Tristhes Tzarismos Dada�stas
Relato Comunicológico
A palavra é meu dom pela vida afora. Sem essa, creio que o mundo e a humanidade nem
poderiam estar assim como hoje estão. Não seriam, também, a linguagem e a expressão tão
completas: faltar-lhes ia um quê de haver o qual lhas pudessem explicar por instrumento simples
e comunicável generalisticamente - o alfabeto, suas sílabas, seus sons, suas grafias, as
primordiais construções morfológicas, sintáticas, semânticas, estilísticas e léxicas...
O texto é nosso labutar pela significação. Dar significados para a essência dos
objetos, seres e coisas ou fenômenos do algo sensível; para a existência nossa mesma e de
nossos convivas enquanto criações de tal iguala e criaturas de tão saber. Entonação dum
espetacular ciclo hereditário vital, de cuja sorte ninguém pôde descobrir ainda razão ou modo
algum para evitar término; aliás, há talvez um jeito de morto viver - que é ter se
personalizado pelas linhas de uma obra.
A conversação e a escritura são dois métodos de uma relação matriz a qual chama-se por
aqui, ali e aí de civilização ou humanização. Sem essas marcas nunca nos perceberíamos ao longo
do tempo histórico e do espaço geográfico, assim como da memória psíquica e da cultura
antropológica. Documentos, das mais variáveis dimensões e/ou formatações nada representariam
sem o mínimo duma explicação falável e escrevível, legível.
Portanto, quando hei eu despertado ao amanhã ou adormecido hoje, posso pensar em
lembrar do ontem, anteontem, tresanteontem ... e aí revivenciar imaginariamente o hojeístico,
até por fim calcular e projetar o providencial porvir amanhã, depois de amanhã, depois de
depois de amanhã ... pois, ao apresentarmos esse característico auto-discursivo e então
transmissível pelas gerações das gentes, ah!- revelar-nos-emos agora civilizados, já os seres
humanóides, práxicos dos símbolos únicos em nosso percurso de espírito: palavra.
João Paulo Santos Mourão
11/11/2006
protesto na central de busantes
-
Na central de busantes
uma palavra se ouvia, um eco ardia aos ouvidos:
protesto, protesto...!
Ninguém ao certo sabia
porque aquele grito surgia
nem porque ...
Há 9 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário