Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Parque da Cidade: uma trilha de ecologia pela cidade verde





Texto: João Paulo Mourão
Fotos: Kadja Ravena

O Parque da Cidade fora inaugurado em 09 de maio de 1982, em terreno de propiedade do ex-prefeito de Teresina João Mendes Olímpio de Melo. O Parque sofreu uma reestruturação em maio de 1993 incorporando funções não somente de lazer, esporte e recreação, mas também educativas para o desenvolvimento de atividades culturais e de educação ambiental.

O parque dispõe de uma área de educação ambiental de 12 hectares. Há uma trilha educativa de quase 2 kilômetros de extensão, dando acesso a várias estações, para proporcionar a todos os visitantes uma melhor observação da natureza (flora, fauna e solo locais) e para o conhecimento da biodiversidade da região, viabilizando conhecimentos acerca da biologia, botânica, geologia, meteorologia, ecologia e educação ambiental.

Além disso, várias campanhas sociais (como de doação de roupas, agasalhos, calçados e colchonetes) são realizadas em parceria junto a comunidades da zona Norte de Teresina, ao Pelotão da Companhia Independente de Polícia Militar Ambiental (CIPAMA), Grupos de Escoteiros e outros colaboradores mais. A propósito, há uma escola de educação ambiental no parque, a "Escola 15 de novembro".

O parque necessita de sua visita e de seu apoio, nossas crianças precisam aprender a preservar e conhecer nossa riqueza ecológica. Faça sua visita!
E as autoridades, principalmente as secretarias de Meio Ambiente Estadual e Municipal: vamos aproveitar e cuidar bem do nosso Parque da Cidade!

Entre os espaços do parque, podemos citar:

Tanque de Compostagem;
Tanque de skate e bicicleta;
Bosque do Rapel;
Relógio de Sol;
Horta Comunitária;
Trilha do Pomar;
Trilha do Lago Seco;
Trilha da Encosta;
Trilha da Escola;
Sede da CIPAMA;
Jardim da Seca;
Ecoreto;
Espaço Cultural-Ecológico;
Cascatão;
Quadras e Campinhos Esportivos

Entre as plantas: ipês (pau-brasil), pau-darco, aroeira, angico, acácia, cedro, jatobá, mangueira, sapucaia, coqueiro, umbuzeiro, etc. ...

Entre os animais: pássaros, borboletas, sagüis, lagartos, formigas, etc. ...

Dicas:

- Ande sempre na trilha, para evitar se perder nos obstáculos naturais;
- Evite situações de riscos e perigo de acidentes por inexperiência ou extravagância sua, procure um guia ou policial ambiental do parque;
- Não tire galhos, cascas, folhas ou frutos dos vegetais pois o interesse das árvores é também seu interesse;
- Não use nada que polua, queime, corte, rasgue ou fure evitando incidentes;
- Jogue o lixo, se houver, na lixeira apropriada ou leve seu próprio coletor de lixo doméstico, evitando assim degradação e inconvenientes desagradáveis;
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

I Feira de adoção animal (APIPA)



Nada como fazer uma ação cidadã por nossos queridos animais!

Sem contar que com este ato, além de salvar uma vida animal, você previne que doenças como hidrofobia, calazar e outras doenças (zoonozes) se proliferem pela nossa Cidade Verde! Participem mesmo gente!
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vigília pelo planeta em Teresina



Convidados e convidadas? Podes levar, à la vontè!
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Luiz Lombardi Neto: o carisma da voz brasileira

" Lombardi era o dono da misteriosa voz que acompanhou o apresentador Silvio Santos por mais de 40 anos. Ele começou sua carreira na década de 60, quando sonhava em ser locutor de futebol, mas acabou indo para a televisão." [Agencia Estado]

" Luiz Lombardi Neto tinha 69 anos morreu enquanto dormia. Formou dupla com seu patrão, Silvio Santos, com quem trabalhou por mais de quatro décadas. " [G1]

" Silvio Santos acabou de chegar ao SBT, há cerca de cinco minutos.
Ele soube da morte de Lombardi a caminho da emissora, pelo sobrinho Leon Abravanel.
Chegou cumprimentando a todos, como de costume, mas com a cara séria e meio abatido.
Silvio tem agendada para hoje a gravação de seu programa especial de Ano Novo.
Ninguém ainda soube informar no SBT se ele vai ou não cancelar a gravação. (2 de dezembro) [R7]

" É com muita tristeza que o SBT comunica o falecimento do grande companheiro de Silvio Santos e da emissora, Luiz Lombardi Neto, aos 69 anos. O fato aconteceu nesta quarta-feira, 2 de dezembro, por volta das 8h, em Santo André, na Grande São Paulo. " [SBT]

Lombardi, o carisma da voz brasileira, deixa muitos bons exemplos para todos(as) os(as) comunicadores do Brasil.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Palácio da Música de THE celebra natal com programação eclética


[foto: Portal CabecadeCuia]


Palácio da Música tem programação especial em dezembro


2/12/2009 12:33:05

Aberto com a proposta de ser um espaço de vivência musical em Teresina, o Palácio da Música, localizado onde antes funcionava o Mercado do Cajueiro, no Centro da cidade, realiza uma programação especial durante todo o mês de dezembro.

O calendário de atividades, aberto no dia 25 de novembro com o Quinteto de Metais de Teresina, segue nesta quarta-feira, dia 2, com a apresentação da Orquestra Nostalgia, a partir das 19h30, na Sala de Concerto Maestro Possidônio Queiroz.

A programação segue no dia 10, com a apresentação do grupo Primas e Bordões, às 19h30, no mesmo espaço. Dia 15, será realizado um concerto de violão solo com Victor Carvalho, às 19h30. No dia 16, acontece uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Teresina e Coro Sinfônico com a participação de Lúcia Alvino e regência do maestro Aurélio Melo.

No dia 17, Aislan Leal realiza concerto no Palácio da Música, também às 19h30. E, para encerrar a programação de dezembro, no dia 23, a Banda Cruviana, comandada pelo músico Wilker Marques recebe convidados na Sala de Concertos Possidônio Queiroz, às 19h30.

Mais informações:
Elizângela Carvalho – assessoria de comunicação – 8801-5184
Luciano Klaus – diretor do Palácio da Música – 9940-3238

Fonte: FCMC

e veja também:

Palácio da Música vai oferecer cursos gratuitos de violão e percussão
26/11/2009 14:26:31

E.C.

A partir de fevereiro de 2010, o Palácio da Música, inaugurado recentemente pela Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, vai oferecer cursos gratuitos de violão e percussão à comunidade.

A decisão partiu após a intensa procura por esse tipo de serviço no Palácio, localizado no antigo Mercado do Cajueiro, Centro de Teresina. “Vamos atender a uma demanda da própria comunidade, que tem nos procurado muito para solicitar a realização desse tipo de atividade”, destaca o coordenador do Palácio, Luciano Klaus.

Inicialmente, serão oferecidos cursos de violão e percussão, mas há a possibilidade de ampliação dessa oferta de acordo com as solicitações que a comunidade apresentar. “O Palácio foi concebido para ser espaço de aperfeiçoamento e apresentações dos grupos já existentes, no entanto, não podemos deixar de atender essa demanda”, afirma o professor Cineas Santos, presidente da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.

As pessoas interessadas em participar dos cursos devem procurar a direção do Palácio da Música, localizado entre as ruas Santa Luzia e 13 de Maio, Centro da cidade, a partir do início de janeiro.

fonte: FCMC
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sábado, 28 de novembro de 2009

Estética e Crítica Midiática: o Éden contemporâneo



A partir do bombardeio de blockbusters, Hollywood, Veneza & Cannes, nossa fruição do que seja belo, bom ou bonito se torna volátil, momentânea. Eis o preço da contemporaneidade e pós-modernidade!
Mas até que eu gosto de imaginar a Angelina Jolie como uma bela e boa Eva!
Mas a malícia, essa é inevitável.
Veja a foto; não é um momento de se gozar e fruir de sentimentos nobres e chulos, santos e pagãos, tudo a um só instante?
Fica a mensagem: art pop leva a múltiplas apreensões, diversos significados de "civilização" a "civilização"; logo o conceito de beleza é variável e condicionado culturalmente! Viva Mc Luhan, viva! E viva Monet! Êeh! E viva Warhol! Salve, salve, salve!
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fátima e Mônica: MPBossa na Green City



Mônica, talvez não poderei ir contemplá-la a voz, nem a ti ó Fátima;
entanto, sabeis vós quão valedouras sois para trinar e assobiar o amor altivo pelas músicas que entoam por esta Chapada do Corisco!
Sucesso!!!
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Torquato 65, dança interventiva


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domingo, 22 de novembro de 2009

Besta é tu! (MPB 70')

"Besta é Tu" é uma das mais famosas músicas dos Novos Baianos, que faz parte do disco Acabou Chorare, de 1972, eleito pela revista Rolling Stone (Brasil) como o melhor disco brasileiro de todos os tempos.

Música: Besta é Tu
Banda: Novos Baianos
Composição: Galvão / Pepeu Gomes / Moraes Moreira

Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Se não há outro mundo...

Porque não viver?
Não viver esse mundo
Porque não viver?
Se não há outro mundo
Porque não viver?
Não viver outro mundo...

Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Se não há outro mundo...

Porque não viver?
Não viver esse mundo
Porque não viver?
Se não há outro mundo
Porque não viver?
Não viver outro mundo...

E prá ter outro mundo
É preci-necessário
Viver!
Viver contanto
Em qualquer coisa
Olha só, olha o sol
O maraca domingo
O perigo na rua...

O brinquedo menino
A morena do Rio
Pela morena eu passo o ano
Olhando o Rio
Eu não posso
Com um simples requebro
Eu me passo, me quebro
Entrego o ouro...

Mas isso é só
Porque ela se derrete toda
Só porque eu sou baiano...(2x)

Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Se não há outro mundo...

Porque não viver?
Não viver esse mundo
Porque não viver?
Se não há outro mundo
Porque não viver?
Não viver outro mundo...

E prá ter outro mundo
É preci-necessário
Viver!
Viver contanto
Em qualquer coisa
Olha só, olha o sol
O maraca domingo
O perigo na rua...

O brinquedo menino
A morena do Rio
Pela morena eu passo o ano
Olhando o Rio
Eu não posso
Com um simples requebro
Eu me passo, me quebro
Entrego o ouro...

Mas isso é só
Porque ela se derrete toda
Só porque eu sou baiano...(2x)

Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é tu!
Besta é tu! Besta é tu!
Se não há outro mundo...

Porque não viver?
Não viver esse mundo
Porque não viver?
Se não há outro mundo
Porque não viver?
Não viver outro mundo!

fonte: You tube

Cheguei até esta letra aí depois de ler trechinhos da obra "Saber cuidar", de Leonardo Boff. Holismo puro!
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

2ª Semana de Democratização da Comunicação do Piauí


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Endereços da Internet em todos os idiomas!

Órgão regulador da Internet aprova mudança histórica
10/11/2009 |
Redação*
Vermelho


A Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), o órgão americano que administra a internet e os nomes dos sites, aprovou na última sexta-feira (6), em Seul, na Coreia do Sul, o uso de caracteres não-latinos nos endereços da rede.

A medida está sendo considerada pela Icann como “a maior mudança na internet desde que foi inventada, há 40 anos” e reconhece o caráter global da rede.

A proposta foi aprovada em primeira instância em 2008 e permitirá que endereços sejam escritos em árabe, chinês ou japonês, por exemplo.

A agência passará a aceitar inscrições já em 16 de novembro e os primeiros domínios escritos em outros alfabetos já começarão a aparecer no início de 2010.

'Identidade'

Segundo o porta-voz da Icann Rod Beckstrom, "mais da metade dos 1,6 bilhões de usuários de internet em todo o mundo usam outros alfabetos que não o latino".

De acordo com o órgão, a nova medida ajudará esses usuários a manter sua identidade cultural no futuro.

"Esta mudança é muito necessária para os futuros usuários, na medida em que a internet continua a se expandir", completou.

"O que criamos é um diferente sistema de tradução. Temos confiança de que ele funciona porque o temos testado por alguns anos", disse Peter Dengate Thrush, da comissão encarregada de supervisionar o processo.

O sistema transforma endereços comuns, como "vermelho.org.br" em uma série de números que são posteriormente traduzidos para outros alfabetos.

Alguns países como China e Tailândia já introduziram sistemas que permitem que usuários escrevam endereços da rede em seus próprios idiomas, mas estas iniciativas não foram aprovadas internacionalmente ou funcionam em qualquer computador.

