Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

RADIO LIBRE!

MUITO PERTINENTE FAZERMOS ALGO SOBRE O ASSUNTO AQUI, JÁ QUE SOMOS UMA FRANCA NEO-METRÓPOLE E INCLUSIVE TEMOS PROBLEMAS PARA SOLUÇÕES QUE APARECEREM, OU SERIA O ANVERSO?!


Favela FM, Uma onda que vem do morro

Cláudia Mesquita e Tânia Caliari

- Dá pra tocar uma música?
- Aí, essa rádio não toca música não, toca é idéia.
- Ah, tá. Então tchau.
- Falô. Quem quiser ligar aí pra falar sobre a Rádio Favela, tem aqui duas repóter da revista Palavra. É uma revista que você não conhece, porque só quem tem poder aquisitivo pode comprar. Na favela não chega nem jornal, é só rádio mesmo. Mas se você quiser falar sobre a Rádio Favela FM, 104,5, liga aí: 282-1045.

Mal entramos no estúdio da Rádio Favela, um quarto apertado na construção ainda em acabamento, e Misael já convoca os ouvintes (ou "escutantes", no jargão da rádio) para conversar com a gente no ar.

A janelinha do cômodo enquadra bananeiras e a vista de um dos morros apinhados de barracos de alvenaria do Aglomerado da Serra - a maior favela de Belo Horizonte, localizada na zona sul da cidade e composta de 11 vilas, cujas populações somam pelo menos 100 mil habitantes.

Em meio ao entra e sai e às conversas no estúdio, o telefone não pára de tocar. Da Lindéia, na região sudoeste da cidade, o escutante Clever manda suas impressões sobre a rádio: "As outras rádios não têm moral pra falar. A Favela tem. Na Favela falam papo da gente, de mano, de chegado...".

"De preto pra preto", decifra Misael, 39 anos, um dos criadores da rádio que no final dos anos 70 invadiu o dial através de um transmissor improvisado, movido a bateria de caminhão, quando ainda não havia energia elétrica na favela. Para rodar a música, um toca-discos a pilha.

Ligados nos bailes de funk e soul que surgiram na época nas ruas próximas à favela, os criadores da rádio conheciam bem as palavras de ordem que, nos alto-falantes, denunciavam a discriminação e pregavam a auto-afirmação do negro - ecos do movimento Black-Power e do Black is Beautiful, aqui reinterpretados.

Hoje munida de um moderno equipamento italiano de transmissão, a Rádio Favela acumula, entre outros feitos, duas condecorações da ONU pela atuação no combate às drogas e à violência, e as marcas não-oficiais de segundo lugar na audiência na zona Sul de Belo Horizonte e quarto lugar na Região Metropolitana da cidade.

Não-oficiais porque a medição do Ibope inclui a Fabela na categoria "outras", vala comum onde se misturam todas as rádios não-comerciais da cidade - nenhuma com a grande penetração da Favela, considerada hoje a rádio comunitária de maior audiência do Brasil.

A eclética comunidade de escutantes despreza a geografia e confirma o prestígio e o alcance da rádio, que chega a atingir 90 outros municípios além da capital, quando opera a maior potência.

Nesta segunda-feira, enttre 17h e 18h, durante o programa "Uai Rap Soul" (ou Uai Rap Sô!), o responsável pelos prêmios da ONU, eles ligam de Ibirité a Ribeirão das Neves, cidades vizinhas, e de bairros espalhados pelos quatro cantos de Belo Horizonte, tanto no "asfalto" quanto na periferia: Ouro Preto, Caiçara, Concórdia, Céu Azul, Alto Vera Cruz, Tony, Paulo 6º, União, Serra, Alto dos Pinheiros, Monte Azul, Estoril...

* * * * *

- Cê tá falando de onde?
- Do Horto.
- Qual é o seu nome?
- Juninho.
- Tudo bom, Juninho?
- Melhor ainda agora, né, que a Rádio Favela voltou. Eu tava sentido a maior falta... Eu e a minha freguesia aqui no bar.


Juninho talvez tenha ouvido algum dos boatos que correram sobre o fechamento recente da rádio, que se estendeu por quase um mês. A causa foi a liminar emitida pela 17ª vara da Justiça Federal de Minas Gerais, cumprindo um pedido de fechamento feito pela Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, que alegava a falta de concessão de canal da rádio, e a reincidência do descumprimento de ordens de fechamento anteriores, e a interferência em freqüências de outras rádios do dial.

A Favela voltou a operar há poucos dias, depois de esgotado o prazo imposto pela liminar para que a Anatel avaliasse a situação da emissora. É a primeira vez que a rádio some do dial, para indignação dos escutantes.

A história da Favela é uma crônica de enfrentamentos e o histórico de "pulos" da polícia - como eles se referem às blitz - é extenso.

Apesar de táticas de resistência como o silêncio dos vizinhos e as mudanças freqüentes de QG (cerca de 30 em 20 anos de vida!), a rádio foi fechada pela polícia pelo menos cinco vezes. A penúltima, em 1997, teve ares de operação de guerra: mais de 700 policiais, dois helicópteros e quatro atiradores de elite cercaram o barraco onde a Favela estava instalada, levando todo o pessoal. "Isso aqui é marca de algema, de prisão por conta da rádio", conta Misael, mostrando os pulsos.

Dos cerca de 50 adolescentes da antiga Cabeça de Porco, atual Vila Nossa Senhora de Fátima, amigos de baile e futebol que nos idos dos 70 tiveram a ousadia de criar uma rádio na favela, Misael calcula que restou um quinto por ali. Os outros tiveram o destino da periferia de grandes cidades brasileiras: "Os que não morreram estão na cadeia".

Microfone aberto para todos os ruídos, a Favela não tem locutor padrão. "Eu fico 12 horas falando no rádio, você acha que dá pra ter voz de veludo?", pergunta Misael. Neste dia, cerca de 15 pessoas batem papo no estúdio - é a "família Favela", voluntários que mantêm a rádio no ar, mais alguns agregados, preparando-se para uma reunião logo mais. A pauta: a Favela entrou com um processo junto à Delegacia do Ministério das Comunicações de Minas Gerais e está em vias de conquistar a outorga de rádio educativa. Se o processo vingar, será uma das poucas a operar legalmente entre as cerca de 20 mil rádios que requerem concessão junto ao Ministério das Comunicações.

* * * * *

Maria do Carmo, dona de casa de General Carneiro, zona leste da cidade, abre o coração no ar. Pena que Dona Mariquinha, apresentadora e alma do programa "Rose Choque", programa de mulher na Favela, não está lá hoje para ouvi-la. Nasceu sua nova neta e ela está cuidando do rebento. Alguns ouvintes ligam para parabenizar. Preta retinta de 75 anos, Dona Mariquinha não sabe ler nem escrever. Sua conversa na rádio é de improviso e fala de tudo: como curar umbigo de recém-nascido, conselhos sobre enfrentamentos com maridos violentos, dicas de saúde.

Como no grosso da programação da Favela FM, o "Rose Choque" acaba, intuitivamente, por valorizar a fala e os símbolos do morro, "traduzindo" numa linguagem comum informações às vezes distantes. Usando expressões que não encontram nos meios de comunicação "legais".

O programa é "Arapuca Caipira", oito da manhã em ponto. Misael dá mais uma notícia: o número oficial de assassinatos no Aglomerado da Serra em 1999 é, até o momento, 52.

"Isto é o que eles divulgam, porque tem muito morro aí que não entra na conta. Deve estar chegando em 80". Misael compara a cifra com os 42 assassinatos no mesmo período de Jardim Ângela, em São Paulo, "a região mais violenta do Brasil".

"Quando é no Jardim Ângela a imprensa cai em cima. Daqui ninguém fala. A imprensa não divulga nem aprofunda, porque as construtoras impedem o destaque. A gente mora perto de uma área em que o apartamento custa o olho da cara", diz, referindo-se ao bairro da Serra.

Não faltam histórias sobre a violência no morro, que abrevia a história de parte da população jovem.


* * * * *

"Tenho 29 anos e estou vivo, contrariando as estatísticas", diz o ex-"avião" do tráfico Hudson, hoje repórter volante da rádio Favela.

"Os adolescentes das favelas ainda não perceberam que a idéia que rola aí é que a gente mate uns aos outros. O dia que eles perceberem isso, o jogo vai virar. E isso é para tudo. Você só faz revolução reivindicando o que é seu", prega Misael, nos bastidores.

No "Aerobrega", Oswaldo anuncia a morte do senhor Sílvio, da padaria Jota: "Amanhã vão sair dos ônibus da pracinha da padaria, no final da linha de ônibus 2151, para levar quem quiser ir no enterro". Mais tarde, entra no ar uma assistente social do Hospital João 23, para localizar a família de Leandro, um menino de 12 anos que caiu da traseira de um ônibus, quando voltava da escola. Passa bem mais não se lembra do nome da rua onde mora, na Vila Ventosa, Aglomerado da Serra.

