Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 8 de julho de 2006

Dá um grito aí e levanta a mãozinha, na palma, vai!... E aí então tipo assim a gente se encontra lá!

Bye, bye, Micarina Meio Norte?! Hi Piauí Pop Cidade Verde!?


A realizaçãode eventos culturais abrangentes e diversificados é um pressuposto de metropolização, poliestilizações e multiplicidade étnica-grupística. No Brasil consagram-se feriados extra calendário tradicional para algumas festas não-populares também, de cunho mais interativo e folkcomunicológico; dentre essas estão as micaretas e festivais artístico-musicais. No Nordeste, predominam eventos de expressividade regionalista, arraigada aos valores-hábito do corriqueiro festejo de totens e santos e paganismos rurais, associados a elementos academizados, civilizados e cepticizados nas vias urbanas: mesclagem de figuras ora costumeiros, proverbiais dos ditos e tidos populares, ora das expansões e atualizações dos centros conglomerados humanos capitolistas. Em nosso Meio-Norte, especificando em nosso Estado, o Piauí, tomamos exemplo prático para teorizar dois fenômenos midiático-culturológicos: a Micarina Meio-Norte e o Piauí Pop.

A Micarina Meio-Norte, nascida em inícios da década de 1990, contava com artistas de trio elétrico a tocar sons carnavalescos, desde a batucada meio africana, correndo também por sons samba-roque em alguns momentos, até a axé-music dos novíssimos baianos, e depois até alguns ritmos mais pagode. Intui-se qual seu público: uma massa de foliões e carnavalistas de todas as idades, predominância dada aos jovens, e de todos os lugares do Norte-Nordeste, mormente os locais, daqui de Teresina. A Micarina apresenta o sistema de venda de abadás e de outros pacotes de folkturismo para motivar a participação de grupos de caravaneiros doutros lugares e fortalecer a numerosidade de contempados pelo acontecimento. Estruturalmente existe a divisão dos blocos, cada um com caminhões de trio elétrico e grupos/bandas artísticos delimitados para cada tipo de abadá ofertado; em seguida, aparece bloco fora de capital (Teresina) para o litoral em Parnaíba, Luís Correia: Micarina versão Beach (praia). aparece após então uma versão fechada, indoor, que executa ritmos mais house, tecno, rave e eletric. Apetrechada também com programas de tv, rádio, jornal e site, a Micarina é então ameaçada por um de seus ex-organizadores, num evento pretencioso e inusitado...

O Piauí Pop eclode num cenário bastante propício e de irrefutável necesidade: carência de evento englobante do público apreciador de música popular brasileira e nordestina contemporânea, roquenrol, balanço eletrônico, reggae, folclórico, forró pé-de-serra, entre outros, diferenciados ou exauridos da micareta fora de época do grupo de Paulo Guimarães, sistema Meio Norte. Marcos Peixoto, o idealizador desse insurreto festival, era o testa de ferro feitor da Micarina que, por algumas divergências de direito e desentendimentos comerciais com o grupo da ex- Emissora de Comunicação Timon reage apresentando essa contra-proposta independente, alheia e pioneira no cenário cult piauiense. O Piauí Pop congregou e arregaçou os punhos na elaboração de um espetáculo novo, envolvente e duradouro: coisa que a MP&A já estava calejada e experimentada pela Micarina ao longo de mais de um sesquiênio(15 anos); restava elaborar um roteiro, um projeto piloto e mutante, o qual soube aproveitar a empresa sírio-libanesa dos irmãos Tajra com eloqüência e propriedade fantástica. O evento hoje encarna o espírito de show maduro, empreende uma maratona jovial e enérgica para conquistar adeptos, afiliados do passaporte Piauí Pop, com pacotes conjugados de várias marcas mercadológicas e esferas propagandistas ou de marketing tecnológico. Tanto que o canal Cidade Verde, em suas multimídias, desenvolve o ofício de hipnotizar e cercar o consumidor-alvo com estratégias exageradamente diretas, todavia eficazes, na epidemização da febre culturística. Tanto que o informativo da tevê, o Programa Pop, hoje F5, traz uma série de linkagens aos vaiegados sub-produtos e sub-itens acessórios mas com cara de principais e indispensáveis auxiliares da trupe aciganada para a Cidade do Rock, nos quintais e adjacências do Jóquei Clube de Teresina.

Assim, apresentados esses pormenores introdutivos, meio que pedagógicos...nos sugestiona o raciocínio jornalístico, a se perguntar algo do episódio: a Micarina foi traída e vencida por seu filho pródigo, um Judas reapaixonado pelas tendências mais pops ao invés das anteriores; ou foi apenas uma jogada de merchandising, de salto para outra vertente contextualizada com os recentes modificativos da moda cultuada pela sociedade na "selva mesopotense"? O plágio é um assunto cogitável,ou são categorias distintas de catequese midiológica, da venda auto-(in)formativa? Os associados dessa e daquela corrente da lazer e diversão, sabem explicar o que os leva a um ou a outro comportamento, de ideologizar a matrix que os programa? Entre outras figurações, o Piauí Pop é o sucessor natural ou artificial da Micarina?
Para quaisquer desses indagos ocorrem respostas, hipóteses e explicações plausíveis. Mas, no entanto, comparar é algo até mesmo falho para uma pesquisa de opinião tão disforme, antípoda; o mais correto proceder seria apresentar característicos de "quetal" e de "ental" ocorrência para checar e apurar o "sintal" da proposta de estudo pela materialidade histórico-dialética discursiva. A indústria cultural é dinâmica, logo o comprador de sua vendagem tem de primeiro testar amiúde o estoque vendável, para que se julguem as demandas e se estimatiza/afere o resultado, parcialmente mas averiguável.

Sirvam-se primeiro dessa cultura, em seguida à digestão e degustação, comentamos a refeição do lazer com aquela conversa!
(...)

João Paulo Santos Mourão
08/07/2006
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sexta-feira, 7 de julho de 2006

A cultura da craqueza burguesinha: o time de futebol..da CBF

Crônica da Seleção Brasileira na Copa Mundial de 2006
E o quadrado mágico ficou na imaginação dos marketeiros futebolísticos ...


“...Passa do 1º quarto do segundo tempo de jogo. O juiz apita e aponta em direção à meta de Dida. Falta na intermediária lateral esquerda do ataque francês; Zidane cobra alto na segunda trave e Henry completa de primeira, pra dentro do gol, com o lado de dentro do pé, livre de marcação. França 1 X 0 Brasil. Placar final. O time de Parreira e Zagallo é mais uma vez derrotado em copa do mundo pela equipe de Zizu e cia.”
A campanha apresentada pelo time de Carlos Alberto Parreira, que se vocês quiserem chamar de “A Seleção Brasileira de Futebol 2006” é opcional de vocês, foi irregular mas muito previsível e lógica. Aliás, surpreendente mesmo foi a chegada do time de Terra de Diabólica Cruz (pois o Santa ficou pra lá com Luís Felipe Scollari e os lusitanos) nas quartas de final do mundial alemão: com demonstração de cansaço, desinteresse, moleza e peso, [oposto do time enérgico, ligado, eufórico e flutuante que chegou a ser assediado como favorito para chegar às finais da copa novamente] a esperança da torcida brasileira ficou naquele Sábado definhada e exposta como uma ressaca envergonhada.
Retrospectivamente em momentos próximos na recente memória do assistente de tevê e ouvinte de rádio brasileiro, lembramos que o time de Parreira em 1994 foi tetra-campeão em circunstâncias de certa sorte nas partidas, confiança profissional nos atletas, mau-desempenho de algumas seleções oponentes e vigor nos lances decisivos; mas nem por isso foi simples e desmerecida a vitória. Em 1998 o time de Zagallo foi um vice-campeão sim, contudo mais arrebatador e respeitado: em virtude de problemas com o então destaque do time no ataque – Ronaldo Fenômeno, o mesmo da camisa 9 atual, foi apresentado como tendo apresentado problemas convulsivos na véspera do jogo decisivo com a rival França do meia-atacante surpresa daquela copa – Zinedine Zidane, o idêntico camisa 10 hodierno, que marcou duas vezes na final e fraternizou mais ainda a pátria francesa com o futebol técnica. Em 2002, o time de Felipão jogou uma copa bem dura e inexoravelmente difícil, mas teve no técnico pulso e cabeça pra comandar a equipe disciplinada pra competir e livre pra jogar – cujo resultado houve na vitória que nos assomou o penta-campeonato.
Agora, retomemos o presente: o elenco de Parreira e Zagallo foi o que recebera as melhores condições de atuar – grandes jogadores, alguns ditos craques; momentos para haver treinamento em geral e entrosamento em campo do time; grupo “relativamente” mais fácil na 1ª fase; etc – mas demonstraram o cúmulo da incapacidade, da inexperiência, do pré-enaltecimento e do comodismo. A mídia contribuíra de toda forma imaginável para isto, ensoberbecendo os cartolas da CBF pelas volumosas e exageradas notícias, matérias, reportagens e especiais sobre a rota da seleção rumo ao hexa. Esqueceram-se das demais 31 seleções mundiais que lá estavam e só tinham atenção prum grupo de moleques que por alguma ironia, ilusão ou piada de péssimo gosto vestiram a camisa canarinho em representação da nação mal-amada, mal-honrada, mal-defendida e mal-expressa que ali figurativamente destampou-se para o mundo.
E o quadrado mágico, com os cracaços – Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano – e Ronaldo, cedeu sua brilhante popularidade ao triângulo comum, com os simplórios – Dida, Juan e Lúcio – os verdadeiros sobreviventes da masturbação midiática que as todo poderosas Globo e similares aprontaram, mas que jogaram lá o futebol humilde, seguro e eficaz que era o que realmente poderia levar o time ao estrelato, à final e até ao hexa-campeonato... quem dera...
Então, fica o ditado pros que apreciam o futebol: mais vale três bons defensores que instáveis quatro atacantes. O coletivo precede o individual. A realidade antecede a imagem. O jogo prescinde o comentário. A teoria sem ação nunca é práxis. E viva o povo brasileiro, que estuda, trabalha, inventa, progride...e ainda supera o lazer.. infeliz.
João Paulo Santos Mourão - 03/07/2006

