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sábado, 27 de maio de 2006

A Sociedade do Espetáculo: Vínculo (I)mediato

Na dialética dos escombros para as torres babelísticas diuturnas e noturnas e vespertinas e madrugais uma atômica partícula humana pulsa e desintegra uma grande quebra...de valores, bolsas, óikonomias & pólitikes...
Satisfaz-te com o teu fetiche de hoje, porque logo e breve ele poderá tornar-se objeto ou produto de hermafrodegradação, desse modo, dizem os mestres:

"A SOCIEDADE DO ESPECTÁCULO

CAPITULO I

A SEPARAÇÃO ACABADA

E sem dúvida o nosso tempo... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser... O que é sagrado para ele, não é senão a ilusão, mas o que é profano é a verdade. Melhor, o sagrado cresce a seus olhos à medida que decresce a verdade e que a ilusão aumenta, de modo que para ele o cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.

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Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espectáculos. Tudo o que era directamente vivido se afastou numa representação

Traduções diferentes
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Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espectáculos. Tudo o que era directamente vivido se afastou numa representação.

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Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação


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o governo é representativo, a televisao e a arte representam a vida, sua roupa representa o seu ser, um mundo de representações.
e mais pra frente debord conceitua espetáculo... " (extraído da comunidade orkutiana: A sociedade do Espetáculo, acessado em: maio/2006).

Bem, que o lumpem proletariado tenha já aprendido a ler e escrever e saber eu não o sei; mas que, depois que o trabalho humano virar exceção, o desemprego dominar tudo e a vida tornar-se indigna do Capital (ou vice-versa), a gente poderá desestranhar esse meu agora sentimento, não de mundo, mas de espírito da acumulação avançada dovalor-dinheiro.
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Piauí Sampa: um Rio de Brasílias capitais!

A mostra de produtos piauienses em São Paulo é uma dupla resultante: tanto da necessidade de expor gêneros confeccionados, produzidos e/ou fabricados na "Terra Querida" num mercado consumidor mais nacional-internacionalizado como o é a capital paulista, quanto da carência regional a demonstrar para com os milhares de imigrantes daqui hospedados na terra da garoa e do perenetrânsito em geral.

Mais uma oportunística ocasião de desescrotizar a impositiva e reiterada injúria, calúnia, difamação e menosprezo irresponsável transmitido pelas mídias paulistanas e do centro-sul-sudeste para com o piauiense e o norte-nordeste brasileirinhos...porque daqui, se não souberam ainda eles, os sabichões e nobres bandeirantes/entradistas de sãovicentinas colonialidades e imperiosidades, a população bugre e negróide e pardavasca é que tem sustentado, construído e motivado a super-estrutura que hoje chama-se metrópole paulista. Ai deles não fossem os criadores de gado e plantadores de cana do Piauí...estariam eles hoje ainda na sua medicridade barata de pequeno burgo arrebitado e enfaustado na imaginação de seus ridículos habitantes mesquinhos.
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quarta-feira, 24 de maio de 2006

Mercado Central: a peça caricatural de Therezina

O balé folclórico da cidade de Teresina se nos apresenta agora com uma montagem ceno e coreográfica de profunda raiz sociológica: a fenomenização no palco de rotinas de vida personificantes dum cenário cultural da capital: o Mercado Central de THE.

Lá naquele "pedaço" de nosso lugar-coloquial, para quem possui a experiência concreta e particularíssima ao frequentar desse espaço,temos o encontro de boxes sortidos em hortifrutigranjeiros, cabinas de açougue, stands de peixaria, microgalpões de temperos e condimentos, cubículos de mercearia e miudezas generalizadas (conforme o vocabulário conosco legado pelo mestre Cineas Santos..).

E eis aí que a proposta desse grupo dançarino é ver, ouvir, cheirar, degustar, apalpar e sentir a movimentação a pulsar num trabalho digno da arte: documentária daqueles seres humanos sagazes, folclóricos, lendários mesmo, que lá subsistem, criam modos de habitar e comportar e, afinal, nos garantem isso também em alguma medida incalculável pelas máquinas registradoras ou similares.

A apresentação dessa caravana de artistas, que conta com minúsculos investimentos governacionais, mas tem jogo de cintura (literal e metaforicamente) para lidar com as surpresas e novidades inssurgentes ao ofício e perseverança imbatível ao promover o desenvolvimento cultural e humano do povo piauiense, apresentar-se-á nos teatros locais e, em agosto, partirá para a velha e aconchegante ilha dos artistas circenses-teatristicos-bailarínicos - Prússia, atual Alemanha - logo, logo.

E demonstra aos cépticos e inertes desamparadores culturais das torres de concreto, vidro, madeirames e ferragens o quanto o corpo humano pode significar mais que papeluchos estocados em cofres e/ou projetilhos infundados, exdrúxulos e irrepresentativos de ascensão cosmopolita da nossa comunidade, nossa aldeia de talentos resignados pelo poder público e privado também. Mas, oitavas artes ainda virão e o joguete politiqueiro desmoronará egoísta em suas ambições, ganâncias, cobiças e cupidezas...
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