"A Rádio Favela é a Internet dos favelados", costumam dizer os locutores, referindo-se à rede de informações e solidariedade criada pela rádio, que, segunda a voz corrente, resolve em menos de três horas qualquer pendenga de perdidos e achados.

A rede informal de serviços não pára por aí. "Eu estou desempregado e fui abandonado pela minha mulher. Os filhos ficaram comigo. Eu queria saber se tenho direito a uma pensão alimentar", pergunta o ouvinte do bairro Padre Eustáquio, durante o programa "Escutando Direito", de consultas jurídicas, realizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Jovem.

Os serviços práticos prestados à comunidade extrapolam as ondas do rádio e se materializam em campanhas assistencialistas e ações integradas. Aliada ao Lyons Club e à Secretaria Municipal para Assuntos da Comunidade Negra, da Prefeitura de BH, a Rádio Favela encabeçou uma campanha para que os moradores do Aglomerado da Serra tirassem seus documentos.

Cerca de seis mil pessoas compareceram à estrutura montada numa escola municipal da Serra. Só 300 conseguiram tirar a "identidade" - a maior parte, por falta de certidão de nascimento.

Para os músicos que desejam divulgar seu trabalho na Favela FM, o "jabá" é diferente. Basta subir no morro com seu CD debaixo do braço, sem se esquecer de levar também alguns lápis e cadernos - que a rádio distribui entre as escolas da comunidade. Gabriel, o Pensador, rapper do "asfalto" carioca, se sensibilizou e doou 1.500 cadernos para a campanha informal da Favela. Sempre tocou na rádio.

Um dos programas mais fortemente identificados à Rádio Favela é "Uai Rap Soul", com Rogério, com Misael ou com qualquer voluntário que estiver no estúdio na hora. Nada que comprometa. O estilo improvisado da Favela FM é talvez o melhor retrato da vida no morro. Transforma a emissão numa fonte de renovadas surpresas, ao contrário das rádios comerciais com sua programação estanque e padronizada.


* * * * *

As transmissões ao vivo são uma das marcas da rádio, que realizou cerca de 60 no primeiro semestre de 1999, incluindo jogos de futebol de várzea, campanhas comunitárias comandadas pela própria Favela, eventos culturais e até "grandes reportagens".

Foi o caso da transmissão feita do presídio de Neves, município vizinho a Belo Horizonte, onde os "repórteres comunitários" da Favela botaram os presidiários no ar para falar da vida e mandar recados para os amigos de fora das grades.

Todo santo dia, às seis da tarde, a Favela põe no ar o seu "momento de reflexão": leitura de um trecho bíblico, mais "Ave Maria" com Steve Wonder e a benção de um padre gravada. Com Deus não se brinca. O "momento de reflexão" é provavelmente a única parte da programação da rádio que vai ao ar religiosamente no mesmo horário. Nesta quinta, pela voz de Paulo, conhecido como DJ a Coisa. O tema é mais que simbólico: a virtude da perseverança. E a perseverança acabou premiada.


Fonte: http://www.ecologiadigital.net/amarc/favela.html
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Putrevagens!

Neologísticas me confrontualizam:
seio e ceio no mesmo natalístico!

A língua de Minerva e de Afrodite
musa pagã e dona ordeira!

Poemúsculo feito nas coxas
fetiche holístico de orgástimos pulsos
mulheril traçado à risca, frente e verso
mas com filhotes de poesiasinhos
em cerca de nove em nove meses cada...

Boca desamassada pela palavradorada:
amor, pudor, temor, furor,
calor, suor, ardor, dor,
cor, olor, sabor, estupor!

Olá, paternidade;
até breve e nunca folgarzionice!

Púlpitos e altares messiânicos, esculpi e empompei-os
Andrajos de sarjeta, calçadas de batente baixo:
cuspi, vomitei, mijei e defequei.

Um ciclo se fora, um perímetro circundenciou meu signo.
Patético, famigerado, ontométrico, perfunctório instante.

Perdi, ganhei; morri, vivi.

Sarei, sorri; chorei, feri...

J.P.

17/12/2007
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domingo, 16 de dezembro de 2007

OLD JOURNALISM

Formação e Informação Universitária
(uma aula inaugural)

"viver efetivamente é viver com a informação adequada", diz Norber Wiener, o fundador da Cibernética.
(...)

A universidade brasileira - e muitas universidades européias - estão em crise, porque se recusam a compreender que chegaram à época da muda, que é preciso trocar a epiderme e as entranhas aristocráticas pelo pêlo democrático e de massas.
(...)
Marshall McLuhan, o chamado "profeta das Comunicações" de nosso tempo, declara que é preciso substituir a instrução pela experimentação e pela invenção.

[PIGNATARI, Décio. Contracomunicação. Ed. perspectiva: São Paulo, 1973]

Queria ver, então, caro interleitor, o que dizem as seguintes webpages:

http://ocupacaoufba.blogspot.com/

http://ocupaufpe.blogspot.com/

http://www.ocupacaodaufc.blogspot.com/

http://ocupareitoriaufma.weblogger.terra.com.br/

http://ocupacaousp.noblogs.org/

http://www.ocupacaounesp.blogspot.com/

http://www.ocupacaounir.blogspot.com/

http://ocupacaouff.blogspot.com/

http://movebr.wikidot.com/especiais:2007:out:ocupacao:ufpr

http://grevenaoeferias.blogspot.com/
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007





A música e o cigarro

FUMANDO ESPERO (EN PORTUGUES)
Letra de J. Villadomat Masanas
Musica de Felix Garzó

versão de Eugênio Paes

Fumar é um prazer que me faz sonhar
Fumando espero aquele a quem mais quero
Se ele não vem, então me desespero
E, enquanto eu fumo, depressa a vida passa
E a sombra da fumaça me faz adormecer

E assim sempre a sonhar, fumar, amar
Por todo instante aquele a quem mais quero
Sentir seus lábios, beijar com desespero
Seu coração bater juntinho ao meu
Sentindo entre carícias seu corpo estremecer.

Antes de adormecer é o fumar um prazer
Dá-me, dá-me a tua boca
Beija até que eu fique louca
Quero assim enlouquecer de prazer
Sentindo esse calor do beijo embriagador
Que acaba por prender a chama ardente desse amor!

FUMO E FUMANTES Joferdeli (*)

Não sei como se interessa / alguém, pela vida inteira. / num hábito que começa / trazendo náusea e tonteira ! / Muito homem culto e notável / faz essa imensa bobagem. / Rende ao vício vassalagem / ridícula e detestável... / Contrastante desconsolo no viciado se situa; / quanto mais saber possua, / tanto mais se mostra um tolo! / Condenável é o fumante, não apenas por fumar / mas por viver, irritante, toda gente a defumar... / Inexperientes meninos são pelo sestro empolgados, acreditando, coitados, ficarem mais “masculinos”... / E mulheres delirantes, nos clubes, no lar, nas praças, andam soltando fumaças, / assim se crendo “elegantes”! / Pobres de espírito, apenas, / que por doentia vontade, / de um erro incorrerem nas penas, / sem qualquer necessidade! / Imensa turba assim anda; / seu arbítrio negligente / fá-la vítima inocente / de nociva propaganda... / poder-se-ia desculpar / os que contraem tal vício / se o costume de fumar / fosse agradável de início. / Mas não... E o ato pensado / de forçar o próprio gosto, / pôr-se enfermiço, disposto / a transformar-se um viciado. / Resulta estranho e chocante / a quem cultiva o bom-senso; / por isto às vezes penso / ser néscio todo fumante... / Na estapafúrdia atitude / de seu mental defeituoso, / o tabaco é-lhe precioso / mais do que a própria saúde... / Se contrai tosse nervosa / ou mesmo bronquite crônica, / não a julga perniciosa, / mas benigna e até eufônica! / Estar no vício é seu lema, / surdo, a qualquer advertência / do câncer ou do enfisema, / da religião ou da ciência... / Mania aviltante e escusa, / tem surto dos mais incríveis, / que atinge todos os níveis / da Sociedade confusa!

(*) José Fernandes de Lima Filho

Nota: Peço desculpas aos amigos fumantes. Não tive intenção de ofendê-los. Trata-se apenas da opinião de uma pessoa não-fumante.

Sem problemas, que o inverso vem logo aqui, na voz de Nelson Gonçalves:

"Fume um cigarro que passa esse nervosismo seu,
Fume um cigarro e esqueça o que aconteceu,
Não deve haver a maldade, somente amizade
Entre você e eu,
Fume um cigarrro e esqueça o que aconteceu..."

Ao que Linda Batista respondia, decidida:

"Fumei centenas de cigarros, não me acalmei..."