*Com informações da BBC

Fonte: FNDC

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Evento - Coletivo Diagonal de Vídeo


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sábado, 7 de novembro de 2009

Poema metagráfico e explicação necessariíssima

Poema metagráfico

Entre paicas e pontos: o sentimento.
Entre pautas e margens: o sentido.
Entre trechos e períodos: o significado.

Um acidente que atinge a superfície,
a parte externa do texto.
Uma provocação que penetra o âmago,
A parte interna do texto.
Acidentes e provocações
Disputam a comunicação de detalhes;
E não quaisquer deles:
Aqueles afeitos ao sobre-humano, supra-sensível.

O médium se distrai,
Detém a concentração noutras questões
E se perdem os eixos, as ligações, as entidades significativas.
O discurso inter-mundos se obstaculiza,
Desligam-se os reinos:
Terra e além-grafismo;
Eis o que sinto em dizer.

João Paulo S. Mourão
março/2009


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NOTA SOBRE A PALAVRA METAGRÁFICO

Um Guia para Usuários da Deturnação
Por WOLMAN & DEBORD 17/11/2003 às 16:46

Toda pessoa razoavelmente atenta em nossos dias está alerta ao óbvio fato de que a arte já não pode mais ser considerada como uma atividade superior, ou nem mesmo como uma atividade compensatória à qual alguém honradamente poderia dedicar-se.

Um Guia para Usuários da Deturnação(1)

Toda pessoa razoavelmente atenta em nossos dias está alerta ao óbvio fato de que a arte já não pode mais ser considerada como uma atividade superior, ou nem mesmo como uma atividade compensatória à qual alguém honradamente poderia dedicar-se. A razão para esta deterioração é o claro aparecimento de forças produtivas que necessitam de outras relações de produção e de uma nova prática de vida. Na atual fase da guerra civil em que estamos engajados, e em íntima conexão com a orientação que estamos descobrindo para certas atividades superiores por vir, acreditamos que todos os meios conhecidos de expressão irão convergir para um movimento geral de propaganda que terá que abarcar todos os perpétuos aspectos interativos da realidade social.

Há várias opiniões contraditórias sobre as formas e até mesmo sobre a verdadeira natureza da propaganda educativa, essas opiniões geralmente refletem uma ou outra variedade do reformismo político da moda. Basta-nos dizer que, em nossa visão, as premissas para revolução, tanto no aspecto cultural como no estritamente político, não apenas estão maduras como começaram a apodrecer. Não se trata aqui de voltar ao passado, o que é reacionário; até mesmo os «modernos» objetivos culturais são em última análise reacionários na medida em que dependem de formulações ideológicas de uma sociedade passada que prolongou sua agonia de morte até o presente. A única tática historicamente justificada é inovação extremista.

A herança literária e artística da humanidade é usada para propósitos de propaganda partidária. É claro que é necessário ir além de qualquer idéia meramente escandalosa. A oposição à noção burguesa da arte e do gênio artístico tornou-se um chapéu roto. O bigode que Duchamp rabiscou na Mona Lisa não é mais interessante que a versão original daquela pintura. Temos agora que empurrar este processo ao ponto de negar a negação. Bertolt Brecht revelou em uma recente entrevista no Françe-Observateur que ele faz cortes no clássicos do teatro de forma a torná-los mais educativos, nesse aspecto ele está mais próximo que Duchamp da orientação revolucionária que proclamamos. É necessário destacar, contudo, que no caso de Brecht tais salutares alterações são estreitamente limitadas por seu infeliz respeito à cultura definida pelos parâmetros da classe governante — aquele mesmo respeito, ensinado tanto nos jornais dos partidos operários como também nas escolas primárias da burguesia, que induz até mesmo os distritos operários mais vermelhos de Paris a sempre preferir The Cid à Mãe Coragem [de Brecht].

Na realidade, é necessário eliminar todos resquícios da noção de propriedade pessoal nesta área. O aparecimento das já ultrapassadas novas necessidades por obras «inspiradas». Elas se tornam obstáculos, hábitos perigosos. Não se trata de gostar ou não delas. Temos que superá-las.

Pode-se usar qualquer elemento, não importa donde eles são tirados, para fazer novas combinações. As descobertas de poesia moderna relativas à estrutura analógica das imagens demonstram que quando são reunidos dois objetos, não importa quão distantes possam estar de seus contextos originais, sempre é formada uma relação. Restringir-se a um arranjo pessoal de palavras é mera convenção. A interferência mútua de dois mundos de sensações, ou a reunião de duas expressões independentes, substitui os elementos originais e produz uma organização sintética de maior eficácia. Pode-se usar qualquer coisa.

Desnecessário dizer que ninguém fica limitado a corrigir uma obra ou a integrar diversos fragmentos de velhas obras em uma nova; a pessoa pode também alterar o significado desses fragmentos do modo que achar mais apropriado, deixando os imbecis com suas servis referências às «citações».

Tais métodos paródicos foram freqüentemente usados para obter efeitos cômicos. Mas tal humor é o resultado das contradições dentro de uma condição cuja existência é tida como certa. Como o mundo da literatura quase sempre parece-nos tão distante quanto o da Idade da Pedra, tais contradições não nos fazem rir. É então necessário conceber uma fase paródica-séria onde a acumulação de elementos deturnados, longe de contribuir para provocar indignação ou riso em sua alusão a algum trabalho original, expresse nossa indiferença para com um inexpressivo e desprezível original, e se interesse em fazer um certa sublimação.

Lautréamont foi tão longe nesta direção que ele ainda é parcialmente mal compreendido até mesmo pelos seus mais declarados admiradores. A despeito de suas óbvias aplicações deste método na linguagem teórica de Poésies — onde Lautréamont (utilizando as máximas de Pascal e Vauvenargues, particularmente) ele se esforça por reduzir o argumento, através de sucessivas concentrações, tão somente a máximas — um certo Viroux, três ou quatro anos atrás, causou considerável espanto ao demonstrar conclusivamente que Maldoror é uma vasta deturnação de Buffon e de outras obras de história natural, entre outras coisas. O fato dos prosélitos de Figaro, como o próprio Viroux, serem capazes de ver nisto uma justificação para desacreditar Lautréamont, e de outros acreditarem que tinham que defendê-lo elogiando sua insolência, apenas testifica a senilidade destes dois agrupamentos de parvos em elegante combate. Um lema como «o plágio é necessário, insinua progresso» ainda é pobremente compreendido, e pelas mesmas razões que a famosa frase sobre a poesia, que «deve ser feita por todos».

Aparte da obra de Lautréamont — que bem à frente de seu tempo foi em grande parte uma crítica precisa — as tendências para a deturnação que podem ser observadas na expressão contemporânea são em sua maior parte inconscientes ou acidentais. É na indústria da propaganda, mais do que na decadente produção estética, onde estão os melhores exemplos.

Podemos em primeiro lugar definir duas categorias principais de elementos deturnados, levando em consideração se o ajuntamento vem ou não acompanhado por correções inseridas nos originais. Temos aqui deturnações secundárias e deturnações enganosas.

A deturnação secundária é a deturnação de um elemento que não tem nenhuma importância em si mesmo e que tira todo seu significado do novo contexto em que foi colocado. Por exemplo, um recorte de jornal, uma frase neutra, uma fotografia comum.

A deturnação enganosa, também chamada deturnação de proposição-premonitória, é em contraste a deturnação de um elemento intrinsecamente significante que deriva de um diferente escopo de um novo contexto. Por exemplo, um slogan de Saint-Just ou um trecho de um filme de Eisenstein.

Obras extensamente deturnadas são usualmente compostas por uma ou mais séries de deturnações enganosas e secundárias.

Agora pode-se formular várias leis no uso da deturnação.

O mais distante elemento deturnado é aquele que contribui mais nitidamente à impressão global, e não os elementos que diretamente determinam a natureza desta impressão. Por exemplo, em um metagráfico [poema-colagem] relativo à Guerra Civil Espanhola a frase que mais destaca o sentido revolucionário é o fragmento de um anúncio de batom: «Belos lábios são vermelhos». Em outro metagráfico («A Morte de J.H.») 125 anúncios classificados expressam um suicídio mais notavel que os artigos do jornal que o narram.

As distorções introduzidas nos elementos deturnados devem ser tão simples quanto possível, pois o impacto principal de uma deturnação tem relação direta com a lembrança consciente ou semiconsciente dos contextos originais dos elementos. Isto é bem conhecido. Basta simplesmente notar que se esta dependência da memória insinua a necessidade de determinar o público alvo antes de inventar uma deturnação, este é apenas um caso particular de uma lei geral que governa não apenas a deturnação mas também qualquer outra forma de ação no mundo. A idéia da expressão pura, absoluta, está morta; sobrevive apenas temporariamente na forma paródica na medida em que nossos outros inimigos sobrevivem.

Quanto mais próximo de uma resposta racional menos efetiva é a deturnação. Este é o caso de um número bem grande de máximas alteradas por Lautréamont. Quanto mais aparente for o caráter racional da resposta, mais indistingüível se torna do espírito ordinário da réplica, que semelhantemente usa as palavras opostas contra ele. Isto naturalmente não se limita à linguagem falada. Foi nesse sentido que contestamos o projeto de alguns de nossos camaradas que propuseram deturnar um cartaz anti-soviético da organização fascista «Paz e Liberdade» — que proclamava, em meio a imagens de bandeiras sobrepostas dos poderes Ocidentais, «a união faz força» — acrescentando por cima em uma folha menor a frase «e coalizões fazem a guerra».
(grifo nosso)

A deturnação através da simples reversão é sempre a mais direta e a menos efetiva. Assim, a Missa Negra reage contra a construção de um ambiente baseado em determinada metafísica construindo outro ambiente na mesma base, que apenas inverte — mas ao mesmo tempo conserva — os valores de tal metafísica. Não obstante, tais reversões podem ter um certo aspecto progressivo. Por exemplo, Clemenceau [chamado «o Tigre»] poderia ser chamado «o Tigre chamado Clemenceau».

Das quatro leis fixadas, a primeira é essencial e se aplica universalmente. As outras três, na prática, aplicam-se apenas a elementos deturnados enganosos.

As primeiras conseqüências visíveis da difusão do uso da deturnação, fora seu intrínseco poder de propaganda, foram a revivificação de uma multidão de livros ruins, e a extensa (não intencional) participação de seus desconhecidos autores; uma transformação cada vez maior de frases ou obras plásticas produzidas para estar na moda; e acima de tudo uma facilidade de produção que supera em muito, em quantidade, variedade e qualidade, a escrita automática que tanto nos chateia.

A deturnação não conduz apenas à descoberta de novos aspectos do talento; também colide frontalmente com todas as convenções sociais e legais, pode ser uma arma cultural poderosa a serviço de uma verdadeira luta de classes. A barateza de seus produtos é a artilharia pesada que derruba todas as muralhas da China do entendimento.(2) É um verdadeiro meio de educação artística proletária, o primeiro passo para um comunismo literário.

No reino da deturnação pode-se multiplicar idéias e criações à vontade. No momento nos limitaremos a mostrar algumas possibilidades concretas em vários setores atuais da comunicação — estes setores separados são significantes apenas em relação às tecnologias atuais, com tudo tendendo a fundir-se em sínteses superiores com o avanço destas tecnologias.

Aparte dos vários usos diretos de frases deturnadas em cartazes, registros e rádio radiodifusão, as duas aplicações principais de prosa deturnada estão em escritos metagráficos e, em menor grau, na hábil perversão da moderna forma clássica.

Não há muito futuro na deturnação de romances inteiros, mas durante a fase transitiva poderia haver um certo número de empreendimentos deste tipo. Se uma deturnação fica mais rica quando associada a imagens, tais relações para com textos não são imediatamente óbvias. Apesar das inegáveis dificuldades, acreditamos que seria possível produzir uma instrutiva deturnação psicogeográfica da Consuelo de George Sand, que poderia ser relançada no mercado literário disfarçada sob algum título inócuo como «Vida nos Subúrbios», ou até mesmo sob um título deturnado, como «A Patrulha Perdida». (seria uma boa idéia reutilizar deste modo muitos títulos de velhos filmes deteriorados dos quais nada mais permanece, ou de filmes que continuam enfraquecendo as mentes dos jovens nos clubes de cinema).