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quinta-feira, 6 de julho de 2006

Valha-me Deus! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! [+]

Deus é brasileiro

Eu cansei dessa esculhambação de vocês e resolvi tirar umas férias que ninguém é de ferro, então preciso de um santo descansado que tome conta das coisas na minha ausência.

FRASES DE DEUS“Eu sou aquele que é. O que não tem nome. O inominado.”“Você é burro assim mesmo ou pegou sol demais na sua cabeça? Se eu apareço por aqui, não vou ficar fazendo espalhafato, nem dando bandeira de Deus. Não é o caso e eu não gosto.”“Fazer milagre não é coisa simples. Quando a pessoa faz tem de reajustar tudo. Buliu aqui, tem que bulir ali, é uma trabalheira que não acaba mais.”“Criei vocês com tanto gosto! Mas alguma coisa não deu certo. Vocês só fazem besteira, é só guerra, miséria, intolerância, exploração, sacanagem...”“A culpa não é minha, a culpa não é minha! Eu fiz o mundo e logo em seguida o livre arbítrio.”Eu cansei dessa esculhambação de vocês e resolvi tirar umas férias que ninguém é de ferro, então preciso de um santo descansado que tome conta das coisas na minha ausência.”“Quero sair por aí como antigamente, passeando pelas galáxias, de bobeira, batendo pernas pelas estrelas sem ter nada o que fazer, de pernas pro ar, só assistindo àquelas maravilhosas explosões nucleares de supernovas de neutron. Bum! Bum! Bum!”“Nunca escrevi nada por linhas tortas a minha vida inteira, vocês é que não sabem ler!”“Santo anda dificílimo. Quando acho um, boto as mãos pro céu.”“Tudo acaba sempre é nas minhas costas mesmo! Todo mundo só quer moleza, é tudo de mão beijada. É Deus me dê saúde, Deus me dê marido, Deus me faça ganhar na loteria, Deus mais isso, Deus mais aquilo. É tudo eu, eu, eu! A pessoa se estressa...”“Eu sou uma pessoa fácil de se conviver, só não suporto que discordem de mim.”

fonte: http://www2.uol.com.br/columbiapictures/hotsites/deus_brasileiro/
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Facho de poeria e luz em plenos selvagens

Visagem deusdiabense na Terra do Sol Equatorirrando

se te pedissem agora na redação de o pasquim: escreva um texto de lead para o tema :
"a casa de taipa do piauiense"
o que farias?!
é só uma idéia súbita
a partir de uma leitura aqui
é preciso conhecer para fazer comentários;
mas quem não conhece só especularia idiotices
pois o principal é inserir a leitura na gravura mental
pois o principal é inserir a leitura na gravura mental (bis)
do comunicado
algo cinema hoje
mas sem noção.
deix'pralá
câmera
visor
luz

ñ
;
.
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