Centenas de cigarros, já pensaram?
Mas o grande clássico para mim é com a magistral Nora Ney:

DE CIGARRO EM CIGARRO
(Autor: Luiz Bonfá)

"Vivo só sem você
E não posso esquecer um momento sequer,
Vivo pobre de amor, à espera de alguém
E esse alguém não me quer,
Vejo o tempo passar, o inverno chegar,
Só não vejo você,
Se outro amor em meu quarto bater
Eu não vou atender.

Outra noite esperei, outra noite sem fim
Aumentou meu sofrer,
De cigarro em cigarro
Olhando a fumaça no ar se perder..."
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

ONG's e OSCIP's? É issoaí!

Organizações Não-Governamentais

e

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público

Nelas há controle, fiscalização, marco regulatório, auditoria da Controladoria Geral da União, etc.

A criação envolve a realização de projeto gerador, em seguida contrato e periódicos demonstrativos de resultados; têm ainda Assembléia ou Eleição Originária, Estatuto, Registro Legal, Política de Impostos, Conselhos e Prestações de Contas interna e externamente.

Funde uma! Participe de alguma!
É melhor que no serviço público ou particular usual...
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domingo, 9 de dezembro de 2007

Vestibular e responsabilidade social na Educação Superior

Uespi teve iniciada hoje pela manhã a realização do exame vestibular para mais de 4 dezenas de milhares de candidatos. Muitos nem sabem, mas esse concurso pode definir o futuro de suas vidas. O que os professores podem fazer, com toda a sua sabedoria, é apenas mostrar as escolhas.

Todos que já ingressaram ou ingressam na graduação em Instituições de Ensino Superior devem ter passado uma média de 10 anos de sua vida, a infância e adolescência para sermos certeiros, dedicados a determinar o dom ou vocação mais compatíveis para suas vidas. O exame vestibular é a porta de acesso ao mundo adulto, decerto o mais civilizado e feliz para quem tem boas intenções, para si ou para outrem, para os caráteres pessoal ou coletivo.

Donde, então, a responsabilidade social previamente conferida a este concurso? Total é essa, meus amigos(as); pois o método de seleção é o pêndulo que equilibra o meio humano e se ele for incorreto, deturpado ou manipulado tudo que fora investido em educação pelos pais, mães e responsáveis desses jovens antes torna-se perca, esforço inútil.

O vestibular deve selecionar não só os mais inteligentes, os mais aplicados em decorar dados e fórmulas ou selecionar itens num gabarito: tem que se fazer a seleção de pessoas com humanidade, racional e emocionalmente. E, o mais importante: que tenham compromisso com o progresso, senão científico de todo, ao menos o profissional, o ético e o social.

Na próxima semana a UFPI também realiza seu vestibular – o Programa Seriado de Ingresso à Universidade, e tantas outras Faculdades locais têm-no também por feito ou a fazer. Me questiono se os formados por estas instituições têm sentido este intuito nas grades curriculares ou se apenas estão propensos ao enriquecimento e projeção a qualquer método...


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sábado, 8 de dezembro de 2007

Boas não: ótimas festas!




NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA-> "VETERANADA (A FESTA DOS VETERANOS MAS QUE CALOURO TAMBÉM ENTRA) CONFIRMA MAIS UMA BANDA: ROQUE MOREIRA!!!"

Agora são cinco super bandas:

*Validuaté
*Gramophone
*Batuque Elétrico
*Coração Mecânico
*Roque Moreira

Além de curtir na VETERANADA, vc ainda corre o risco de agitar no Piauí Pop 2008 de camarote!!!!!

Vai ser no Trilhos, a partir das 21h!!!!

A entrada é só 5 reais e 1kg de alimento

Te espero lá então!

[+]

--> PRÉVIA do 2º ORKUT FEST
com a banda paulista revelação do Piauí Pop:

L U X Ú R I A

--> Data e Local: SÁBADO, 8 de Dezembro no Noé Mendes às 21h
--> 7 horas de festa!

--> Chopp GRÁTIS das 21 às 23h: CHEGUE CEDO!

--> Bandas:
Classificação : Livre
Último Romance
Retrorock
LUXÚRIA (0h às 1h30)
Validuaté
Karranka

--> Espaço GELÉIA GERAL: Literatura, Música, Arte e Cultura
Exposições de:
- Curtas
- Clipes de bandas piauienses
- Arte em material reciclável, cerâmica, argila e madeira
- Griffe Mucambo (hip hop e arte de rua)
- Filtros dos sonhos
- História em Quadrinhos
- Livros de autores locais e distribuição de Fanzines


--> Ingressos:
Sorveteria Pura Fruta (Kennedy e São Cristóvão)
Lojas Dragão (Centro e Riverside)

_______________
Informações (24h): 8801 42 40 (Marcélio Lima)

Fonte: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=19832155

[+]

ROCK NA PRAÇA EDIÇÃO 10! DIA 15 DE DEZEMBRO

DÉCIMA EDIÇÃO!! Caramba... parece que foi ontem... e a gente não podia comemorar sem você, é claro. Marque na sua agenda, dia 15 de DEZEMBRO!

- Escoliose (riffs pesados e muita fúria)

- Validuaté (inovadores e inclassificáveis)

- Sr. Wilson (clássicos dos anos 80 e 90)

- A. F. Galvão (o alquimista das guitarras)

- Extra Litis (rock moderno até o talo)

- Fragmentos de Metrópole (as miragens sonoras da cidade)

+ Flamejante e a cerva mais barata da cidade!
+ Entrevistas especiais no Papo Rock!
+ Convidados e surpresas da EDIÇÃO 10!

Pra fechar o ANO daquele jeito!

Realização: Satisfaction Produções
Apoio: Lorota´S Produções

Fonte: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1507029559490354166

Festas ótimas não, supimpas, maças!

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

1ª's Sumárias aulas de lingüística, semiologia e discurso

Bem, é isto uma idéia-fixa em minha vida: a Língua Portuguesa. Não só pela reforma ortográfica (querem tirar o trema até dos teclados já fabricados da IBM, hein, será mesmo?) em tese e voga trivial de hoje; nem, todavia, pela minha labuta com artes, imprensa e justiça na minha vizinhança e quintais próximos. Mas pela linguagem em si, enquanto instituição máxima para a comunicação e pensamento humanos. Senão, leiamos o que têm a nos dizer os doutores, mestres e especialistas a seguir:

"
[...]

Ferdinand de Saussure, Roman Jakobson, Mikahil Bakhtin, Émile Benveniste, Roland Barthes, and all the others. This is the central one-stop shop for the study of signs. Signified, signifier, tropes, modern semiology, semiology and semiotics has never been more alive and well....


Saussure, em "Curso de Linguística Geral", afirma o seguinte:

"A fonética é uma ciência histórica; analisa acontecimentos, transformações e se move no tempo.A Fonologia se coloca fora do tempo,já que o mecanismo de articulação permanece sempre igual a si mesmo.Longe de se confundir, esses dois estudos nem sequer podem ser postos em oposição.O PRIMEIRO É UMA DAS PARTES ESSENCIAIS DA CIÊNCIA DA LÍNGUA; A FONOLOGIA, CUMPRE REPETIR, NÃO PASSA DE DISCIPLINA AUXILIAR E SÓ SE REFERE À FALA".

diacronia: é quando você estuda a língua nesse caso,na sua evolução histórica,ou seja ao largo dos séculos. A Lingüística diacrônica, ao propor uma visão diacrônica estuda não as relações entre os termos coexistentes de um estado de língua (como acontece na sincronia), mas entre termos sucessivos que se substituem uns aos outros ao longo do tempo.
É a lingüística tendo como alicerce e viés de leitura a história dos termos.(isto é o que procurei no wikipedia)


sincronia: é o estudo da língua como se presenta num mesmo momento histórico.A visão sincrônica ou perspectiva sincrónica da Lingüística visa a estabelecer os princípios fundamentais pertencentes a um determinado estado de língua. Quando se fala em estado de língua é necessário considerar uma época, a qual é delimitada por acontecimentos repentinos que ocasionam modificações no estado de língua em questão.
O estudo sincrônico enfoca o sistema linguístico em funcionamento num determinado momento, sem a perspectiva histórica.(isto é o que procurei no wikipedia)


Suassure, por exemplo, fala que a língua é mutável diacronicamente (tem uma evolução ao largo dos anos), mas que é IMUTÁVEL sincronicamente, ou seja, você não pode mudar a língua d'um dia pra outro.

A linguagem se divide em "língua" (sistema coletivo) e "fala" (manifestação individual).
Para ele (Saussure) linguagem é a fala mais a língua.

Língua seria o código com o qual determinada população de determinado lugar compartilha. A fala é a forma individualizada na língua, é a forma como determinada pessoa se utiliza da mesma.
Pode-se ainda dizer que a língua está no eixo paradigmático e a fala no sintagmático.
Linguagem é qualquer ínfima manifestação de comunicação (exemplo: uma criança no estágio sensório-motor tem a linguagem concebida como emocional.. logo ganha a prática nessa fase observamos a língua..língua é sistema de comunicação ao qual elucidamos como forma forma de comunicação humana.

Língua: sistema 'impresso' no cérebro de cada falante, logo, social e psíquico.

Fala: o uso da língua, logo, individual.

Linguagem, o conjunto heteróclito das relações significativas todas, a língua, a moda, etc., etc., etc.

Enquanto o ESTRUTURALISMO vê a língua como um sistema de signos, um conjunto de elementos solidários, ou seja, uma ESTRUTURA, defendendo que a língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma, ou seja, sua estrutura deve ser definida apenas pelas relações interiores a ela, excluindo toda preocupação extralingüística, o FUNCIONALISMO a vê como um instrumento utilizado de acordo com as intenções do sujeito, ou seja, da ênfase ao caráter instrumental da língua, defendendo que os a estrutura dos enunciados é determinada pelo uso que lhe é dado e pelo contexto em que ocorreu.

e acordo com Saussure, quando se diz que a língua é forma e não substância, se diz que ela é (ou tem) uma estrutura, e não é simplesmente um amontoado de elementos perceptíveis.

Roman Jakobson
brilhante estruturalista russo, com obras acerca de linguística e poética.

ENUNCIAÇÃO: Como se diz.
ENUNCIADO: O que se diz.
Entendendo melhor: Em um determinado assunto, por exemplo, se você presenciar algo e depois tiver que contar a alguma pessoa, o seu ponto de vista, como você contar, será um plano da enunciação, haja vista que o que vale é a maneira que você contar os fatos.(ENUNCIAÇÃO). Isso na lingüística, o que para a literatura pode haver outras maneiras de interpretações.

Émile Benveniste
grande intelectual francês

Benveniste trata a questão da subjetividade. Benveniste, expandiu a analise lingüística para além da sentença. O ego e o alter em atitudes diversas e separadas, ou seja, há unicidade discursiva.

Benveniste, da Escola Francesa, sustenta sua doutrina na Teoria da Enunciação sob o paradigma da unicidade do sujeito discursivo, ou seja, o eu-tu do enunciado é “solitário” enquanto tornado o produtor/exercitador na instância da linguagem, ou seja, no discurso (princípio da reversibilidade de discursista entre o “eu” e “tu”).

Mikhail Bakhtin
célebre semiólogo russo

Bakhtin leciona no enfoque da variedade de marcas e heranças discursivas no discurso de cada um de nós - a chamada polifonia: vários dizeres de outros enunciadores presentes no discurso pessoal de cada falante.

Bakhtin, filiado à Escola Russa, ancora seus estudos numa Teoria da Enunciação vertida pela fôrma da heterogeneidade do sujeito discursivo, ou seja, o “grupo composto” eu-tu-ele comportam uma relação dialogal apresentável pela incorporação/apropriação na instância da linguagem, ou seja, no discurso (princípio da polifonia de discursistas entre o “eu” o “tu” e o “ele”).

Em suma, Benveniste acredita na unitariedade durante o processo de enunciação e
Bakhtin vigora na pluralidade através da generalização de enunciados legados.

Roland Barthes
afamado professor francês

A convicção de Barthes é de que a língua deve ser combatida e desviada no interior, por gestos de deslocamento. Assim, desloca as palavras, desfocaliza significantes e significados, desnivela a enunciação, marginaliza o discurso institucional, submetendo o terreno lingüístico a breves mas constantes sismos.


Cabe-nos agora perguntar:
1. Qual a ligação entre língua falada e língua escrita?
2. A que fim principal se destina o ensino escolar da Língua Portuguesa?
3. Qual é o panorama atual da expressão escrita no Brasil?
4. Qual a utilidade do conhecimento tecno-gramatical para o cidadão comum?
5. O que, nós, professores de Português, poderíamos fazer para modificar o quadro?

[...]
"


{Fontes consultadas: comunidades sobre lingüística e análise discursiva do orkut e textos de trabalhos pessoais na disciplina Comunicação e Linguagem, ministrada pelo profº magnus Martins Pinheiro, no 1º semestre de 2006, curso de Comunicação Social-Jornalismo, UFPI}




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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Associação Piauiense de Proteção e Amor Animal


Piauí agora conta com Associação de Proteção Animal

A apresentação pública da Associação Piauiense de Proteção e Amor Animal – APIPA ocorreu na noite desta terça-feira, 04/12, no salão da ADUFPI e obteve participação de profissionais e estudantes de Medicina Veterinária, Zootecnia, além de outros tantos curiosos.


Na ocasião, houve apresentação de slide show com informações históricas, dados e documentos legais e ainda fora apresentada aos presentes o Estatuto fundador da APIPA; em seguida, vários membros se candidataram a tomar parte na chapa originadora da entidade, que deve ser mesmo instituída como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.


Idealizadora do projeto, a professora e veterinária Roseli Pizzigatti Klein (que também trabalha em hospital veterinário e clínica de cuidados animais) enfatizou o motivo fundamental da APIPA: possibilitar às pessoas o entendimento dos animais como seres sencientes, isto é, dotados de sentimento e capacidades sensoriais para além do mero instinto. Também expôs que a APIPA se propõe servir como fonte orientadora de atividades ligadas à preservação da fauna no âmbito estadual e local.


Novo evento deverá ser realizado na segunda-feira próxima, dia 10/12 para oficializar e apresentar à sociedade a APIPA; a solenidade acontece no Memorial Zumbi Palmares, localizado à avenida Miguel Rosa, às 20h.


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domingo, 25 de novembro de 2007

Pela Educação de Base na Terra Querida

INSTITUTO DE QUALIDADE DO ENSINO PROPÕE

ALIANÇA EMPRESARIAL PRÓ-EDUCAÇÃO DO PIAUÍ

Por João Paulo Mourão

A cada hora 31 estudantes brasileiros desistem de estudar. A taxa de analfabetismo atinge 11% e a de mão-de-obra qualificada gira em torno de 9% em nosso país. O prefeito Sílvio Mendes pergunta: “O que fazer para que os gestores do setor privado possam influir na gestão pública?” Ao mesmo instante, o governador Wellington Dias ouvindo a tudo isso concentrado. Estas são as abordagens marcantes durante o lançamento da Aliança Empresarial Pró-Educação do Piauí, efetivada no Clube dos Diários na noite de 21/11 sob a iniciativa de Horácio Almeida, presidente do Instituto de Qualidade no Ensino no Piauí - IQE.

Na ocasião, o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, questiona de que maneira a iniciativa privada deveria influir na gestão pública, em prol da comunidade. A isto, o palestrante convidado Ozires Silva, ex-ministro do Estado da Infra-estrutura e atualmente reitor da Universidade de Santo Amaro-SP, apontou exemplos empresariais de sucesso no país, como a Embraer (também já anteriormente por ele presidida) e do poder de compra governamental como alavanca para o desenvolvimento econômico nacional, ou seja, como governo e empresas devem repensar estratégias para inovar e impulsionar o desenvolvimento – semelhante ao que já estão fazendo China, Índia e Coréia. Mesmo no Brasil, diz Ozires, doações estimuladas pelo governo com isenções fiscais, benefícios para a dicotomia público-produtivo e atuação de assessoramento jurídico são a resposta à questão.

“Todos investem em educação para o sucesso empresarial(...) Devemos nos perguntar o que que o Piauí faz hoje, como investir, como o governo age em nosso regional e local, qual o papel do poder público nessa ordem.”, define o reitor Ozires. E complementa, ao afirmar o crescimento através da inovação como essencial para o crescimento das empresas. Cita, então, o “Buy American Act” nos EUA para evitar a exportação de empregos e renda nacional, o crescimento em relação às indústrias e setor de investimentos como válidos nesse novo cenário para serviços.

Conforme Horácio Almeida, o IQE já beneficiou aproximadamente 976 mil alunos no Brasil e no Piauí atua em escolas nos municípios de Teresina, José de Freitas, Campo Maior e Parnaíba. Através do projeto Aliança Empresarial Pró-Educação institui para até 2008 a meta de 75% dos alunos com média 7,0 em Português e Matemática, entre as mais de 16 mil crianças a serem atendidas no decorrer do projeto. E argumenta finalmente que qualidade de educação hoje implica em qualidade do produto, no futuro.


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sábado, 24 de novembro de 2007

Oração Normal

OREMOS "Começou a normalidade anormal. Adaptemo-nos. Revoltemo-nos. Oremos."
A vida é um cassino em que apenas a trapaça é justa.
A vida é tal uma criança: aprendemos conosco mesmo.
A vida é uma metáfora que juramos ser uma comparação, de tão concreta.
A vida é uma orquestra ou banda de música, que uns apenas ouvem, alguns ouvem e vêem, enquanto outros tudo sentem e o transmitem melodicamente.
A vida é uma aventura-enredo que uns nascem marcados pra tudo corrigir, outros pra tudo destruir.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Do popular ao populesco: Fantástico em folhetins


Para aqueles que ainda tinham alguma dúvida sobre o futuro do jornalismo impresso, basta saber que o conglomerado jornalístico do programa Fantástico deu um "passo atrás" e , para não deixar de lucrar, digo, pechinchar com o consumidor das subnotícias, isto é, das notícias inferiormente comportadas no espaço da revista eletrônica da tevê, lança agora de vez uma revista de publicação impressa trimestral.