A escrita metagráfica, não importa quão antiquada possa ser sua base plástica, apresenta oportunidades bem mais ricas para a prosa deturnada, como outros objetos apropriados ou imagens. Pode-se obter uma idéia do significado disso pelo projeto, concebido em 1951 mas eventualmente abandonado por falta de meios financeiros suficientes, que pretendeu fabricar uma máquina de fliperama arranjada de tal forma que o jogo de luzes e trajetórias mais previsíveis das bolas formaria uma composição metagráfica-espacial intitulada Sensações Térmicas e Desejos de Pessoas que Passam pelos Portões do Museu do Cluny Cerca de uma Hora depois do Poente em Novembro. Percebemos desde então que um empreendimento situacionista-analítico não pode avançar cientificamente por meio de tais obras. Não obstante, os meios permanecem satisfatórios para metas menos ambiciosas.

É obviamente no reino do cinema que a deturnação pode atingir sua maior efetividade e, para os que se interessam por este aspecto, sua maior beleza.

Os poderes do filme são tão extensos, e a ausência de coordenação desses poderes é tão evidente, que virtualmente qualquer filme que esteja acima da miserável mediocridade provê tema para infinitas polêmicas entre espectadores ou críticos profissionais. Apenas o conformismo dessas pessoas lhes impede descobrir tanto a atração apelativa como as falhas berrantes dos piores filmes. Para ilustrar esta absurda confusão de valores, podemos observar que Nascimento de uma Nação de Griffith é um dos filmes mais importantes na história do cinema por causa de sua riqueza de inovações. Por outro lado, é um filme racista e portanto não merece absolutamente ser mostrado em sua presente forma. Mas sua proibição total poderia ser vista como lamentável do ponto de vista do secundário, mas potencialmente meritório, domínio do cinema. Seria melhor deturná-lo em sua totalidade, sem a necessidade de sequer alterar a montagem, adicionando uma trilha sonora que faça uma poderosa denúncia dos horrores da guerra imperialista e das atividades da Ku Klux Klan que até hoje continua atuando nos Estados Unidos.

Tal deturnação — mesmo bem moderada — é em última análise nada mais que um equivalente moral da restauração de velhas pinturas em museus. Mas a maioria dos filmes merece apenas serem cortados para compor outras obras. Esta reconversão de seqüências preexistentes serão obviamente acompanhadas de outros elementos, musicais ou pictóricos como também históricos. Enquanto a reprodução cinematográfica da história permanecer em grande parte semelhante à reprodução burlesca de Sacha Guitry, alguém poderá ouvir Robespierre dizer, antes de sua execução: «Apesar de tantos julgamentos, a minha experiência e a grandeza de minha tarefa me convence que tudo está bem». Se neste caso uma apropriada reutilização de uma tragédia grega nos permite exaltar Robespierre, podemos imaginar frases tipo-neorealistas em para-choques de caminhão onde, por exemplo, um motorista de caminhão diz seriamente a outro: «Antigamente a ética existia apenas nos livros dos filósofos; nós a introduzimos no governo das nações». Percebe-se que que esta justaposição elucida a idéia de Maximilien, a idéia de uma ditadura do proletariado.(3)

A luz da deturnação propaga-se em linha reta. Até mesmo a nova arquitetura parece ter começado com uma fase barroca experimental, o complexo arquitetônico — que concebemos como a construção de um ambiente dinâmico relacionado a estilos de comportamento — provavelmente deturnará as formas arquitetônicas existentes, e em todo caso fará um uso plástico e emocional de todos os tipos de objetos deturnados: arranjos cuidadosos de coisas como guindastes ou andaimes de metal substituirão uma tradição escultural defunta. Isto choca apenas os mais fanáticos admiradores dos jardins estilo-francês. Comenta-se que em sua velhice D'Annunzio, aquele suíno pró-fascista, mantinha a proa de um barco torpedeiro em seu parque. Sem considerar seus motivos patrióticos, a idéia de tal monumento não está isenta de um certo charme.

Se a deturnação fosse estendida a realizações urbanísticas, não seriam poucas as pessoas que seriam afetadas pela exata reconstrução em uma cidade de um bairro inteiro em outro. A vida nunca pode estar demasiado desorientada: a deturnação neste nível realmente a faria bela.

Os próprios títulos, como vimos anteriormente, são um elemento básico na deturnação. Isto resulta de duas observações gerais: que todos os títulos são intercambiáveis e que eles têm uma importância decisiva em vários gêneros. Todas as histórias de detetive «Série Noir» são extremamente semelhantes, contudo basta simplesmente mudar continuamente os títulos para garantir uma considerável audiência. Na música um título sempre exerce uma grande influência, contudo a escolha é bem arbitrária. Assim não seria uma má idéia fazer uma correção final ao nome «Sinfonia Heróica» mudando-a, por exemplo, para «Sinfonia Lenin».(4)

O título contribui fortemente na deturnação de uma obra, mas há uma inevitável ação contrária à obra no título. Assim pode-se fazer extenso uso de títulos específicos retirados de publicações científicas («Biologia Litoral dos Mares Temperados») ou militares («Combate Noturno de Pequenas Unidades de Infantaria»), ou até mesmo de muitas frases encontradas nos livros ilustrados infantis («Paisagens Maravilhosas Cumprimentam os Passageiros»).

Para encerrar, mencionaremos rapidamente alguns aspectos do que chamamos de ultradeturnação, quer dizer, as tendências para uma deturnação que atua na vida social cotidiana. Pode-se dar outros significados a gestos e palavras, e isto tem sido feito ao longo da história por várias razões práticas. As sociedades secretas de China antiga fizeram uso de técnicas bem sutis de sinalização que abrangiam a maior parte do comportamento social (a maneira de organizar xícaras; de beber; de declamar poemas interrompendo-os em determinados pontos). A necessidade de um idioma secreto, de contra-senhas, é inseparável de qualquer tendência em jogo. No final das contas, qualquer sinalização ou palavra é suscetível de ser convertida em qualquer outra coisa, até mesmo em seu contrário. Os insurgentes monarquistas do Vendée, por conduzirem a asquerosa imagem do Sagrado Coração de Jesus, foram chamados de Exército Vermelho. No domínio limitado do vocabulário político de guerra esta expressão foi completamente deturnada durante um século.

Fora da linguagem, é possível usar os mesmos métodos para deturnar roupas, com todas suas fortes conotações emocionais. Aqui novamente encontramos a noção de disfarce que é inerente ao jogo. Finalmente, quando alcançamos à fase de construir situações — a meta última de toda nossa atividade — todo mundo será livre para deturnar situações inteiras mudando deliberadamente esta ou aquela condição que as determina.

Não apresentamos estes métodos brevemente expostos aqui como algo inventado por nós, mas como uma prática geralmente difundida a qual nos propomos sistematizar.

Em si mesma, a teoria da deturnação bem pouco nos interessa. Contudo achamos que ela está ligada à quase todos os aspectos construtivos do período pré-situacionista da transição. Assim seu enriquecimento, pela prática, parece necessário.

Futuramente prosseguiremos no desenvolvimento dessas teses.

GUY DEBORD, GIL J WOLMAN


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[NOTAS DO TRADUTOR]

1. A palavra francesa détournement significa desvio, diversão, reencaminhamento, distorção, abuso, malversação, seqüestro, ou virar ao contrário do curso ou propósito normal. Às vezes é traduzida como «diversão», mas esta palavra gera confusão por causa de seu significado mais comum como entretenimento inativo. Como a maioria das outras pessoas que de fato pratica o deturnemento, eu simplesmente preferi aportuguesar a palavra francesa.

2. Os autores estão deturnando uma sentença do Manifesto Comunista: «O baixo preço das mercadorias da burguesia foi a artilharia pesada que derrubou todas as muralhas da China, que forçou a capitulação do intenso, obstinado e bárbaro ódio aos estrangeiros».

3. Na primeira cena imagina-se uma frase de uma tragédia grega (Oedipus em Colonus de Sófocles) sendo colocada na boca de Maximilien Robespierre, líder da Revolução francesa . Na segunda, uma frase de Robespierre sendo colocada na boca de um motorista de caminhão.

4. Beethoven originalmente nomeou sua terceira sinfonia em homenagem a Napoleão (tido como defensor da Revolução Francesa), mas quando Napoleão coroou a si mesmo como imperador o compositor rasgou furiosamente tal dedicatória renomeando-a como «Heróica». A alusão a Lenin nesta passagem (como eventualmente é mencionado em «estados operários» no «Relatório na Construção de Situações» de Debord) é um vestígio de um vago anarco-trotskyismo nos primitivos letristas, em um período politicamente menos sofisticado.


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Este artigo foi publicado no jornal surrealista belga Les Lèvres Nues #8 (maio de 1956).

Traduzido por Railton Sousa Guedes com base na versão inglesa de Ken Knabb (com ligeiras modificações da versão «Métodos de Deturnemento» na Antologia Situacionista Internacional).

Fonte: CMI Brasil
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domingo, 1 de novembro de 2009

Confecom do Piauí realiza intensos debates

A 1ª Conferência Estadual de Comunicação do Piauí realizada nos dias 29, 30 e 31/10/2009 representa um momento de reflexão sobre Democratização da Comunicação no Estado e congregou no Rio Poty Hotel as propostas do interior de todo o Estado através de forte presença dos participantes advindos de Conferências Territoriais ocorridas em 6 pólos regionais do Piauí: Esperantina, Picos, São Raimundo Nonato, Bom Jesus, Floriano e Teresina.

Além de trazer palestrantes com a iniciativa de levar ao conhecimento do público os debates atuais sobre: Políticas e Marco Regulatório de Comunicação; Pesquisas de Base Tecnológica e Sistemas Digitais; Mídia, Educação e Cidadania, a Confecom Piauí apresentou o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC, o qual desde setembro passado já conta com um comitê estadual no Piauí.

Os Grupos de Trabalho por meio de intensos e prolongados debates realizou proposições em três grandes eixos: I - Produção de Conteúdo; II - Meios de Distribuição e III - Cidadania: Direitos e Deveres. De lá partem as contribuições do estado à Conferência Nacional a ser efetuada em Brasília/DF nos dias 14 a 17 de dezembro deste ano. Para tanto, 24 delegados (12 dentre sociedade civil não-empresarial, 12 dentre sociedade civil empresarial) , além de 3 escolhidos dentre representantes do poder público, mais 3 indicados pelo governo seguirão para a Confecom Nacional.

Importante ressaltar que as principais reivindicações manifestadas pela plenária dizem respeito ao Conselho Nacional de Comunicação Social, de Políticas de Financiamento e Valorização da Produção Regional/Local em Comunicação Social e da Legalização de Rádios e TVs Comunitárias perante o Ministério das Comunicações.

Outros pontos repercutidos foram a questão da concentração ilegal de concessões a parlamentares do meio político nacional/estadual/local e descaso com os serviçoes de Telefonia no interior do Estado.

Mais opiniões sobre Confecom e FNDC em:

CONFECOM PIAUÍ

PROCONFERENCIA

FNDC-PI
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domingo, 25 de outubro de 2009

Festa de Dia das Bruxas!?


Até os(as)feiosos(as) teem seu dia de Lazer e Diversão ora essa!

evento aberto, qualquer pessoa pode ver e participar
no dia 01/11/09
a partir das 21:00h
no Centro de Artes Boemia, que fica na Morada dos Orixás

É isto: enruguentos(as) e beiçudos(as) de Teresina e circunvizinhança, saiam da morgação de suas covas e covis e vão-se pra lá, ou melhor, por lá; para uma arteirice de assombrar!

fonte: orkut do Centro de Artes Boemia

maiores atualizações no Twitter da Casa:
http://twitter.com/BARBOEMIA
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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Curiosidades célebres - jogo de cartas de baralho





Cada rei de um baralho representa um grande rei da história:
Espadas - Rei David;
Paus - Alexandre, o Grande;
Copas - Carlos Magno;
Ouros - Júlio César.

Fonte: Balas Lobinho
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domingo, 18 de outubro de 2009

CUMBUCADA DERRADEIRA


...agora com Teófilo Lima!



Depois do sucesso da edição anterior com o Narguilè Hidromecânico...


