Sobre o novo 007 O filme Cassino Royale 007 é uma remodelagem para nossa época do primeiro livro a contar as façanhas desse agente secreto inglês: James Bond. Isto é, tudo concebido sob a expressividade do autor Ian Fleming e a receptividade do público britânico em meados de 1950 e, depois, pela criatividade cinematográfica de Harry Saltzman e Albert Broccoli com o aclamar da platéia internacional, após o primeiro filme embasado na obra do escritor lá por 1962 - 007 contra o satânico dr. No. A história original, de 1953, ganha relevos de produção independente, neste que é o vigésimo primeiro filme da duradoura carreira deste clássico desde a segunda metade do séc.XX. Isso porque a popularidade e o sucesso dos trabalhos com as adaptações de livros ou mesmo episódios específicos roteirizados para o cinema já renderam aos empresários um capital de giro capaz de gerar toda uma paraestrutura: media, artigos de consumo, objetos singularizados de Bond, etc; além de um aparato tecnológico eficaz e suficiente para rodar as cenas mais elaboradas do agente secreto 007: um complexo de estúdios em exclusiva finalidade à gravação da série.
A história que agora podemos assistir no cinema é o pioneiro atuar de James Bond na memória de seu criador, Ian Fleming. Aqui, vemos desde a abertura recheada de suspense (as cenas em preto e branco, os tons pesados e sombrios, os flashs e insights do próprio protagonista, entre alguns outros aspectos visuais e sonoros) realçam a tensão para que James Bond seja empossado como "00", o que na semântica do enredo quer dizer "licença para matar" no exercício de suas missões a serviço do MI-6, organização do serviço secreto britânico.
A partir da abertura oficial, com a trilha sonora após o sacar do tiro pela arma de 007, frisa-se o elemento central e guia da trama: o jogo de baralho no Cassino Royale. A montagem sempre instigante e inovadora com a temática do jogo de cartas no cassino preconiza um prelúdio tanto para o cenário ou palco da história em si, quanto a ambientação geopolítica natural da série (onde a Inglaterra é sempre observada como potência, ao menos diplomática, internacional). Tradicionalmente, esse pedaço do filme é considerado um diferencial e que caracteriza o tipo James Bond - um marco na história das películas esse início, elemento peculiaríssimo e interessante para contextualizar o filme.
Este, com certeza, é a exibição mais violenta, dinâmica e até insensível de James Bond; na gana de promoção, em virtude da elevação de estado funcional dentro do serviço secreto, ele quer mostrar atitude e absoluto controle sobre a situação à qual esteja envolvido, o domínio do fato instantâneo. mas, ainda assim, é presente o rito da complicação passional, grande e freqüente entrave no processo de amadurecimento deste personagem - um mito contemporâneo.
O desfecho impensável ou impresumível, todavia, seria o ponto importante: sugere, generalisticamente, mera pausa para o seguimento da trajetória de sir. James Bond, o agente secreto 007. Inexplicável, também, a maneira que autores, diretores, roteiristas e os atores/atrizes mesmos escolheram para reviver a narrativa de uma época tão pretérita com um viés hodierno e com traços de glamour nostálgico concomitantes. E é isto que torna este filme um reciclar e rejuvenecer da rotina perigosamente especial de James Bond: motiva-nos a imaginar o que virá depois...
João Paulo Mourão
16/12/2006
Sobre o novo 007...
2 comentários:
rpz, agora tu e critico de cinema.... blz !! tu assistiu quantas vezes? ? huahauah
bom esse filme parece ser muito bom !! vou assitir logo logo....
gostei da rewiew !!!!
falow.. boas ferias( se tu tiver)!!!
eu adorei aquele momento de tortura do Bond!
nunca ri tanto em um filme dele!!!
kkkkkkkkkkkkk!!!
"aaauuuuuu!!!! ...mais pra direita!!!"
uahauhauh!
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