Se você quiser saber como ficou, basta acessar ao sítio na internet do periódico
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domingo, 18 de novembro de 2007

Movimentos ambientais no Piauí estão em alta


Exemplo de manifestação em prol da oficialização do parque na Serra Vermelha

A difusão de informações sobre os impactos sofridos pelo ambiente é avassaladora: também pudera - o mundo não suporta mais a agressão ininterrupta pela humanidade. São destruídos ecossistemas inteiros na Terra - desde fontes dos minerais no subsolo, como petróleo, carvão e pedras preciosas até a homeostase atmosférica na camada de ozônio, que provoca a famigerada era do Aquecimento Global (pois até os problemas são globalizados, na contemporaneidade).

Vejamos aí como exemplo de reação muitos jornais, em nosso estado há o Correio Aguapé, a Folha Ambiental e o Grupo da Funáguas, entre outras instituições, trabalhando pela conscientização da massa popular e denúncia aos crimes contra a natureza na nossa região. Outros órgãos, mesmo que estatais, - como IBAMA, EMBRAPA e IMEPI - já têm aderido às mobilizações, por diversas vezes auxiliando com seus laudos, relatórios e pesquisas para o fomento da discussão e das ações em si.

Só o governo é que não se toca. É forçoso alertá-lo, cobrá-lo, exigi-lo nesse ponto tão chocante que é a preservação da vida em geral no planeta. Vejamos um exemplo de atitude que considero válida e proveitosa para se espelharem as OSCIPS e ONGS e voluntários na causa da preservação natural:


OAB ajuíza ação contra a União e Lula para salvar rio Parnaíba

Brasília, 30/10/2007 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou ação civil pública ambiental na Justiça Federal para que o governo federal repasse imediatamente os recursos financeiros destinados à implantação do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e que garanta a adoção de todas as medidas necessárias à efetiva criação, demarcação e fiscalização do Parque - que foi oficialmente instituído em 16 de julho de 2002, mas nunca saiu do papel ou teve verbas liberadas. A ação foi ajuizada contra a União Federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes, tendo como litisconsorte passivo o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Assinam a ação juntamente com o Conselho Federal da OAB as Seccionais da entidade no Piauí, Tocantins, Maranhão e Bahia, Estados banhados pelo Parnaíba.

Na ação, a OAB relata a detecção de graves problemas envolvendo o Parnaíba a partir de recente expedição feita às nascentes do rio, tais como sérias agressões à Bahia Hidrográfica, ameaçando sua perenidade; queimadas para renovação de pasto; possibilidade de definhamento das águas do rio face à degradação de suas margens; pecuária extensiva e intervenção humana ilegal, problemas estes que seriam contornados a partir da criação efetiva do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. O referido parque foi instituído por decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso em 2002, mas “até a presente data não passa de uma promessa de papel, jamais tendo sido implementado na prática”.

A OAB acresceu à ação ofícios do Ibama, um deles oriundo da Diretoria de Administração e Finanças e outro recebido pelo gerente do órgão no Piauí, que informam o total de recursos destinados ao Estado para aplicação específica no Parque Nacional. Os valores ultrapassam os R$ 3 milhões – sendo mais de 1,6 milhão destinado à regularização fundiária, avaliação e demarcação da área e R$ 890,5 mil para a contratação de postos de serviços para a proteção do Parque – e demonstram a existência de recursos já destinados à criação do Parque, mas que, no entanto, não são liberados pelo governo federal. A OAB anexou também relatórios do Ibama que denunciam a existência de danos à sobrevivência da fauna e flora das nascentes do Parnaíba.

Na ação, a entidade da advocacia sustenta, ainda, a necessidade premente de revitalização da Bahia Hidrográfica do rio e requer medidas visando à paralisação urgente do uso predatório das margens do rio. “Urge a adoção de medidas necessárias e urgentes para impedir a utilização do rio como depósito de esgoto e de lixo dos centros urbanos”, afirma a OAB na ação assinada por seu presidente nacional, Cezar Britto, e pelos presidentes das Seccionais da entidade que também figuram como autoras.

Em síntese, a OAB requer, que seja concedida liminarmente a obrigação de repasse aos órgãos estaduais, sob pena de multa, dos recursos já disponíveis para a implantação do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e que sejam adotadas as providências relativas à efetiva criação do Parque. Tais providências, ainda conforme a OAB, devem incluir medidas de demarcação e fiscalização da área, bem como formas de impedir a ocorrência de novos atos atentatórios ao meio ambiente.

A área total do futuro Parque Nacional é de 729,8 mil hectares, hoje guardada por apenas dois funcionários do Ibama. De suas nascentes até a foz, o Parnaíba tem 1.450 quilômetros de extensão. Nasce e desemboca no próprio nordeste e, por essa razão, é considerado o maior rio genuinamente nordestino (uma vez que o São Francisco banha Estados fora da região nordeste). A decisão de ingressar com ação na Justiça em favor do Parque foi tomada à unanimidade pelo Conselho Federal da OAB em sua última sessão, no dia 09 último, quando a matéria foi apresentada ao plenário pelo presidente da OAB-PI, Norberto Campelo, e pelo conselheiro federal da entidade pelo Estado, Marcus Vinícius Furtado Coelho.

[...]

Fonte: http://www.oab.org.br/noticia.asp?id=11602


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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Proclamação hein...De que República?


Um bando de militares encrenqueiros na artilharia e retaguardados civis entre agropecuaristas, comerciários e industriais. É isso que vocês compreendem por Proclamação da República? Não é o que dizem o dicionário e a cultura jurídica: proclamação tem por matéria a eleição e aclamação pública de um fato para com a efetivação dum sistema ou organismo governativo, ou seja, tem de obter o aval do povo, pueblo, populorum, et all. e não de uma fatia minúscula de comandantes, caudilhos, "coronéis", agiotas e empresários especuladores do finado séc.XIX; eles é que mudaram a rota política do país por interesses mais privados que públicos - pois a ala radical não teve o apoio nem a capacidade de mudar o rumo da carruagem, da embarcação, da nave, ou do que quer que associem à nação tupiniquinhamente apelidada Império do Brasil. Analisemos fria e detidamente: a exploração das classes média e da arraia miúda, ela acabou? E a hierarquia e/ou a vocação "hereditária" se alteraram? O governo é da Coisa Pública ou sobre o Poder Público? O Estado é verificadamente soberano e os governos, atos e interesses sociais autônomos e harmoniosos entre as instâncias de Estados Federados? Conversa! Isso nunca aconteceu, nem mesmo hoje, nem amanhã de manhã ou logo depois, car@s "concidadãos"!

Do Brasil, então, mermõezinhos(as) é que não fora proclamada repulicanidade alguma, haja vista toda aquela adrenalina positivista militar e farra capitalista civil fazendeira, mercantilista e maquinariológica ser a que motivara tais ensejos. O país não teve escolha, foi um golpe, como tantos e tamanhos sempre estivemos sofrendo, quedando inertes, impossivelmente desfazíveis estas parafernálias gestoras [o séc.XX está aí repleto de argumentos a embasar o que afirmo].
Recalcitrantes e ruidolorosos me ressoam estes rabiscos retóricos, contudo é firme e formal formular fanfarrices em fúlgidos fatos, é ou não é?
Não, para mim, nunca e jamais, - jamais! Platão é que se vire pra explicar a vós, porque meu Maquiavel não dorme na prateleira faz dias. Os Justus que me perdoem mas Silvio Santos é fundamental. Plim-plim's de lado ficados, hoje é dia de reflexões, determinantemente. E todo dia que vier.
Chega de ficar submerso à esfinge midiática, aos preconceituosos conceitos anti-históricos apregoados por instituições de segunda[como a escola fundamental], de terceira[como o colégio médio], de quarta[como as "superiores" faculdades e universidades, até elas sim, caríssim@s], etc. Basta de fingir e simular ordem, respeito, progresso e ética num mosaico panorama cercado de mazelas, mentiras, incoerências e imperfeições.

