente apelidada ‘net: cerca de vinte anos (se contarmos 1993 como o ano de início da instalação e socialização da internet entre nós brasileiros das classes C, D e abaixo). Hoje, há a disciplina informática, que aliás virou matéria da maior importância para sucesso nos estudos e adiante.

Muita criança já aprende a lidar com eletrônicos bem antes de balbuciar as primeiras letras: é a informação automática, a informática que as torna precoces e superdotadas, pois o sistema de conhecimentos assim o exige e exigirá tanto mais quanto mais desenvolvidas forem as ciências e suas tecnologias.

Estamos em um estágio misto de saberes nativos e alto desenvolvimento, entremeado por questões sociais e humanas difíceis de serem resolvidas sem que haja a educação integral, entendida como formação por inteiro do ser social e humano, portador de direitos, deveres e desejos os quais supram o mínimo existencial para o exercício de sua profissão e vida familiar, inserção institucional burocrática, etc.

Como extender aos povos nativos puros da Amazônia ou do interior do Piauí conhecimentos, práticas e técnicas que os empoderem, instrumentalizem e profissionalizem junto ao modo de ser da sociedade em rede pós-moderna? Que caminhos eles podem trilhar para haver inserção e cooperação de parte a parte, sem que uma invada o modo de viver da outra e vice-versa?

Esse seria, é e será sempre um papel a ser mediado pela comunicação social em suas diversificadas formas habilitadas: jornalismo, assessoria de imprensa, relações públicas, cinema, rádio e TV, publicidade e propaganda, marketing,... e o que mais há de vir. Pouco a pouco estes profissionais tornam-se os educadores sociais midiáticos a uma nova era. Eis aí um outro ponto a ser estudado, pensado e debatido pelas esferas de poder e decisão!



João Paulo Santos Mourão

Teresina (PI), 05 de março de 2012.


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