CUMBUCADA DERRADEIRA - A mistura continua!
Lançamento do site: Amostra Cumbuca Cultural
com: BATUQUE ELÉTRICO, VALIDUATÉ & TEÓFILO
MiStUrE-sE!!! SÁBADO(24/10)
aberto, qualquer pessoa pode ver e participar



fonte: http://www.orkut.com.br/Main#Event?cid=15303408979947196949&ect=1255695306836653000&uid=15303408979947196949&mt=16
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Teresina, capital do Piauí, a mesopotâmia brasileira (vídeo)



Gostei!
Creio que é o primeiro vídeo que posto diretamente do youtube aqui no blogue.
Merece.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Nós e Elis" ganhará livro de memórias

Livro resgatará memória do bar teresinense “Nós e Elis”
Por Joca Oeiras

Em plena campanha de captação de patrocinadores e em fase final de composição, com projeto gráfico assinado por Paulo Moura, prefácio a cargo do Secretário de Educação do Estado Antonio José Medeiros, o livro “Memória de Teresina: no Nós e Elis a gente era feliz_e sabia”, coleção de crônicas memorialistas de antigos (e saudosos) freqüentadores do bar, organizada por Joca Oeiras tem lançamento previsto para o dia 05 de novembro de 2009, Dia Nacional da Cultura.

Fundado em 25 de abril de 1984, dia em que era votada, no Congresso Nacional, a emenda Dante de Oliveira que previa a eleição direta para presidência da república, o Bar “Nós e Elis”, localizado a poucos metros da universidade Federal do Piauí, nasceu sob a égide da abertura democrática e constituiu-se, nos anos posteriores, num efervescente centro cultural que reunia toda a intelectualidade teresinense e piauiense de maneira geral, sendo que há toda uma geração que deve, a este bar, sua formação intelectual extra-curricular.

Procuradas pelo organizador do livro, muitas foram as pessoas que se dispuseram a escrever, a maioria delas ocupando hoje posições de destaque nas mais variadas facetas da sociedade teresinense. Para alguns, no entanto, a proposta atingiu, apenas, a pontinha do iceberg. Estas pessoas apostam que, com a publicação do livro, irão chover crônicas e comentários saudosistas que poderão ser agregadas a uma segunda edição, fortemente ampliada, do livro. Por tudo que ouvi e li a este respeito não posso deixar de concordar: o bar “Nós e Elis” se constituiu num rico concentrado da memória de Teresina

Projeto Nós e Elis

Objetivo:

A organização de um livro a ser denominada “Memória de Teresina: no “Nós e Elis a gente era feliz e sabia” onde serão publicadas crônicas/depoimentos de freqüentadores contumazes daquele bar que, no final da década de oitenta/início dos anos noventa constituiu-se no principal ponto de encontro de várias camadas sociais teresinenses.


Justificativa do Projeto

Em suas pesquisas, um historiador debruça-se em várias fontes, orais e documentais. O livro, que ora projetamos, tem a particular importância de ser uma fonte histórica a um só tempo genuína e intencionalmente concebida. As crônicas e depoimentos aqui arrolados não se constituem, em si mesmas, história, mas, nas mãos de um historiador, certamente terão um valor inestimável, talvez nem tanto hoje, quando a grande maioria dos protagonistas dos “Tempos de Nós e Elis” ainda vive. No futuro, no entanto, quando o fino tecido da memória se esgarçar, poderão os historiadores bem aquilatar a importância de um livro como esse que organizamos, onde pessoas falam, livremente e de forma emocionada, sobre suas recordações de um espaço social coletivamente vivido.

Se o que dissemos acima, apenas isso, já justificaria a publicação do livro, há outras maneiras de legitimá-la, sendo a mais evidente delas o fato de que toda uma geração de teresinenses – e piauienses, em geral – que hoje estão na faixa etária de 38 a 65 anos freqüentou, com maior ou menor intensidade, o famoso estabelecimento, isto é, que muitos deles se verão reportados nas crônicas que serão publicadas.

Não se trata, entretanto, apenas da memória do que ocorreu no bar, mas de toda uma época de grande efervescência política consubstanciada naqueles anos de abertura poítica. Aliás, e emblematicamente, o “Nós e Elis” foi inaugurado no dia 25 de abril de 1984 quando, em Brasília, votava-se a emenda das “Diretas já”, que, acabou rejeitada na madrugada do dia 26.

Sobre o livro:

Organizado por Joca Oeiras (Assessor de Imprensa da FNT), o livro – que conta com projeto gráfico de Paulo Moura será prefaciado pelo Deputado Federal Antonio José Medeiros – trará crônicas dos jornalistas Kenard Kruel e Chico Castro; do humorista João Cláudio Moreno, dos músicos Aurélio Melo, Geraldo Brito, Roraima, Paulo Aquino, Patrícia Mellodi, Edvaldo Nascimento; dos cartunistas Paulo Moura – também compositor – e Albert Piauí, este presidente da Fundação Nacional do Humor; dos publicitários (e também músicos e compositores) Durvalino Filho e Machado Junior, entre outros.

Sua pauta ainda se encontra em aberto, isto é, novos cronistas ainda poderão juntar–se aos atuais. O livro será fechado em 19 de outubro de 2009 – Dia do Piauí – com lançamento festivo previsto para 05 de novembro – Dia Nacional da Cultura.

Custos e Financiamento

1 - Impressão de 02 (dois) mil exemplares.
2 - Ilustrações em P&B (preto e branco) e cerca de 200 (duzentas) páginas.
3 - Custo total – impressão, serviços editoriais, divulgação e lançamentos – R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
4 – Cotas de Patrocínio: 10 (dez) cotas de R$ 2.000,00 (dois mil reais) cada uma.

Contrapartida aos Patrocinadores

Aos patrocinadores se garante a divulgação de suas respectivas logomarcas:

1 - Na contracapa do livro.

2 - Em todos os materiais de divulgação do livro, sejam eles folders, convites, bannners, camisetas e outros quaisquer.

3 - Nos lançamentos os patrocinadores que assim o desejarem, poderão participar com banners próprios.

4 - Cada patrocinador terá direito a receber 10 (dez) exemplares do livro

Os valores deverão ser depositados na conta corrente da Fundação Nogueira Tapety – FNT, da Caixa Econômica Federal- CEF e serão gerenciados por aquela instituição.

Sobre a Fundação Nogueira Tapety:

Fundada em 20 de novembro de 2005, a Fundação Nogueira Tapety – FNT, entidade privada com patrimônio próprio, sem fins lucrativos e de reconhecida utilidade pública tanto em nível municipal quanto estadual, mantém, desde junho de 2006, um sítio virtual denominado “Portal do Sertão” (www.fnt.org.br ) através do qual tem prestado relevantes serviços à cultura nos “Sertões de Dentro do Piauí”, tendo como presidente da entidade, o Promotor de Justiça Carlos Rubem Campos Reis; o decisivo apoio que a instituição vem dando ao projeto “Nós e Elis” – abrigando, em seção própria, as crônicas que integrarão o futuro livro e, agora, emprestando, gratuitamente, toda a sua credibilidade para a captação e gerenciamento de recursos para o projeto – faz dela um parceiro privilegiado e destacado para a sua concretização.

Obs.:
Mais detalhes sobre o Bar Nós e Elis no overblogue do Joca Oeiras:

http://www.overmundo.com.br/overblog/memoria-teresinense-nos-e-elisbar-esperanca
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domingo, 4 de outubro de 2009

1º Festival Medplan de Filmes de Celular.

A ideia é simples: promover um concurso de vídeos capturados unicamente através da câmera do celular. Sem custo, limitação de tema ou estilo, o principal requisito para os interessados em participar da disputa é ter um aparelho celular na mão e uma boa ideia na cabeça.

Serão aceitos filmes em todos os formatos, desde que não ultrapassem os dois minutos de duração. As inscrições são gratuitas e abertas para todos os públicos. Confira o regulamento, use e abuse de sua criatividade e participe! http://www.medplan.com.br/festivaldefilmes/
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Oz Piradinhoz



Para quem gosta de se divertir e leva a maior fé, taí a pedida!
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domingo, 27 de setembro de 2009

Pão vosso de cada noite (ficção real-simbólica)

Pão vosso de cada noite

Lembrei-me da historinha do pão enchombrado no copo de café com leite, de seu feitio de senhor estivador num porto do Poty Novo, seu gesto de limpar o canto da boca com o braço salgado de suar e suor do trabalho do dia; sua mania típica de espreitar e paquerar com a garçonete filha do dono da bodega e de como ela sempre dava um jeitinho de se esquivar, de virar a cara e limpar no avental as mãos sujas do dinheiro sujo de estivadores, barqueiros e pescadores daquela orla de cais, a cidade crescendo com as embarcações gringas aportando a todo momento, sem ver nem pra quê, um contêiner com montes de grãos de outras terras e recarregando com nossos gêneros tropicais da Linha do Equador, vez por outra um marinheiro de muitas medalhas e penduricalhos – na verdade comandante – a va gar pelos festivos prostíbulos de beirada do Velho Monge, baloiçando as ancas e as tetas das jovenzinhas devassas entre uma ancoragem qualquer, para manter a virilidade em boa forma.

As donas dos cabarés a coçar as xanas, tendo em vista o lucro obtido – em pleno delírio de gozo e ganância. Em breve outros militares, profissionais liberais, bancários, empresários, clérigos (ora pois sim!), chefes de governo e jovens filhos da elite continuariam a tradição. E de manhã cedo, após a madrugada exaustiva de fornicagens, um café com leite e pão para recobrar o vigor, tomar tino e sair de lá.

(***)

Hoje é a Beth Cuscuz, raparigal igual não há: putas famosas, capas de revista e site, quengas de novela ou de filme, porno-estrelas exuberantes de todo o país. E o que mudou? (Tirando o valor do programa) Quase que nada; somente o café com leite e pão que agregaram o cuscuz e agora vêm da cozinheira, pois a prostituta tem mais o que fazer...

(João Paulo Santos Mourão - 23/06/2008)


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domingo, 20 de setembro de 2009


II MOSTRA DIAGONAL DE VÍDEOS ABRE INSCRIÇÕES.

O Coletivo Diagonal lança o regulamento da II Mostra Diagonal de Vídeos em Teresina-PI. O evento, de caráter não-competitivo é voltado para a livre exibição de vídeos como um meio de democratizar o audiovisual. Uma das intenções do Coletivo é mapear as obras produzidas no eixo nacional, incentivando os produtores a exibirem seus vídeos e manterem um diálogo mais aberto com o cenário videoartístico brasileiro. No site www.olhardovideo.com os interessados poderão acessar informações sobre cinema e vídeo e conhecer o regulamento da mostra, com inscrições abertas do dia 19 de agosto a 02 de outubro de 2009. Cada participante poderá inscrever 03 vídeos de até 20 minutos, que serão exibidos durante a Mostra em novembro desse ano!

Na primeira edição contamos com a colaboração de artistas de SP, ES, MG, PI, PE, BA que nos mostraram uma pluralidade de trabalhos, dentro de sua territorialidade existencial e inventividade particular revelando suas solidões, graças, anseios e questões para que juntos pudéssemos refletir, rir e nos incomodar com as interrogações e exclamações projetadas na tela.

“A intenção da Mostra Diagonal é criar novos espaços para discussão, exibição e divulgação do material produzido através da linguagem audiovisual aqui em Teresina e traçar retas paralelas e transversais com as produções nacionais. Buscando incentivar os produtores e o público.” – afirma Meire Fernandes, que juntamente com Roniel Sampaio e Aristides Oliveira compõe o Coletivo Diagonal.


Fonte: Divulgação


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sábado, 5 de setembro de 2009

I Encontro Internacional de Independência de Guiné-Bissau no Piauí




I Encontro Internacional de Independência de Guiné-Bissau no Piauí


Será comemorado o 36º Ano da Proclamação de Independência da República de Guiné-Bissau em 24 de Setembro de 2009 no I Encontro Internacional de Independência de Guiné-Bissau no Piauí. E para comemorar esta data, a Comunidade de Estudantes Guineenses em Teresina juntamente com a Associação de Estudantes de Convênio do Piauí e a Zumbido Produções da estudante de Artes Visuais Jaqueline Bezerra que recentemente compôs a organização geral da Mostra Cultural – Ano Augusto Boal “Falando sobre arte contemporânea no Piauí” ocorrido na UFPI, realiza com o tema “Nô Djunta Mon Pá Nó Kumpú Guiné” que significa “Juntaremos nossas mãos para construir Guiné”, que segundo o primeiro estudante guineense erradicado no Piauí Ricardo Ossagô diz: “... desde o início desse século ou quando ainda éramos pequenos crescemos ouvindo esse tema o que até hoje ainda não se concretizou.”, propõem uma série de atividades tais como: palestras, mesas redondas, apresentações culturais, jogos desportivos e outras atividades que ocorrerá de 24 a 26 de Setembro na Universidade Federal do Piauí.