E não tolero essa colocação de que - <>. Ah, me preservem de tais boçalidades! A história são apenas histórias de quem nem sequer participou em grande parte das vezes, de quem ouviu falar, ou viu acontecer por ouvidos e olhos alheios, através de relatos, pinturas, fotos, documentos...Tudo isso é pilhéria! Quem faz a história é só quem ousa abrir o gogó e externar o substantivo! Nada mais ou menos.
A História, com esse H aí, é a real, a oficial, a verdadeira - esta possível apenas para quem a vivera e presenciara, e ninguém mais saberá além desse sujeito construidor. Agora histórias com h são muitíssimas, há pra todos os tipos e ideologias, na banca ou livraria mais próxima.
Infelizmente nossa imprensa não dá brecha aos briosos e honestos, apenas os covardes e charlatões têm pedaço celulósico assegurado nas páginas, têm som avolumado nas ondas amplificadas e frequenciadas, têm espectro visionado nas telas e púlpito reservado nas coletivas.
Me desestimula viver sob tais subserviências. E por isto não comemoro hoje como os outros, senão por outra forma: a de delator, a de dedo-duro, a de cabueta da rede, do sistema. Me recuso peremptória e definitivamente a segurar a barra da saia das madames e aparar o sub-zíper dos cavalheiros, esses eternos burgueses, esses repulsivos e retrógrados estúpidos vendidos de quaisquer eras.
Mas páro por aqui, que a matéria não merece algo mais, senão uma citação, quando da libertação para o Velho: nesse momento, o povo do Brasil fala pela boca de Luís Carlos Prestes [e por extensão de Leonel Brizola, personagem conveniente também]:
tivemos a oportunidade e a perdemos! Entregamos de bandeja para eles: viram a porta aberta, entraram; havia mais duas portas, empurraram, ninguém fez nada, entraram e ficaram.
As portas, a que eles fazem referência, são o governo, a sua cabeça e a sua vida.
É o meu pequenino comentário sobre esta República de Farsantes do Brazil.

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domingo, 11 de novembro de 2007

Entre blogues...


Hoje fizemos uma reunião "informal" entre os colegas do projeto
e dedicamos alguns momentos de nosso repouso dominical a comemorar dois meses de postagens na Central de Blogues Piauienses, uma iniciativa de estudantes, estagiários, amigos comunicadores e publicitários em prol da liberdade de imprensa eletrônica.


Sem mais pieguice ou asneiras, quero apenas registrar que o momento mais precioso para mim é encontrar uma pauta durante a semana apta a enfeitar os domingos daquele nosso entusiasmado notidiário. Uma chuva de salves e um raiar de vivas pr@s envolvidos nessa:

João Paulo-The Mesopotown

Carlos Rocha - Na semana

Elói Freire - Caixa do Elói

Patrícia Klein - Qual é a cor

Emanuel Alcântara - Resumo em Versos

Tânia Lemos - Tania Samara [vida-colorida-alegria]

Fernanda Dino - Algumas Leituras


Novidades no trecho, para as próximas paradas do busú:

podcast.....


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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Clique na imagem para ver o cartaz ampliado

I Mostra de Cinema Marginal

Acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, no Teatro João Paulo II, a I Mostra de Cinema Marginal: Táticas Visuais nos Anos de Chumbo, realizada pelo GT "História, Cultura e Subjetividade" da Universidade Federal do Piauí.

A Mostra é resultado de uma articulação entre pesquisadores acadêmicos e artistas e agitadores culturais, configurando uma renovada e promissora estratégia de extensão universitária. Durante o evento serão exibidos filmes como A Meia Noite Levarei Sua Alma, de Zé do Caixão, e Câncer, do cineasta Glauber Rocha.

Propondo ser um canal de diálogo, através do qual cada filme exibido será discutido por debatedores que refletirão sobre as condições históricas de sua feitura, as conformações estéticas de seu discurso e enquadramento possível do filme na história áudio-visual brasileira, a Mostra permitirá que os resultados de pesquisa acadêmica em desenvolvimento sejam tornados públicos e socializados com o máximo de pessoas.

O GT "História, Cultura e Subjetividade", liderado pelo Prof. Dr. Edwar de Alencar Castelo Branco, reúne professores e alunos de graduação e de pós-graduação em Ciências Humanas da UFPI e seu principal interesse é promover estudos que favoreçam uma articulação entre História, subjetividade, cultura, literatura e arte.

Fonte: http://www.ufpi.br/evento.php?id=494


ESTA MOSTRA É ORGANIZADA PELO PROF. EDWAR CASTELO BRANCO (QUE INCLUSIVE JÁ TEM LIVROS PUBLICADOS SOBRE TORQUATO NETO, ATUA NA LINHA DE PESQUISA SOBRE MOVIMENTOS CULTURAIS NO PIAUÍ ETC.) E PELO PESQUISADOR ARISTIDES OLIVEIRA FILHO DO GRUPO DE TRABALHO "HISTÓRIA CULTURA E SUBJETIVIDADE" DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UFPI.

CONTATOS: PROF.EDWAR 99213942/ARISTIDES 88238424.


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domingo, 4 de novembro de 2007

Crônica a la Vinícius : Dia da Re-Invenção

28/10/2007 ~ 29/10/2007

Hoje é domingo, amanhã é segunda: recomeça a feira hebdomadária útil para as pessoas do mundo civilizado [em horário comercial?]
Hoje... é domingo, amanhã... é segunda; todas as missas, passeios, clubes e folgas.
Hoje é... domingo, amanhã é... segunda: todas as famílias estão reunidas talvez...

Há a perspectiva do negócio, porque hoje é domingo!
Há uns ficantes que se desvirginam, porque hoje é domingo!
Há um programa de fim de ressaca, porque hoje é domingo!
Há uma faxina na despensa, porque hoje é domingo!
Há um pileque pelas praças e calçadas, porque hoje é domingo!
shopping centers de plantão, porque hoje é domingo!
Há uma soneca na varanda em uma rede, porque hoje é domingo!
Há mais bichos e pés-de-árvore; porque hoje é domingo!
Cinema, Música e Dança, porque hoje é domingo!
Há preguiça de abrir o livro, porque hoje é domingo!
Há uma viagem improvisada, porque hoje é domingo!
Há expectativa da reprise na tevê e no rádio, porque hoje é domingo!
Há cortesia até na rua, porque hoje é domingo!
Há uma turma de estranhos na escada, porque hoje é domingo!
Há uma lésbica e um gay que se auto-declaram, porque hoje é domingo!
Há um Homem que ressuscita, porque hoje é domingo!
Há uma luz a mais na cara, porque hoje é domingo!
Há um prelúdio de semana,...porque hoje...
é domingo!
(Já, quase, segunda)

{X Há um papel que não se [ar]risca, porque era domingo!X}

"Apenas o jornalista é que trabalha, esse coitado e desentendido."

João Paulo
S. M.


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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Artes a natos!

No mei(o) do Mercado Central!
Tu hás de ovo e cuscuz comer!
Um caipira pela galinha;
outro agridoce pelo arroz e milho.

Panelada, hei;
mão-de-vaca, hein;
Sarapatel, vem, buchada, vai
e assado de panela forraê!

(...)

Nos estômagos famintos, nos rostos sebosos do suor da tensa noite, rompida pelo sol frio da madrugada aperreante. Pessoas sozinhas, muitos trabalhadores e vadios em estranha comunhão: tlac e tlin-tlin, de unhas, colheres, garfos e facas afobados: temos poucos instantes até amanhã se assuntar infame e subjugadora da vida desses Zeca e Mazé povinhos, desse povo crente no amanhã.

(...)

Demora, para'inda, que vou pagar dona 'munda e creuza pelo serviço gostoso no cardápio ligeiro [cada uma à sua natureza] pro forra bucho e peito dos humildes mais que humildes de Teresina - Dezinho, só falta você pintar e talhar por lá, nem que seja por acaso...

J0t4Pe^

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domingo, 28 de outubro de 2007

Código de Ética Jornalística (versão 2007)

Novo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros

aprovado em agosto de 2007 e divulgado em 17/09/2007

Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros

Capítulo I - Do direito à informação

Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu o direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.

Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:
I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica - se pública, estatal ou privada - e da linha política de seus proprietários e/ou diretores.
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão;
IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, é uma obrigação social.
V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante.

Capítulo II - Da conduta profissional do jornalista

Art. 3º O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de Ética.
Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação.
Art. 5º É direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte.
Art. 6º É dever do jornalista:
I - opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II - divulgar os fatos e as informações de interesse público;
III - lutar pela liberdade de pensamento e de expressão;
IV - defender o livre exercício da profissão;
V - valorizar, honrar e dignificar a profissão;
VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha;
VII - combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação;
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
IX - respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas;
X - defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito;
XI - defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias;
XII - respeitar as entidades representativas e democráticas da categoria;
XIII - denunciar as práticas de assédio moral no trabalho às autoridades e, quando for o caso, à comissão de ética competente;
XIV - combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza.
Art. 7º O jornalista não pode:
I - aceitar ou oferecer trabalho remunerado em desacordo com o piso salarial, a carga horária legal ou tabela fixada por sua entidade de classe, nem contribuir ativa ou passivamente para a precarização das condições de trabalho;
II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação;
III - impedir a manifestação de opiniões divergentes ou o livre debate de idéias;
IV - expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação, mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais;
V - usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;
VI - realizar cobertura jornalística para o meio de comunicação em que trabalha sobre organizações públicas, privadas ou não-governamentais, da qual seja assessor, empregado, prestador de serviço ou proprietário, nem utilizar o referido veículo para defender os interesses dessas instituições ou de autoridades a elas relacionadas;
VII - permitir o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas;
VIII - assumir a responsabilidade por publicações, imagens e textos de cuja produção não tenha participado;
IX - valer-se da condição de jornalista para obter vantagens pessoais.

