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sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Circuito cultural - salões do Clube dos diários e entornos




Na terça e quarta-feira pretéritas últimas (29 & 30/08) cidadão emergente, curioso em toda a inteireza, o povo aculturável teresinense/piauiense foi ver - além dos quadros e papéis pintados por um pincelador famoso: señor Pablo Picasso, em versão Paixón e Erotismé - duas palestras inusitadas. Digo assim caracterizadas por contarem os espectadores, inclusive este, com um sentimento de confusão inexplicável sobre o desenrolar dos eventos, até o momento de acontecerem mesmo. Depois falo outros causos..Passo agora à transcrição do suplemento anotado, fervorosa e incompletavelmente, nessa empreitada lítero-jornalística.

Cronicamente viável (Discussão do gênero no Brasil)
Zuenir Ventura / Ana Miranda
"Machado de Assis e a crônica do século XIX"

Trabalho de uma vida inteira;
Jornalismo escrito na 1ª pessoa sobre fragmentos narrados e comentados;
"Aversão ou inabilidade para as coisas importantes(...)O escriba das tristes coisas miúdas." atinente a M. de A.;
Conversa com o leitor. Fala consigo mesmo;
"Sejamos de nosso século e da nossa Língua." provindo de M. de A.;
"Os adjetivos passam; os substantivos ficam." óbvio que é M. de A.;
Tratar o mínimo escondido.

Um rol de primeira medida em crônica, em tentativa cronológica de conhecimento:

José de Alencar
Machado de Assis
Eça de Queirós*
Olavo Bilac
Carlos Drummond de Andrade
Manuel Bandeira
Mário Quintana
Clarice Lispector
Cecília Meireles
Rachel de Queiroz
Vinícius de Moraes
Rubem Braga
Paulo Mendes Campos
Fernando Sabino
Nélson Rodrigues
Murilo Rubião
Carlos Heitor Cony
Stanislaw Ponte Preta
Wander Piroli
Millôr Fernandes
Luís Fernando Veríssimo
Zuenir Ventura
Ivan Ângelo
Ana Miranda
Cineas Santos
Graça Targino

*É literato português mas escreveu para jornal brasileiro, logo de aí a presença nessa listinha.

Crônica do século machadiano
X
Crônica do século bilaciano rubembraguiano stanislawniano etceteriano...

Folhetim:
Talento literário
Trato com as palavras
Folhas Soltas: espaço de liberdade e devaneio

Cronistas hodiernos:
o mundo nos mudou muito e com isso a idéia textual
A paisagem alterada
A maneira de olhar permanece e é o momento máximo do cronicar
Colunas Medidas: espaço de cabimento e razoabilidade



Cronicamente viável plus (crônica & jornalismo)
Ivan Ângelo / Nirlando Beirão
"Literatura jornalística é sim, não é é jornalismo literário"

A crônica convive com o jornalismo, mas não é jornal: ela lida com a subjetividade, ele, objetividade. O jornalismo começou com políticos, a crônica, escritores. Ela ocupava o rodapé,.. tapa um vazio - quando entendem, deixam-na ficar. A crônica moderna, de diferença de temas, estilística maiorada, circunstancialidade do cotidiano, ... nada tem que ver com o cronismo antigo.

Alguns pitaquinhos históricos:
| Remodelação do material impresso jornalístico anos 1950-60 -> ->
Renovação e assimilação das conquistas do novo jornalismo americano com as tendências literárias anos 1960-70 -> ->
: : :
Imprensa digitalizada do consumo mercadológico e público segmentário especializado -> -> 1980-90-2000 |

Crônica
¢ emoção
¢ sentimento
¢ liberação
¢ amor

Jornalismo
§ manuais
§ regramentos
§ codicismos
§ hierarquia

{Observação = [Relato etiquetal - aviso de irrelapso redator

É seus meus amizades...o período de ausência meteórica do e-escritor não fora algo pessoal e evitável: aspectos técnicos e ademais de profissionais me impediriam de freqüentar o espaço com a mesma ginga de hábito. Mas, com a devida "responsabilidade" algo perseguida para com o público, de volta ao planejamento, então: letras e rabiscos às máquinas!!!] final}

Créditos do relatório para os quatro expositores
01/09/2006
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