Este evento busca aproveitar a oportunidade para integrar os estudantes guineenses e africanos à sociedade brasileira e divulgar sua cultura. “As ligações entre o Brasil-África-Guiné-Bissau não é de hoje... a África e Guiné-Bissau estão presentes na própria constituição do povo brasileiro... o povo brasileiro não seria o que é hoje sem que o espírito da “mãe” África habitasse o seu corpo.”, afirma Ricardo. Estará em Teresina guineenses e africanos erradicados em Fortaleza, Natal, Recife, São Luiz, Maceió, Belém dentre outros estados que estarão às 16:00h do dia 23 de Setembro em uma cerimônia de abertura solene no Auditório do Centro de Ciências, História e Letras - CCHL com o Reitor, assessoria de assuntos internacionais da UFPI e um representante dos estudantes guineenses e às 9:00h do dia 24 de Setembro em sessão solene na Câmara dos Deputados do Piauí em homenagem a Independência de Guiné-Bissau.

Assim, segue a programação do I Encontro Internacional de Independência de Guiné-Bissau no Piauí:

Quarta-Feira: Dia 23 de setembro 2009

08: 00 as 17: 00H

Exposição: Fotos e aspectos culturais e paisagísticos da África e Guiné Bissau, roupas e artesanatos;

Oficina de trança e culinária da Guiné-Bissau;

Mostra de vídeos sobre África e Guiné Bissau

Local: CCHL/UFPI

16: 00H-Cerimônia de Abertura Solene- Reitor da UFPI, assessora de assuntos internacional da UFPI e um representante dos estudantes guineenses

16: 30H Mesa Redonda

Repensando a relação internacional no nordeste, a unificação da língua portuguesa e o seu impacto nos países africanos de língua portuguesa.

Palestrantes: Prof. Dr. Kilpatrick Muller B. Campelo

Prof. Dr. Newton Freitas

Fela Armando Pereira- Licenciatura Plena em Letras Português/Francês
18: 00H Coquetel



Quinta-Feira: Dia 24 de setembro 2009

08: 00 ás 17: 00H

Exposição: Fotos e aspectos culturais e paisagísticos da África e Guiné Bissau, roupas e artesanatos.

Oficina de trança e culinária da Guiné-Bissau

Local: CCHL/UFPI

Mostra de vídeos sobre África e Guiné Bissau

Local: Sala de Vídeo – CCHL/UFPI

09: 00H Sessão solene na Câmara dos Deputados do Piauí em homenagem á 36º aniversario da independência da Guiné- Bissau com os estudantes guineenses de Teresina, Fortaleza, Recife, Natal, São Luis e Belém.

Local: Auditório CCHL/UFPI

16: 00h Mesa Redonda

A conjuntura da independência dos países africanos: Guiné-Bissau ontem, hoje e amanha: 36 anos da independência

Palestrantes: Prof. Dr. Francis Mussa Boakari – país Serra Leoa

Mestrando Ricardo Ossagô - país Guiné - Bissau



NOITE CULTURAL LUSO - AFRICANA “TERESINA NÃO PODE PARAR”

Local: Espaço Cultural Noé Mendes

Hora: a partir das 19: 00h

Bandas: Os caburé do forró

Cocha

Captamata

Dimas Bezerra e Banda

Validuaté

Desfile de moda e trajes africanos

Danças tradicionais africanas e outros

Entrada: Grátis



Sexta- feira: Dia 25 de setembro de 2009

1ª Noite cultural de TINA ( estilo de música regional da Guiné – Bissau) & Torneio Inter- Estadual de jogos de: Dama, Baralho, Dominó & Lidó

Local: Sítio Boa Esperança

Reservado a estrangeiros guineenses e africanos do Norte-Nordeste e convidados.

Hora: A partir das 20H



Sábado: Dia 26 de Setembro 2009

09: 00 ás 12: 00H- Torneio de futebol Masculino e Feminino

Fortaleza, Natal, Maceió, Piauí, São Luis, Recife, Belém, Casa do Estudante (UFPI) e Colégio Agrícola (UFPI).



A PARTIR DAS 22: 00- Enceramento das atividades com Festa de Confraternização entre os Africanos e Brasileiros. (Lançamento do DJ Samory Valdez o melhor de nordeste)

Local: a definir

Aberto a todos os públicos.

Ingresso: R$15,00 (já incluso bebidas e comidas típicas africanas e brasileiras).





Maiores informações: 8851-4018 ou 8803-6974



Jaqueline Bezerra



_____________________________________

Jaqueline Carvalho Bezerra

Artista Plástica

Fone: (86) 8803-6974

Msn: jaquelinebezerra@hotmail.com

Blog: www.meuzumbido.blogspot.com
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mostra Diagonal de Vídeos



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domingo, 30 de agosto de 2009

PASQUINÓISE (rádio-transmissão)

RÁDIO PASQUINÓISE

PROGRAMAÇÃO:

ANOS ‘60
ANOS ‘70
ANOS ‘80
ANOS ‘90
ANOS ‘2000

(+) BRASILEIRA / (-) INTERNACIONAL

REPERTÓRIO:

MARGINAIS DA MPB / NOVA MPB
BANDAS UNDERGROUND / REGIONAL / LOCAL
POP-ROQUE ALTERNATIVO / PUNK ROCK / METAL MELÓDICO

QUADROS:

- NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS...
CRÔNICA CORTANTE E IRÔNICA GENERALIZADA SOBRE ALGUMA QUESTÃO COTIDIANA MARCANTE DA MÍDIA.

- TELECOTECO DO ZÉ POVINHO
DEPOIMENTOS DENTRE OS ENCONTRISTAS, DAS DIVERSAS LOCALIDADES E CONVIDAD@S SOBRE REALIDADES PECULIARES

- PAH-PALAVRÃOZÃO
GÍRIAS, MODISMOS E EXPRESSÕES REGIONAIS

- PAPAGAIO E/OU CURICA TRANSÍSTOR
ABERTO PRA QUEM TIVER ALGUM LANÇAMENTO OU QUAISQUER PERSONAGENS QUE QUEIRAM SE APRESENTAR EM ESTÚDIO

- CAMISA DE FORÇA
CRÍTICA DE COSTUMES E ABOMINAÇÕES SOCIAIS

Sorte de hoje: Sucesso é a capacidade de enfrentar o fracasso sem perder o entusiasmo! MorÔ?
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MÍDIA E CIDADANIA: A EDUCOMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE – RÁDIO, TV E WEB ACADÊMICAS COMO VIAS CONTEMPORÂNEAS DAS IDÉIAS DE PAULO FREIRE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CCE
CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO


MÍDIA E CIDADANIA: A EDUCOMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE –
RÁDIO, TV E WEB ACADÊMICAS COMO VIAS CONTEMPORÂNEAS
DAS IDÉIAS DE PAULO FREIRE


Artigo acadêmico da disciplina Sociologia da Comunicação, do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí – UFPI, sob a orientação do Professor Magnus Martins Pinheiro, para obtenção de nota da avaliação curricular na respectiva disciplina.

TERESINA - PI
MAIO/2006


SUMÁRIO

Resumo..........................................................................................04
Qual o desafio da Comunicação Social na Universidade?................05
Por uma outra Comunicação..........................................................06
Idéias pedagógicas e sócio-políticas de Paulo Freire........................10
Rádio, Tv e Web Acadêmicas: vias alternativas................................12
Inferências objetivas.......................................................................26
Referências bibliográficas...............................................................27


MÍDIA E CIDADANIA: A EDUCOMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE –
RÁDIO, TV E WEB ACADÊMICAS COMO VIAS CONTEMPORÂNEAS
DAS IDÉIAS DE PAULO FREIRE


João Paulo Santos Mourão*

Resumo:
A comunicação social praticada através da mídia tradicional percorre diversificados modelos teoréticos/pragmáticos na intenção de preparar os profissionais ao mercado de trabalho. Decorrente disso, há acentuada crise na formação ética-cidadã do profissional de imprensa: efetivada sobretudo por desmotivação e despreparo aos estudantes da academia, em seus percursos de graduação. Para completo êxito da educomunicação, proposta cujos professores adeptos têm-na evoluído progressivamente e alcançado resultados satisfatórios numerosos, constitui em lógico repasse de valores cidadãos para os espectadores da informação. A partir daí, mesmo assim, as experiências desenvolvidas na utilização de rádio, tv e web acadêmicas como pólos de comunicação pedagogicamente correta exercem fundamental suporte à feitura dessa práxis democrática contemporânea.


* João Paulo Santos Mourão é estudante de graduação no 4º período de Comunicação Social – Jornalismo da UFPI e participante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Estratégias de Comunicação – NEPEC/UFPI.






Qual o desafio da Comunicação Social na Universidade?

Oportuno se faz aqui citar, a princípio de exposição, a ementa de um curso bastante renomado e vanguardista na Comunicação Social, qual seja, o da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Ei-lo a seguir:
“O profissional de Jornalismo deve estar apto a desenvolver as seguintes atividades: Reportagem (para veículos impressos e eletrônicos), reportagem fotográfica, diagramação, redação, edição (título, legendas, adequação de matéria jornalística visando publicação), coordenação de equipes de cobertura, produção e edição de artigos, crônicas e comentários, titulação, interpretação, correção e coordenação de matéria a ser divulgada; entrevista e reportagem; planejamento; organização e direção de serviços técnicos de jornalismo; revisão de originais; organização e conservação de arquivo jornalístico e de pesquisa; diagramação; execução de pesquisa em comunicação; ensino da Comunicação Social/Jornalismo.

Formar profissionais que desenvolvam a comunicação como prática social, utilizando-se da reflexão teórica da criatividade e do espírito crítico. Aperfeiçoar técnicas de produção de mensagens jornalísticas tratando a linguagem como ação e a comunicação como ato social; desenvolver a pesquisa e a reflexão sobre a comunicação e seu impacto na sociedade; explorar os novos usos para a comunicação na sociedade.

O jornalista tem amplo campo de trabalho nos diversos meios e sistemas de comunicação como: jornal, revista, rádio, televisão, assessoria de imprensa, internet, novas tecnologias de comunicação, consultorias de comunicação, assessorias políticas etc. A profissão é regulamentada pelo Decreto nº 83.284, de 13/03/79.”
Notável a presença de elementos formativos da cidadania do/pelo jornalista no segundo parágrafo marcado. E essa concepção é o eixo condutor de nossa idéia: o desafio da Comunicação na atualidade é possibilitar ao povo que recebe o fato e por meio dele pode transformar a sociedade, efetuando-se a verdadeira participação engajada na política.
Por uma outra Comunicação

Em entrevista à revista Nós da Escola veiculada no portal Fazendo Media em 25/04/2006, o professor pós-doutor da Universidade Federal Fluminense Dênis de Moraes nos enfatiza a priorização a ser dada rumo à democratização de acesso, uso e interação aos/nos meios de comunicação:
“Um outro mundo só é possível se houver um processo de democratização efetiva da comunicação? Por quê?
O sistema de comunicação atual apresenta duas graves distorções: 1) a propriedade dos meios está absurdamente concentrada nas mãos de um reduzido número de grupos empresariais, a maioria deles transnacionais, que controlam a produção e a difusão de grande parte das informações e dos entretenimentos em circulação; 2) essas organizações atuam de maneira praticamente autônoma, priorizando estratégicas mercadológicas que rentabilizem ao máximo seus investimentos e realçando determinados valores na elaboração de suas programações. São vários os impactos e efeitos negativos, e eu destaco dois: a escassa diversidade ideológica nos conteúdos veiculados e a comercialização de bens simbólicos numa proporção verdadeiramente alarmante. É impossível imaginar uma democratização efetiva da vida social sem uma profunda revisão da configuração elitista e mercantilizada da mídia. Afinal, ela ocupa papel decisivo na reverberação de idéias e visões de mundo, interferindo, de modo significativo, na conformação do imaginário social. Para assegurar a livre circulação de informações e o pluralismo cultural, impõe-se um controle democrático sobre esses aparatos ideológico-culturais, principalmente aqueles que são concessionários de canais de televisão e rádio. Se obtêm licenças para operar, é mais do que justo que as empresas concessionárias se submetam a regras e marcos estabelecidos pelo poder público, em consonância com os interesses da coletividade. Os canais pertencem à sociedade, e não aos players de mídia. Do mesmo modo, é urgente uma profunda revisão da legislação sobre os meios de comunicação, a fim de que se fixem marcos regulatórios que contemplem os interesses sociais e coíbam a concentração e a oligopolização dos meios. Exijamos políticas públicas de comunicação assentadas em mecanismos democraticamente instituídos de regulação, de concessão, de tributação e de fiscalização. Políticas debatidas por segmentos representativos da opinião pública e formuladas com realismo, considerando as transformações da era digital e seus efeitos socioeconômicos.