Capítulo III - Da responsabilidade profissional do jornalista

Art. 8º O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.
Art 9º A presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística.
Art. 10. A opinião manifestada em meios de informação deve ser exercida com responsabilidade.
Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações:
I - visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica;
II - de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes;
III - obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração;
Art. 12. O jornalista deve:
I - ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e instituições envolvidas em uma cobertura jornalística, principalmente aquelas que são objeto de acusações não suficientemente demonstradas ou verificadas;
II - buscar provas que fundamentem as informações de interesse público;
III - tratar com respeito todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar;
IV - informar claramente à sociedade quando suas matérias tiverem caráter publicitário ou decorrerem de patrocínios ou promoções;
V - rejeitar alterações nas imagens captadas que deturpem a realidade, sempre informando ao público o eventual uso de recursos de fotomontagem, edição de imagem, reconstituição de áudio ou quaisquer outras manipulações;
VI - promover a retificação das informações que se revelem falsas ou inexatas e defender o direito de resposta às pessoas ou organizações envolvidas ou mencionadas em matérias de sua autoria ou por cuja publicação foi o responsável;
VII - defender a soberania nacional em seus aspectos político, econômico, social e cultural;
VIII - preservar a língua e a cultura do Brasil, respeitando a diversidade e as identidades culturais;
IX - manter relações de respeito e solidariedade no ambiente de trabalho;
X - prestar solidariedade aos colegas que sofrem perseguição ou agressão em conseqüência de sua atividade profissional.

Capítulo IV - Das relações profissionais

Art. 13. A cláusula de consciência é um direito do jornalista, podendo o profissional se recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo com os princípios deste Código de Ética ou que agridam as suas convicções.
Parágrafo único. Esta disposição não pode ser usada como argumento, motivo ou desculpa para que o jornalista deixe de ouvir pessoas com opiniões divergentes das suas.
Art. 14. O jornalista não deve:
I - acumular funções jornalísticas ou obrigar outro profissional a fazê-lo, quando isso implicar substituição ou supressão de cargos na mesma empresa. Quando, por razões justificadas, vier a exercer mais de uma função na mesma empresa, o jornalista deve receber a remuneração correspondente ao trabalho extra;
II - ameaçar, intimidar ou praticar assédio moral e/ou sexual contra outro profissional, devendo denunciar tais práticas à comissão de ética competente;
III - criar empecilho à legítima e democrática organização da categoria.

Capítulo V - Da aplicação do Código de Ética e disposições finais

Art. 15. As transgressões ao presente Código de Ética serão apuradas, apreciadas e julgadas pelas comissões de ética dos sindicatos e, em segunda instância, pela Comissão Nacional de Ética.
§ 1º As referidas comissões serão constituídas por cinco membros.
§ 2º As comissões de ética são órgãos independentes, eleitas por voto direto, secreto e universal dos jornalistas. Serão escolhidas junto com as direções dos sindicatos e da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), respectivamente. Terão mandatos coincidentes, porém serão votadas em processo separado e não possuirão vínculo com os cargos daquelas diretorias.
§ 3º A Comissão Nacional de Ética será responsável pela elaboração de seu regimento interno e, ouvidos os sindicatos, do regimento interno das comissões de ética dos sindicatos.
Art. 16. Compete à Comissão Nacional de Ética:
I - julgar, em segunda e última instância, os recursos contra decisões de competência das comissões de ética dos sindicatos;
II - tomar iniciativa referente a questões de âmbito nacional que firam a ética jornalística;
III - fazer denúncias públicas sobre casos de desrespeito aos princípios deste Código;
IV - receber representação de competência da primeira instância quando ali houver incompatibilidade ou impedimento legal e em casos especiais definidos no Regimento Interno;
V - processar e julgar, originariamente, denúncias de transgressão ao Código de Ética cometidas por jornalistas integrantes da diretoria e do Conselho Fiscal da FENAJ, da Comissão Nacional de Ética e das comissões de ética dos sindicatos;
VI - recomendar à diretoria da FENAJ o encaminhamento ao Ministério Público dos casos em que a violação ao Código de Ética também possa configurar crime, contravenção ou dano à categoria ou à coletividade.
Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Código de Ética estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, suspensão e exclusão do quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação.
Parágrafo único - Os não-filiados aos sindicatos de jornalistas estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, impedimento temporário e impedimento definitivo de ingresso no quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação.
Art. 18. O exercício da representação de modo abusivo, temerário, de má-fé, com notória intenção de prejudicar o representado, sujeita o autor à advertência pública e às punições previstas neste Código, sem prejuízo da remessa do caso ao Ministério Público.
Art. 19. Qualquer modificação neste Código só poderá ser feita em congresso nacional de jornalistas mediante proposta subscrita por, no mínimo, dez delegações representantes de sindicatos de jornalistas

Fonte: Fenaj

Disponível em: http://www.almanaquedacomunicacao.com.br/blog/?page_id=201


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Classificação da programação: a Censurada da/na TV

Portaria prevê novas regras para classificação de programas de TV

As emissoras de televisão deverão seguir um novo sistema de classificação de conteúdo. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira. Antes, o conteúdo era avaliado pelo Ministério da Justiça, com a portaria, fica sob responsabilidade da própria emissora avaliar o que será veiculado. Agora, as informações sobre classificação e teor deverão ser informadas de forma mais clara e visível. Entre 8 da manhã e 8 da noite só poderá ser exibido conteúdo classificado livre, sem cenas de sexo e violência. Caso seja constatada alguma irregularidade, a emissora deverá responder ao Ministério Público sobre o conteúdo. Neste caso, o programa poderá ter o horário revisto ou até mesmo ser retirado do ar. Segundo o diretor de Justiça e Classificação, José Eduardo Romão, a decisão final do que as crianças devem assistir é dos pais, mas a responsabilidade é de todos.

Os pais devem ter mecanismos para escolher. E quando não puderem escolher, aí sim haverá uma vinculação que trata a portaria, entre faixa etária e faixa horária, ou seja, programa considerado inadequado para menores de 12 anos só poderá ser exibido depois das 20 quando então se presume que o pai ou algum responsável esteja ao lado das crianças para selecionar.

A Ordem dos Advogados do Brasil, não concorda com a portaria. Segundo o conselheiro da OAB, Gilmar Alves Moreno, cabe ao Legislativo elaborar políticas que regulem o setor. Ele classifica a iniciativa do Ministério da Justiça como autoritária, ao impor regras de controle de conteúdo.

É o Congresso Nacional que vai criar o Conselho de Comunicação Social. Então toda e qualquer portaria que vai regular essa questão tem que nascer dentro do Congresso Nacional. O Executivo não tem poderes pra fazer esse tipo de limitação, esse tipo de fiscalização que redunda, na prática em um processo de censura velada.

A portaria entra em vigor em 90 dias.

De Brasília, Adolfo Brito.

(Obs.: Esse texto aí acima foi extraído de excerto publicado no início deste 2º semestre de 2007 na internet, portanto, já está a valer com vigor legal)

Comentário: Antes a censura era - em específico - contra propagação política descontrolada e aversiva ao sistema da "Revolução" Milico-Militar então no governo; agora, ela está necessária para conter os abusos do conteúdo impropício por horário e faixa etária. Vocês concorda ou discorda? Assista e perceba, para expressar algum juízo de valor.


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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Roteiro ou scrípite amorfo e com mofo



Depois de tanto tempo com coisas engavetadas, aliás escrivaninhadas, eis que me deparo com tal texto por meu punho derramado sobre uma folha de papel A4 bem amassadinha:

Roteiro de Documentário:

“Universitando Transversores”

Seria esse teste de criação estética e lingüística; abordando cenas e traços visuais e sonoros do ambiente universitário em seus mais amplos e imagináveis apreendimentos lógicos ou até ideológicos; captar e opinar (com a narração, a descrição e até dissertação sobre o discurso percorrido pelo lance, movimentação de foco, enredo pensável pelo espectador inserido no meio acadêmico) cada enquadramento, as tomadas nos espaços, os grupos estudantis em cada um dos setores dali do campus e a maneira, de como se afirmam os valores exercitados pelo público universitário, contemplando crenças, mobilidades de comportamento, transposição ritual de “amores” do meio ou da estação.

