Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Tristhes Tzarismos Dada�stas
Fidel & Lula: o que você pensa Chê?

Se Fidel Castro é o comandante-ditador do sistema socialista cubano e a ilha está cercada, Havana é uma cidade isolada e seu povo vive em cativeiro permanente...e isso não é culpa só desse velho soldado, pois ele perdera o seu co-vanguardista amigo no momento clímax de chegada da revolução ao poder soberano. E os EUA lhe foram terrívelmente cruéis: embargos, ataques, censuras, inumeráveis crimes político-sociais, pra nem citar os econômico-culturais.
Se Lula é [leia-se está] o presidente-chefe de Estado e Nação do sistema proletário social-democrático brasileiro e o país está expandindo no panorama global, Brasília está uma capital socializada para todos os negócios e sua população sobrevive num campo de desamores...isso não é dolo somente e só desse sênior militante, pois ele entendera o ganho com a batida em retirada de seus braços direito (Palocci) e esquerdo(Dirceu) no meio do picadeiro politicalhista brazileiro no ápice da evolução pacífica da esquerda contemporânea nativa. E os EUA lhe foram muy ini-amigos neste ínterim circunstantivo: porque de um modo lhe proporcionaram a programação em proposituras de argumentos para convencimento do eleitorado pela via da mudança vermelha e branca - vide reiterado abandeiramento petista contra ALCA, FMI, Neo-Imperialismo-Liberalismo norte americano; por outro modo, entretanto, lhe tolheram o fôlego ao promover ações conjuntas e inexplicavelmente amistosas com a superpotência odiada por 11 em cada 10 brazucas (conte-se aqui d'aquele filho que vai continuar pagar a dívida externa quando seus pais morrem, deixando essa herança...).
Mas afinal, meu bom e sábio e martirizado Chê: qual será o nosso destino nas próximas eleições ou golpes de Estado organizados? Há esperança, então qualé?! Me ensine e a nossos semelhantes, porque eles estão todos apreensivos, ansiosos, temerosos, indecisos...
Mas você continua a ser meu colega nas insônias, numa das prateleiras do quarto, porque na cabeceira da cama o Novo Testamento já está com espaço reservado faz tempo. Você sab

João Paulo Santos Mourão
05/05/2006
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quinta-feira, 4 de maio de 2006

Tristhes Tzarismos Dada�stas
Memórias de minhas prestitutas alegres

Que me perdoem as empregadas domésticas, as garotas dadas da rua e do colégio, as bonecas infláveis de ego e os disk-rádio-tele-web sexworkshops.
Que me perdoe Gabriel García Marquez, na sua inteireza de estudos de caso e descaso.
Mas as minhas putas, elas eram felicíssimas.
Isso porque delas não se poderia esperar o mero sexo, o trivial fornicar, a obscena procedência e proceder.
Não! Nunca! Nentrementes!
As minhas colegas de sonhorgias, eram outra coisa...:
Elas faziam o mundo mais feliz, mais animado, mais interessante.
E seus movimentos não eram de corpo. Eram de alma.
Elas não se despiam e se vendiam ou davam.
Elas ofereciam amor sincero, franco, leal, honesto, puro.
E além do mais, elas não eram como essa gente idiota.
Conversávamos sobre tudo: sociologia, comunicação, direito; filosofia, literatura, pintura. Sobre o passado refeito e o presente em fazimento. Até sobre o futuro, nós conversávamos
Não eram imbecis nem safadas nem mundanas.
Mas elas sabiam de tudo isto; e ainda assim preferiam ser alternativas.
E não tinham medo de ser boas, sábias, amigas. Apenas boas amigas.
O nosso convívio era sério, seguro, correto.
Não havia mulheres de perversidão. Só havia ali mulheres beneméritas.
E éramos felizes,... até que acordei. Eu sim, triste. Mais um dia.
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quarta-feira, 3 de maio de 2006

Tristhes Tzarismos Dada�stas: Poemeto anti-infância

Outra casa

Era uma casa; muito fechada,
com teto, paredes e amurada.
Ninguém podia entrar e sair dela não;
pois nesta casa cerravam sempre o portão.
Ninguém podia estar à frente,
porque na casa nem havia alpendre.
Ninguém podia fazer o asseio,
porque o banheiro toda vez vivia cheio.
Mas era feita com bastante desgosto,
pelo senhor neo-burguês, na Rua dos Sérios.

João Paulo Santos Mourão
03/05/2006
(Perdão Vinícius de Moraes, mas é isso aí mesmo né.. meu velho e querido poetinha)
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