Qual o papel da contra-informação no contexto da globalização?
Contra-informação é uma noção que permite várias interpretações e apropriações. Se a entendermos como práticas de comunicação voltadas à difusão de conteúdos que questionem o status quo e defendam os direitos da cidadania, penso que seu papel é valioso. Trata-se de alargar e interligar, planetariamente, experiências independentes de divulgação, a partir de ações cooperativas e colaborativas capazes de multiplicar e entrosar fontes de informação, fomentando o debate de idéias transformadoras e o pluralismo cultural. A comunicação eletrônica em rede, particularmente a Internet, abre um campo de possibilidades a explorar e aprimorar. As tecnologias digitais introduzem ferramentas comunicacionais de novo tipo e instituem espaços promissores de intercâmbio, participação e mobilização. Com baixo custo, rapidez e arquitetura descentralizada, a rede favorece a difusão extensiva de informações e conhecimentos, sem submetê-los às hierarquias de juízos e aos filtros da mídia convencional. No espaço desterritorializado da Web, movimentos comunitários e organismos sociais podem difundir percepções críticas e campanhas em prol dos direitos da cidadania. É importante, porém, salientar que a Internet constitui uma vertente complementar ou suplementar de informação, expressão e interação. Não substitui ou anula os demais canais, que continuam válidos e bastante necessários. Veja bem: apontar potencialidades da rede virtual em absoluto significa subordinar as lutas políticas ao avanço tecnológico, ou ainda aceitar impulsos voluntaristas que tendem a menosprezar as mediações sociais e os mecanismos clássicos de representação política. Continuo achando que é no território físico, socialmente vivenciado, que se tece o imaginário do futuro.

O que você pensa sobre os projetos de inclusão social pela mídia, TVs e jornais comunitários? Até que ponto são válidos? De uma forma geral eles costumam reproduzir num ambiente específico o discurso da mídia em relação a qual se apresentam como "alternativa"?
Tenho grande apreço pelos projetos de inclusão social através de meios alternativos de comunicação, principalmente os que se estruturam a partir de vínculos com as comunidades pobres e marginalizadas. Isso é fundamental como resposta e reação à crônica desconfiança e mesmo ao desprezo da grande mídia pela vida, pelos valores e pelos modos de expressão da classe operária. Quanto mais rádios, televisões e oficinas comunitárias tivermos, mais chance teremos de contribuir para a formação de consciência cidadã, inclusive dando voz e imagem às aspirações e aos sentimentos das maiorias excluídas. É verdade que, às vezes, percebemos a reprodução de elementos do discurso informativo da mídia num jornal ou num programa comunitário. Embora a renovação discursiva deva ser um objetivo a perseguir, não me parece que a reprodução de certos padrões constitua, em si, um obstáculo intransponível à comunicação descentralizada e participativa. A linguagem, sem dúvida, é fator relevante e deve ser imaginativa e ousada; mas temos que avaliar, simultaneamente, a natureza dos conteúdos transmitidos, sua adequação ao público-alvo, sua coerência ideológico-cultural, sua capacidade de mexer com as emoções e despertar o ânimo dos destinatários para o enfrentamento da realidade. Só não podemos cultivar a ilusão de que resolveremos tudo através de projetos comunitários, por mais que sejam componentes indispensáveis na longa luta pela democratização da comunicação. Temos que perseverar, em todos os planos, para mudar radicalmente a sociedade brutalizada e mercantilizada que aí está. Implica revitalizar a sociedade civil enquanto arena reivindicante, articular forças em todos os quadrantes para revalorizar a política como âmbito de representação de anseios e construir alternativas socioeconômicas e político-culturais humanizadoras.

Como a escola pública pode contribuir para trabalhar com crianças e adolescentes a maneira de lidar com a informação, de se relacionar com a mídia e com a sociedade audiovisual? Como o tema da "democratização da comunicação" pode ser abordado por professores no seu dia a dia com os alunos?
Há vários caminhos para uma ação conseqüente e articulada: projetos de leitura crítica dos meios de comunicação; oficinas de criação de conteúdos informativo-culturais alternativos; oficinas de webmídia para aproveitamento educativo-cultural de espaços virtuais de difusão e interação (blogs, publicações eletrônicas, murais, grupos de discussão, comunidades de interesses); estímulo à pesquisa comparada na Web, para evidenciar como os fatos e os acontecimentos podem ser abordados de distintos modos em diferentes veículos de informação; ciclos de palestras de profissionais comprometidos com o desenvolvimento de projetos sérios de comunicação participativa e inclusiva. Mas tudo isso precisa obedecer a uma concepção estratégica que integre ações formativas e intervenções críticas, no marco de políticas de comunicação de curto, médio e longo prazos. Isto exige um persistente e demorado processo de lutas, campanhas reivindicatórias e pressões organizadas para se democratizar a esfera pública, realçando-se o papel dos meios e sistemas comunicacionais na elaboração de programas, produtos, discursos e linguagens socioculturais não contaminados pela obsessão neurótica de lucratividade - obsessão constitutiva e condicionadora da lógica mercantil e perversa do modo de produção capitalista.”
Os trechos sublinhados configuram a necessidade extrema de se criarem redes alternativas na universidade e na comunidade em geral para haver perfeita harmonia nas relações inter-pessoais que fazem funcionar uma sociedade civilizada.
Os elos da corrente de (in)formação a qual nos circunda e à qual nos posicionamos acerca, também, devem ser conectados de forma completa e isonômica, tal qual programam e prescrevem os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Constituição Federal, da Lei Geral das Comunicações, da Lei de Imprensa, etc. mas (e mais) ainda da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e demais institutos federativo-estatais voltados à disseminação de ciência, cultura e socialização do ser coletivo.
Hodiernamente, contudo, observa-se uma obstacularização a esses projetos na academia (local/momento para prestação de resposta ao empenho do trabalho e manifestação de retribuição à inserção científica proporcionadas pela comunidade pagante dos impostos e taxas que mantém a universidade pública brasileira), ao invés de fomento ou incentivo cabidos e já de há muito faltosos para o segmento discente/docente. Mas o quê provoca tudo isso e quais os efeitos/conseqüências disso para o futuro da Comunicação Social?!

Idéias pedagógicas e sócio-políticas de Paulo Freire

Em palestra proferida ao Seminário Regional sobre Alternativas de Alfabetização para a América Latina e o Caribe, promovido e sediado em Brasília no ano de 1988, Paulo Freire tematiza a Alfabetização como elemento de formação da Cidadania.
O sábio educomunicador-professor, inicia analisando a combinação dos termos na frase-título de seu discurso, conforme se pode observar no trecho selecionado e transcrito a seguir (depois reproduzido na coletânea Política e Educação: ensaios):
“Seria mais forte ainda se disséssemos: a alfabetização como formação da cidadania ou a alfabetização como formadora da cidadania. Por outro lado, se faz necessário, neste exercício, relembrar que cidadão significa indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado e que cidadania tem que ver com condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e o direito de ter deveres de cidadão.”
E segue explicando que se faz mister, na análise intelectiva da frase, indagar os limites da alfabetização como prática capaz de geração nos alfabetizandos à assunção da cidadania ou não. Além disso, porque a compreensão dos limites da prática educativa demanda indiscutivelmente a claridade política dos Edu[comuni]cadores com relação a seu objeto enfocado.
Demanda até mesmo que o Edu[comuni]cador assuma a politicidade de sua prática. Não bastaria dizer ser a Edu[comuni]cação um ato político assim como não seria bastante dizer que o ato político é também, reciprocamente, Edu[comuni]cativo. O que se torna mais difícil, sugere Paulo Freire, é a tomada da história na mão. Provém daí a insistência do professor querer reinventar experiências, por meio da intervenção histórica, cultural e política via Edu[comuni]cação.
Daí existir a necessidade de competência científica que não existe por ela e para ela, mas a serviço de algo e de alguém, portanto contra algo e contra alguém adversos ao progresso da democratização e cidadanização.
Não menos prejudicial à prática progressista educomunicológica atual é a dicotomia entre a prática e a teoria que, de acordo com Paulo Freire, ora se vive em posição de caráter basista, em que só a prática em áreas populares ou comunidades marginais é válida, funcionando como uma espécie de passaporte do militante, ou então só se vislumbraria válida uma teorização academicista ou intelectualista dos processos sociais. Na verdade mesmo, o objetivo é a busca da unidade dialética, contraditória, entre teoria e prática, jamais sua dicotomia retrógrada, antiquada.
Para conclusão da sua fala, o grandioso mestre Paulo Freire sistematiza que a alfabetização tem a ver com a identidade individual e de classe, que ela tem a ver com a formação de cidadania também. Mas ainda nos diz que uma tal formação de alfabetizados que copiam e repetem conhecimentos alheios irreflexivamente sentenciam ao fato de que ler e escrever não são ferramentas suficientes para perfilar a plenitude da cidadania.
Especial é o pensamento desse autor ao explicar a relação da alfabetização burocrática e neutra com as realidades políticas, econômicas, culturais e sociais existidas no seio citadino:
“E aí se enraíza todo o problema, porque, de acordo com a pedagogia da liberdade, preparar para a democracia não pode significar somente converter o analfabeto em eleitor, condicionando-o às alternativas de um esquema de poder já existente. Uma educação deve preparar, ao mesmo tempo, para um juízo crítico das alternativas propostas pela elite, e dar possibilidade de escolher o próprio caminho.”
(...)
“No quadro do Movimento de Educação Popular, os alunos formados nos círculos de cultura são mais exigentes que os líderes populistas, vêem mais nitidamente a diferença entre as promessas feitas às massas e sua realização efetiva.”
Pois é nesse retrato e recorte pedagógico que reside a inserção de uma programação independente de interesses fechados ou reprodutivistas brasileiras: os meios de imprensa a serviço da democratização cidadã.
Rádio, Tv e Web Acadêmicas: vias alternativas

Exporei aqui uma seleta de trechos sobre cada meio e na visão de autores competentes em sua esfera profissional para falar do assunto.
“RADIODIFUSÃO: O GOVERNO QUER CRIAR UMA EMISSORA POR MUNICÍPIO
Cristiana Nepomuceno
M atéria gentilmente cedida pela Plano Editorial, publicada no Jornal Telecom, edição 179 em Setembro de 2003.

A universalização da radiodifusão é meta no PPA. Até 2007, 95% dos municípios têm que ter pelo menos uma emissora, seja ela rádio comunitária ou emissora de rádio ou TV Comercial. Para isso, dentro de dois meses o Ministério das Comunicações começa a licitar novas emissoras e a publicar avisos para a abertura de rádios comunitárias.

O Brasil tem hoje 3 mil emissoras de rádio e 500 de TV comerciais e cerca de 2 mil rádios comunitárias, mas ainda assim 55% dos municípios brasileiros não têm uma emissora de radiodifusão. Para permitir que essas cidades tenham, pelo menos, um meio de comunicação, o governo Lula propôs, no Plano Plurianual de Investimentos (PPA) 2004-2007, a universalização dos serviços de radiodifusão. Essa, alías, é uma das poucas novidades sobre o setor de radiodifusão que consta do documento - a outra prioridade é a implantação da TV digital. A meta é que, até 2007, 95% dos municípios brasileiros tenham uma estação de radiodifusão, que pode ser uma rádio comunitária, uma FM comercial ou uma TV. Hoje, segundo o PPA, apenas 45% das cidades brasileiras contam com uma emissora. Para multiplicar o número de emissoras e levá-las a localidades que não despertam interesse comercial dos radiodifusores tradicionais, o governo concederá novas autorizações de rádios comunitárias e abrirá licitações para concessões de rádio e TVs comerciais.

O secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Eugênio Fraga, adianta que, em dois meses, devem ser publicados novos avisos para a abertura de rádios comunitárias em 400 municípios, alguns deles incluídos no mapa do Fome Zero. Também serão colocados editais de concessão para instalação de rádios e TVs comerciais em cem a 200 cidades. Fraga explica que, no caso das emissoras comerciais, a maior parte das concessões será voltada para atender o mercado de rádio, que tem demanda maior e custo inferior ao de implantação de uma TV. Atualmente, tramitam no Minicom 8 mil processos relativos à concessão de rádios e TVs e, desde que assumiu a secretaria, a equipe de Fraga já conseguiu fazer com que 4.428 processos, correspondentes a 479 localidades, avançassem na tramitação.