A ordem dos fatos pode ser aleatória; mas a evolução, a cadência dos patamares relatados do cotidiano nos momentos de cada personagem ou pela conjugação de elementos conjunturais deve ser interconectada. Mais ou menos: um casal de namorados passeando pelos corredores, o panfletamento de um grupo de mobilização político-cultural numa convenção estudantil, o gesto de um locuspace e de um cronotime coletivo miscelânico, etc. Congruir esses objetos numa temática maior: apreciação documental dum diário para uma posterior teorização desse instante na vida comunidentitária. (...)

Pra cobrir esse realismo-simbiótico (aluno-ser social comum) coletar depoimentos sobre: “o que é para você isso aqui – a universidade? Por quê?”; em seguida, projetar entre as gravações de cada intervalo duma cena para outra uma frase de efeito dita por um intelectual ou pensador da comunicação e atrelada ao significado das entrevistas (inclusive com locução por um dos participantes da gravação, uma exposição-encenada e proposital, óbvio – de um gestual mímico de outro dos participantes na operação de registrar o flash) uma série de intervenções didáticas e lúdicas para mesclar e facilitar o enleamento das projeções.

O entendimento desse documentário vai depender mesmo é da quantidade de recursos humanos dessemelhantes, originais em sua existência abstrata e sua vivência concreta da experimentação no campo do saber ao qual se dedica e o molde capturado para observação em filmagem.

Construir o texto de narrativa e as linguagens pantomiméticas, sobretudo os estados de espírito-corpo, após realizadas todas as gravações externas, sem interferir, portanto, logo de imediato na peça, caricaturizando bem depois, mediante interpretação prévia dos dados e fichas de acompanhamento para os takes.

João Paulo Santos Mourão

(07/07/2006)

Aí eu penso: será que eu fui feliz e bem arrazoado ao deixar um pouco os livros de lado acolá e, ao mesmo lapso, perder o gosto pelas firviadas do Movimento Estudantil de Comunicação, ingressando em veículos de mídia e publicidade?! Não sei ainda a resposta, pois ainda não deu pra pensar sobre justamente porque estou no processo de realização disto. Mas espero que alguma dentre várias absurdas ou pífias idéias minhas vinguem, sejam proveitosas de alguma forma para a coletividade. Se não, que ao menos o episódio sirva de ensinamento ao meu destinado feitio.
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sábado, 20 de outubro de 2007

Da reputação ante o caráter



As condutas e hábitos do ser humano, esses são os axiomas determinados para aferir o grau de sociabilidade, cortesia e urbanismo de uma civilização em sua época.

A reputação, lexicograficamente tem que ver com a fama, o conceito, o nome (ou renome), a celebridade, em suma. Siginifica, por essas acepções, a imagem pela qual um ser ou ente é representado para uma pessoa, um grupo ou uma dada sociedade. Envolve, nestes termos, um valor sócio-simbólico considerável e variante pelos usos e costumes entronizados nas estruturas institucionalizadas como "aprovável" ou "reprovável".

O caráter, vocabularmente entendido por um tipo, traço, sinal característico, marca distintiva, índole, firmeza voluntária de atitudes, qualidade inerente a um ser, grupo ou povo. Abrange, em tais circunstâncias elencadas, um comportamento psíquico-moralístico peculiar e arrazoado nos moldes concebidos por parâmetros de "certo" e "errado".

Ou seja, não há porquanto e porquê em confusão perante os temas; um - a reputação - é do âmbito cotado pela opinião e abalisamento extrínseco, de outrem para contigo; outro - o caráter - é da consentaneidade medida pela ética e foro íntimo.

Não resta, sobretudo, dúvida alguma [ao menos para mim em minha reflexão filosófica leiga] que o dom nominado caráter prevalece em termos práticos e tem superior validade ao ponderar-se diante da reputação: pois o julgamento pessoal e individual de si para consigo mesmo por parâmetros socialmente incrustados no subconsciente do ser são menos falhos ou modeláveis que o imprimido pelo conjuntural e plural de outros para conosco.

Trocando em miúdos, grosso modo: mais vale o caráter que a reputação na medida do comportamento humano.

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domingo, 14 de outubro de 2007

Um artista brasileiro: Paulo Autran



"O ator não tem direito ao próprio corpo nem à própria cara."

Isso é o que Paulo Autran diz na página 255 do livro Sem Comentários (Cosac Naify, 272 págs.), segundo está numa página de internet. Mas, isso não importa. Importante é identificar a frase do ator entre quem pode ver e quem não pôde - ainda - sua atuação na dimensão do ato cênico: é um transformar-se solene, não por prazer a si, mas por amor aos outros pela arte. Este sim, o maior ensinamento dele: fazer arte para salvar a vida dos outros, para todos, e não para apenas si mesmo, pela vanglória ou fama.

Peço que quem não conhece, procure conhecê-lo, revê-lo, nos filmes ou livros, em fotos. Ele fala sem palavras, sua vida é um grande gesto teatral, uma grande cena cinematográfica, a nos refazer o sentido e os sentimentos, para mais além, para adiante, infinitamente sóbrio, seguro e sensato: eis Paulo, o Autran!


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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

ECA chega aos 17 anos em HQ's

Hoje é comemorado - ao lado do Dia de Nossa Senhora Aparecida, santa padroeira do Brasil, - o Dia das crianças, as quais são "pessoas de 0 a 14 anos" numa abordagem meramente cronométrica e lógica do ordenamento civil, bastante simplista inclusive mas que na ausência de melhor parâmetro, serve. Prefiro pensar em criança como "ser humano ainda não adulto, em fase de dependência familiar e ainda não realizador de pensamentos/atos pervertidos de espontânea idéia." Aí vocês entendam o que quiserem pelo vocábulo pervertidos...

Há nem muito tempo atrás, quando eu também era uma criança, os comportamentos eram tão diversos desses que acontecem na época atual: brincava-se em grupo, valorizava-se o passeio, a escola recreava-alfabetizava, pais e mães educavam e tinham lazer de verdade com seus filhos! Mas agora, até mesmo por causa dessa era virtual sem limites, crianças têm sua infância abreviada, o crescimento acelerado e desenvolvimento mental precoce! E as relações sociais modificaram-se drasticamente. Crianças abortadas, recém-nascidos abandonadas, outras alvos de atentados violentos ao pudor, exploração de trabalho e abuso sexual...São tantos crimes, minha Nossa Senhora!

Mas, ainda há aquela esperança, se ela for decorrente de ações afirmativas e efetivas da sociedade, em todos os seus setores. E isto é importante dizer, pois não é culpa só do governo, só das Instituições como Escolas e Colégios, Igrejas, Clubes, só dos familiares ou quaisquer outras elencagens que se apontem. O erro é geral, da forma comportamental dessa nossa sociedade mesmo: utilitarista, cética e absorta na acumulação de bens sem pensar no Bem-Estar, o maior dos tesouros que uma nação pode construir para vir a ser equilibrada em valores humanos, de maneira holística.


Cartilha de Direitos da Criança e Adolescente

Este é um projeto inovador que visa popularizar, isto é, levar ao domínio do conhecimento público [assim como fora feito com o Direito do Consumidor] o que se refere a legislação do Estatuto da Criança e Adolescente além de estimular o senso crítico, reivindicatório em tod@s perante esse assunto.
Clique e confira detalhes no site da Associação dos Magistrados Brasileiros:
www.amb.com.br/mudeumdestino

Vamos, car@s amig@s, fazer nossa parte e - além disso - propagar estas idéias para outras pessoas, quem sabe uma criança - ela tem a mente mais aberta e perceptiva para as verdadeiras noções de felicidade e justiça, vida adiante. Senão, a cantiga de roda estava com a razão: o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou...
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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Estar estando e ir indo

Pra quem não gosta do subjuntivo condicionador das mais simples atitudes, eis uma ótima notícia; pra quem não acredita em estórias e canetadas/carimbaços da governança, mais uma lei exdrúxula.

Governador demite o "gerúndio" por decreto
02/10/2007 08h20


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tomou uma decisão que chamou a atenção de quem leu a edição de hoje do "Diário Oficial" do distrito: demitiu o "gerúndio" de todos os órgãos do governo. O decreto com a nova medida também proíbe o uso do gerúndio por desculpa de "ineficiência".

O governador está fora de Brasília e não pôde comentar a nova medida.

O gerúndio é um tempo verbal formado pelo sufixo "ndo" que indica continuidade de uma ação. O uso do gerúndio se tornou comum e demonstra imprecisão de uma atitude como, por exemplo, "vou estar verificando" em vez de "vou verificar".

Leia a íntegra do decreto:

"Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007.

Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.

O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo
100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.

119º da República e 48º de Brasília
JOSÉ ROBERTO ARRUDA"

Fonte: Folha Online

http://www.acessepiaui.com.br/geral2.php?id=79330
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