Mas, segundo o PPA, a universalização da radiodifusão não se dará apenas por meio de licitações. É preciso alterar o marco regulatório para desconcentrar a propriedade dos meios de comunicações.

Os grupos controlam o setor

O documento afirma que as 3 mil emissoras de rádio e 500 emissoras de TV são controladas por apenas nove grupos empresariais que recebem quase 90% do faturamento do setor e controlam também novas tecnologias, com a TV a cabo. De acordo com Fraga, esse marco regulatório será a nova Lei de Comunicação Eletrônica de Massa, cujo debate o governo quer iniciar no ano que vem. Mas ele afirma que ainda é cedo para adiantar qual será a orientação da nova lei, se irá tratar de todo o setor de comunicação, incluindo TV digital e TV paga ou apenas radiodifusão. O PT sempre defendeu que o novo marco regulatório tratasse de todas as formas de mídia, inclusive das novas tecnologias. Provavelmente, a nova lei também tratará da questão da diversificação do conteúdo. No PPA, inclusive, está prevista a criação do programa "Democratização do Acesso à Informação Jornalística, Educacional e Cultural", que, conforme o documento, "pretende contribuir para a inserção social e o desenvolvimento a cidadania".

Mas, antes da nova lei, o Minicom está disposto a mexer em vespeiro - já que os radiodifusores costumam a apresentar uma resistência histórica e eficiente quando o assunto é alterar os mecanismos de funcionamento do mercado - e estuda modificar algumas regras de licitação da radiodifusão comercial. Segundo Fraga, o governo quer, por exemplo, evitar o aparecimento de laranjas nas licitações - empresas que disputam e vencem as concorrências com o único objeto de vender a outorga a terceiros posteriormente. O ministério detectou, recentemente, que um número pequeno de empresas sempre disputa e vence as licitações, mas nunca assina o contrato de concessão. O Minicom formulou uma denúncia e a encaminhou ao Ministério Público, que investiga o caso. Outra mudança poderá ser feita na análise das propostas técnicas. Hoje, de acordo com Fraga, a proposta de preço sempre define o vencedor da licitação. E as empresas apresentam propostas técnicas sempre iguais, com um formato pronto apenas para atender às exigências do edital. A idéia é avaliar com mais critério a proposta técnica e equilibrar os pesos das duas propostas. O Minicom está preocupado ainda em fazer com que as emissoras cumpram as determinações de veiculação de conteúdo educativo e local.

Mais transparência aos processos

O ministério também começa a dar transparência aos processos de concessão e autorização de emissoras. Apesar da deficiência na infra-estrutura de informática e da escassez de recursos, conseguiu montar um Sistema de Acompanhamento de Processo (CPROD), que, por enquanto, é acessível apenas na rede interna do Minicom, por meio do qual é possível acompanhar todo o andamento do processo de concessão. O ministério também quer interligar sua base de dados com a base de dados do Sitar (Sistema de Informações Técnicas Para Administração das Rádiocomunicações) da Anatel, que detém informações importantes dos radiodifusores como os nomes dos acionistas, o CNPJ da empresa ou se ela é devedora do Fistel. De acordo com Eugênio Fraga, a meta é que, até o início do ano que vem, todos esses dados possam ser consultados por qualquer cidadão via página do Minicom na Internet.

No caso das rádios comunitárias, várias informações já estão disponíveis no site do Minicom, como quem entrou com o pedido e a situação atual do processo. Além disso, hoje, qualquer entidade pode pedir vista para consultar o processo, o que não era permitido antes. "Agora, está sendo possível o controle social", afirma Fraga. No início do ano existiam 4.400 processos de rádios comunitárias paralisados no Minicom. Em abril, foi criado um grupo de trabalho, com representantes do Executivo, das rádios comunitárias, radiodifusores e sociedade civil, para acelera a análise dos processos. Depois de três meses, o grupo identificou problemas em 2 mil processos e deu prosseguimento aos 2.200 restantes. E, no final de agosto, 1.821 processos haviam sido autorizados. O problema é que, enquanto o grupo trabalhava, outros mil pedidos chegaram ao Minicom. De acordo com Fraga, o objetivo prioritário da secretaria não é modificar a legislação de rádios comunitárias e, sim, agilizar e desburocratizar a tramitação dos processos.

Antes, o prazo médio de conclusão de um processo era de 18 meses, agora, se não houver problemas com a documentação da entidade e com o projeto da rádio, ele pode ser concluído em 60 dias. Dentre as modificações possíveis na legislação, Fraga vê com simpatia a idéia de ampliar a potência das rádios comunitárias - hoje o permitido são 25 watts - nas localidades com menos de mil habitantes, e que não despertam interesse de radiodifusores, para que o sinal possa atingir a área rural.”

“TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA:
TV Educativa em Terceiro Grau

Gabriel Priolli

A Televisão Universitária não é apenas o segmento mais novo da televisão brasileira. É também o de mais rápido crescimento. A partir de 1995, quando tomaram impulso as iniciativas nas instituições de ensino superior (IES), de se organizarem para a produção e veiculação regular de conteúdos educativos-culturais por televisão, nada menos que 34 canais surgiram no país, em diversas operadoras de TV a cabo – uma média impressionante de quase três canais por ano. Somando-se a eles as emissoras educativas tradicionais, de sinal aberto, que são controladas por IES, o número de canais em operação sobe para 49. Já são cerca de 100 as IES que têm alguma atividade de produção de vídeo no Brasil e 87 delas utilizam-se de canais universitários.

São números expressivos, sob qualquer critério. Eles revelam que a universidade brasileira, muito rapidamente, vai deixando para trás antigos preconceitos contra a televisão e passa a confiar no potencial dessa mídia para a difusão de informação, cultura, educação e cidadania. A mesma universidade brasileira, que levou quase 20 anos para admitir que a televisão podia ser um objeto sério de pesquisa acadêmica (a TV surgiu no país em 1950 e apenas no final dos anos 1960 apareceram os primeiros estudos sobre ela, no campo da sociologia e da comunicação), agora dá um grande salto em seu processo de compreensão do fenômeno televisual e se põe, ela mesma, a fazer TV.

É um quadro animador, visto em seu conjunto. Mas é também preocupante, se analisado em pormenores, sobretudo nos aspectos da qualidade da programação oferecida ao público, da capacitação técnica do pessoal envolvido, e da acomodação dos novos núcleos de TV no interior dos organismos acadêmicos, com o forte contraste de mentalidade, ritmo de trabalho e necessidades que ela envolve. A Televisão Universitária está crescendo vertiginosamente, sim, e esse crescimento aponta para uma nova era no uso das tecnologias audiovisuais pelas IES. Muitos problemas devem ser resolvidos, entretanto, para que a multiplicação das antenas constitua-se, efetivamente, em florescimento da cultura e da educação nas telas de televisão.

Televisão Educativa. Nascida e criada Universitária.

A televisão educativa brasileira, a rigor, nasceu universitária. A primeira emissora educativa a entrar em operação no país, em 1967, foi a TV Universitária do Recife, vinculada à Universidade Federal de Pernambuco. Depois dela, pelo menos outras 12 instituições de ensino superior receberam outorgas de canais educativos abertos e vêm operando as estações, com suporte de programação das duas grandes emissoras educativas do país, que têm maior capacidade de produção e constituíram-se em “cabeças de rede”: a TV Cultura de São Paulo, da Fundação Padre Anchieta, e a TV Educativa do Rio de Janeiro, da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto.

Nem por isso, entretanto, é possível dizer que a Televisão Universitária começou no Brasil há mais de 35 anos. As emissoras operadas por IES no campo da radiodifusão (TV aberta, nas freqüências VHF ou UHF), hoje como antes, não oferecem ao público telespectador uma programação segmentada, especificamente universitária, entendida como aquela que revele os personagens, as atividades e os pontos de vista do mundo acadêmico. A vinculação dessas estações com as IES é, sobretudo, administrativa e financeira, até porque, dada as suas limitações de produção, a maior parte de seu conteúdo vem de fora, “importado” da TV Cultura-SP e da TVE-Rio.

Não se trata, portanto, de emissoras universitárias no sentido da expressão televisual do universo acadêmico. Ao contrário, a sua perpectiva é sempre generalista e, mesmo quando cuidam de difundir conteúdos especificamente educativos, além dos culturais, posicionam a sua comunicação ao nível do ensino fundamental ou médio, porque tem em mira a grande massa telespectadora, a maioria da audiência, que não tem formação superior. Essa televisão feita por IES, assim sendo, em quase nada se diferencia daquela televisão educativa produzida por fundações, institutos culturais ou outros organismos não-universitários. Nunca teve, até há pouco, razão para buscar alguma singularidade.

A Televisão Universitária, como tal, é fruto do processo de segmentação da TV brasileira, que começa em 1991, com a introdução da tecnologia do cabo. Ela surge, de fato, com a promulgação da lei federal 8977, de 5 de janeiro de 1995, conhecida como Lei da TV a Cabo. Esse instrumento, em seu artigo 23, institui os chamados “Canais Básicos de Utilização Gratuita”, que as operadoras são obrigadas a disponibilizar, sem custos para os assinantes ou para os provedores de conteúdo dos canais. Entre eles, especifica “um canal universitário, reservado para o uso compartilhado entre as universidades localizadas no município ou municípios da área de prestação do serviço”.

Um canal de TV assegurado por lei, e gratuito, mostrou-se um estímulo poderoso, motivando inúmeras IES a se aventurarem no campo da comunicação audiovisual. Com a obrigatoriedade, acabavam as penosas negociações entre IES eventualmente interessadas em fazer televisão, e as empresas de radiodifusão sempre reticentes, desconfiadas da capacidade produtiva da universidade e convictas da inviabilidade comercial de sua programação. Com a gratuidade da veiculação, caíam dramaticamente os custos para as IES, que precisavam investir tão somente em produção.

Já em 1995, meses depois de sancionada a lei 8977, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deram início à utilização do canal universitário na TV a cabo. Nas capitais e centros universitários importantes, as IES começaram a se articular, encontraram formas de compartilhamento do canal e foram lançando novas estações: em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Campo Grande, Vitória, Bauru. Em outras cidades, instituições assumiram sozinhas o desafio de manter um canal universitário: UFSC, em Florianópolis; FGF, em Fortaleza; UFF, em Niterói; UCS, em Caxias do Sul; FURB, em Blumenau; UNIMEP, em Piracicaba; UPF, em Passo Fundo; UNISC, em Santa Cruz do Sul.

A expansão da Televisão Universitária no cabo estimulou também as IES a buscarem o grande público, disputando novas outorgas de emissoras educativas abertas. Surgiram canais em Santos, Alfenas e Coronel Fabriciano. O desenvolvimento da transmissão de vídeo pela Internet, por sua vez, contribuiu para alargar o horizonte de distribuição da Televisão Universitária. A Universidade do Vale do Rio dos Sinos, de São Leopoldo, foi a primeira IES a transmitir a sua programação pela rede, usando tecnologia de “streaming”, antes mesmo de iniciar atividades na radiodifusão ou na cabodifusão.

Mesmo a televisão comercial não foi excluída, como plataforma possível de distribuição de programas universitários, nessa marcha consistente das IES no rumo da comunicação audiovisual. A PUC do Paraná, por exemplo, tornou-se fornecedora de programação cultural para a Rede Vida, o principal braço televisivo da Igreja Católica no Brasil. Embora religiosa, a emissora opera com publicidade comercial, nos moldes normais da televisão privada.

A quantidade de IES envolvidas, a variedade das propostas de programação, e a multiplicidade dos sistemas técnicos utilizados para a transmissão dos sinais são indicadores irrefutáveis da expansão da Televisão Universitária no país. Mas esses fatores positivos não eludem os muitos e complexos problemas que ela ainda tem de resolver, para se instituir como alternativa viável de modelo de televisão, no cenário audiovisual brasileiro. São problemas que merecem atenção das IES, mas que, em muitos casos, em razão da imaturidade de seus projetos de TV e da não-especialização de suas equipes – sobretudo as diretivas – sequer são percebidos em toda a sua magnitude.”

“TV Universitária: uma televisão diferente

Cláudio Magalhães*

Imagine uma televisão onde o conteúdo é tão importante quanto a forma. Onde “educativo” não é sinônimo de coisa chata, mas de entretenimento com conhecimento. Uma TV onde você veria caras novas discutindo questões atuais de pontos de vista os mais diferentes. Onde a ciência é vista como participante do cotidiano e não como algo exótico ou uma prática restrita a laboratórios inóspitos e cientistas malucos. Um lugar onde os formatos tradicionais de se fazer programas de televisão se unem a ousadias, propostas inusitadas e linguagens experimentais, propícias daqueles que ainda não se padronizaram por modelos confortáveis e conformistas.

Esta televisão existe, tímida, reclusa, propensa a erros e acertos nas mesmas proporções, mas persistente como os primeiros pioneiros de televisão no Brasil. É a Televisão Universitária.

Que não se pense que trata-se de algo novo. A primeira TV Universitária surgiu em 1967, em Recife, e foi, então, a primeira TV Educativa do país, categoria de televisão criada pelo Decreto-Lei 236, de 1967, que contrapunha a televisão comercial, já em grande expansão pelo país. Mas, embora tenha começado bem, a televisão universitária não teve grandes avanços pois, mesmo tendo preferência para as obtenções de outorgas, as universidades foram preteridas quando da distribuição de canais. As TVs educativas serviram, por muito tempo, como moeda de barganha política e de instrumento estatal de divulgação ‘oficial’, desvirtuando o objetivo de criar uma opção de televisão preocupada com o conhecimento.

O grande passo foi dado mesmo em 1995, com a Lei 8977, a conhecida Lei do Cabo, que obrigou as operadoras a criarem os “canais básicos de utilização gratuita” (Art. 23) para uso de interesse público, entre eles o canal universitário. Conquista da comunidade acadêmica, e não favor das operadoras, a legislação foi o estopim para uma primeira expressiva expansão de instituições de ensino superior (IES) em busca de sua televisão. Inicialmente utilizando-se de seus laboratórios de audiovisual dos cursos de graduação, rapidamente as IES descobriram na TV um importante instrumento de extensão acadêmica e contato com as comunidades de seu campo de atuação, institucionalizando sua estrutura e fazendo com que a TV servisse ao projeto geral da entidade.

Hoje existe mais de 30 canais universitários a cabo e 15 televisões educativas abertas mantidas por IES, envolvendo cerca de 100 entidades acadêmicas produzindo TV. Esta expansão fez com que surgisse a ABTU – Associação Brasileira de Televisão Universitária, que agrega IES produtoras de TV, tanto a cabo como aberta, e que é a interlocutora do segmento. A outra atividade da Associação é incentivar as IES a fazerem TV universitária das mais diversas maneiras possíveis.

É que um dos conceitos de Televisão Universitária mais adequados é aquele que prevê a produção por Instituições de Ensino Superior (IES) e transmitida por canais de televisão (abertos ou pagos) e/ou por meios convergentes (satélites, circuitos internos de video, internet), quaisquer que sejam eles e que tenham potencial de crescimento de audiência. Ou seja, desde que a produção audiovisual seja realizada pela comunidade acadêmica e saia do ambiente restrito da sala de aula e dos laboratórios, se está fazendo TV Universitária. E a difusão é tão importante quanto a produção pois é esse o caráter da televisão.

Não importa se é produzido pelos alunos, professores, funcionários, pesquisadores ou todos eles em conjunto, mas sim que seja pautada estritamente à promoção da educação, cultura e cidadania e que tenha o desejo de ser visto pelo maior número possível de pessoas. Daí, produzir e transmitir para uma cidade de 1 milhão de pessoas ou levar um programa de prevenção aos postos de saúde do município, se está fazendo TV Universitária.

Por ser um segmento bastante interessante, juntando a sisuda academia com a nem sempre tão bem comportada televisão brasileira, a TV Universitária tem sido, cada vez mais, objeto de estudo. Não é para menos, já que, até recentemente, era ainda grande o número de professores e pesquisadores que olhavam de nariz torto para a televisão. Ver a academia se apropriando de um veículo muitas vezes rejeitado é algo a se estudar. Diversas IES já incentivam seus estudantes, tanto na graduação quanto na pós-graduação, a desenvolverem projetos que estudem, pela academia, o segmento de TV universitária nos seus mais diversos aspectos.

Não há, no entanto, uma linha de pesquisa específica para isso, centralizada ainda nos programas de comunicação social, com honrosas exceções. Alguns destes trabalhos podem ser visitados na página da ABTU , de longe o site com o maior volume de informações do segmento, inclusive com notícias atualizadas da movimentação do setor.

Haveria muito ainda o que dizer da TV Universitária do que nos permite o espaço. Principalmente em relação a difusão de conhecimentos gerados na academia, ao seu potencial de promoção e reforço de valores de convivência democrática, o atendimento a demandas de informação e de entretenimento, a inclusão e a participação social, o apoio às comunidades, tudo que hoje a TV tradicional não oferece a contento e que a TV Universitária, não só tem o potencial para tal, como está na sua gênese. Sem esquecer de todos os problemas institucionais, dilemas conceituais e confrontos que esta proposta de TV alternativa oferece.

Basta terminar dizendo que acredito em uma TV Universitária feita com esforços conjuntos: dirigentes, professores, funcionários, alunos, instituições sociais públicas e privadas, empresas, telespectador. Pois é assim o caráter da atividade de tudo que é público e social: difícil, traumático, demorado. Mas formador, cidadão, democrático.

(Artigo Especial para o C&T JOVEM 31/10/2003)


* Cláudio Magalhães é Mestre em Comunicação Social e Doutorando em Educação, ambos pela UFMG.
É jornalista e professor, vice-presidente da ABTU – Associação Brasileira de Televisão Universitária, coordenador da TV UNI-BH Inconfidentes, Ouro Preto/MG e autor do Manual para uma TV Universitária.”

“Jornalismo em tempo real

Sobre webjornalismo


O webjornalismo tornou-se uma nova modalidade de comunicação viável na Era dos Computadores. De uma forma instantânea, essa veículo de informação chega a milhares de computadores interligados em rede.

No webjornalismo a notícia é a ferramenta básica. Uma de suas principais forças é a velocidade como a notícia de fato é processada. O internauta é capaz de receber três acontecimentos ou mais quando as circunstâncias estão acontecendo, todos atualizados. Seu formato tem que ser conciso, sintético, colocado em ordem direta: sujeito, verbo e predicado.

Outra característica do webjornalismo é a possibilidade e a diversidade de links, conhecida como a hipertextualidade. A segmentação é muito forte como esporte, economia, política....

A desvantagem, comparada a outros meios, é que nesse meio de informação, a publicidade conseguiu seu grande espaço, não deixando um certo tema ter profundidade em um assunto por demanda de espaço, contribuindo para que haja um maior poluição visual. Esse tipo de acesso interpretado pela ótica social, ele é excludente. Há sites que não tem credibilidade no que publicam para chamar atenção do leitor.

José Pompílio

Perfil do leitor da web

Os leitores de jornalismo on-line têm um perfil jovem entre 18 a 25 anos, onde destaca a juventude, o dinamismo e a procura por meios eletrônicos. O jovem de hoje é o reflexo da infância do vídeo game de antigamente, desde então as crianças foram sendo alimentadas por meios eletrônicos, que reforçaram essa atitude dos dias modernos.

Fica bem claro que quem lê na internet geralmente nunca está só lendo o jornal, sempre está fazendo outras coisas como, por exemplo, trabalhando, falando com alguém no telefone e mandando e-mail para um amigo, isto é sinal que quando estamos em frente de um computador ficamos liberados para fazer de tudo um pouco, coisa que para um leitor de jornal impresso, fica quase que impossível fazer tudo ao mesmo tempo.

Vivemos numa sociedade de informação, mais apenas absorvemos dados, tudo é muito rápido e jamais veremos algum usuário de e-mails escrevendo cartas e se deslocando até o correio para posta-las, porque com a internet há mais interatividade e dinamismo em qualquer meio.

O usuário quando senta e acessa um portal qualquer, ele se sente único e gosta de ser ouvido, portanto ele acaba interagindo com outras pessoas, com essas mudanças o padrão de informação e entretenimento de massa modificou competindo entre si.

No conteúdo on-line vai muito mais além do que textos, fotos e gráficos, ele se completa adicionando vídeo, áudio e ilustrações animadas, o conteúdo estará espalhado por quase todos os produtos oferecidos nos endereços eletrônicos da rede.

O leitor de web quer ter em mãos a realidade e o humor e o jornal virtual é a expressão máxima de tudo isso.

Shirley Pinto

O caso das agências

Com a globalização, os veículos de informação têm que, cada vez mais rápido, informar aos seus leitores sobre o que acontece no mundo inteiro. Diante desta necessidade, como não seria possível manter correspondentes ou enviados especiais em todas as cidades do mundo nem receber as notícias com a suficiente rapidez, nasceram as agências de notícias que funcionam com mais imparcialidade do que os outros veículos de comunicação e têm um padrão de qualidade e de credibilidade bastante rigorosos. A primeira delas foi organizada por Charles Havas, um francês de origem húngara, em 1835. A Unesco define a agência de informação como “ empresa que tem principalmente por objeto, qualquer que seja a sua forma jurídica , obter notícias e documentação de atualidades, que sirvam para exprimir ou representar os fatos, distribuindo-os a um conjunto de empresas de informação e, excepcionalmente, a particulares, mediante o pagamento de determinada importância, de acordo com as leis e usos comerciais, sempre à base de um serviço mais completo e imparcial possível.” As agências têm como função colher a informação, transmiti-la, elabora-la e difundí-la dentro do menor prazo possível. Elas dispõem, para tanto, de meios e serviços apropriados, cuja peça principal é, sem dúvida, sua enorme rede de correspondentes espalhada pelo mundo inteiro para receber as notícias em toda parte e a qualquer momento.

Jornalista, professor universitário e correspondente da Agência Estado desde maio de 1998, Lauriberto Braga nos contou um pouco sobre a sua experiência como correspondente e falou também sobre o funcionamento interno de uma agência de notícias. Segundo Lauriberto, pela manhã são enviadas à agência as sugestões de pauta que serão levadas a uma reunião de pauteiros onde são decididas as matérias que serão produzidas no decorrer do dia. Após a produção da matéria, elas são editadas e disponibilizadas no site da agência. O funcionamento das agências de notícias, normalmente, é de segunda a sexta, de 7h30 às 19h. Após a produção da matéria, elas são editadas e disponibilizadas no site da agência. Os correspondentes não cumprem expediente e são remunerados de acordo com o que produzem, em média R$ 50,00 por cada dez linhas escritas.

A partir do ano de 1995, as agências de notícias sofreram um impulsionamento causado pelo avanço da internet que fez com que as agências alcançassem um maior público e fossem mais procuradas pelos assinantes devido à instantaneidade das informações. “Não pensem em montar uma agência para os clientes te manterem, você tem que expor o seu material para conquista-los”, aconselha o professor.

Caroline Lemos”












Inferências objetivas

Do amostrado aqui, é latente e plausível a emancipação de movimentos de comunicação pró rádio, tv e web acadêmicas, formando o profissional midiático pleno e oferecendo importante parcela de serviço cidadão à comunidade universitária e em geral.
Portanto, se a lógica da globalização é excluir digitalmente os desinformados e desamparados leigos da sociedade do conhecimento informatizado, os movimentos sociais educomunicantes progressistas (nos espaços/tempos universitários ou outros) devem equiparar-se em instrumental em tal enfrentamento simbólico das convenções mercadológicas e ideológico-alienante das manifestações de toda linguagem humana, pois na sua essência e existência cotidianas se faz inadiável a elaboração de estratégias para combater a opressão de direitos e confirmar a liberdade de expressão, informação e comunicação.
Seja este objetivo real dos acadêmicos do jornalismo de ora para frente, meta para os já profissionais docentes em constante reciclagem de saber e desafio para os administradores das instituições públicas, gratuitas, qualificadas e dignas de serem chamadas universidades.












Referencial bibliográfico

BRASIL. [Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.] Alternativas de Alfabetização da América Latina e o Caribe.Brasília: INEP, 1988. pp.17-28 (Série Encontros e Debates)

DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania.São Paulo: Moderna, 1998. (Coleção polêmica)

DIAZ BORDENAVE, Juan E. O que é Comunicação.São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção primeiros passos)
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e Silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra] 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980.

(Principais sítios consultados na internet)

http://www.abtu.org.br/default_home.asp

http://www.fazendomedia.com

http://www.intervozes.org.br/digital/manifestos/manifesto0.htm

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