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segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Sobre o novo 007...




Sobre o novo 007



O filme Cassino Royale 007 é uma remodelagem para nossa época do primeiro livro a contar as façanhas desse agente secreto inglês: James Bond. Isto é, tudo concebido sob a expressividade do autor Ian Fleming e a receptividade do público britânico em meados de 1950 e, depois, pela criatividade cinematográfica de Harry Saltzman e Albert Broccoli com o aclamar da platéia internacional, após o primeiro filme embasado na obra do escritor lá por 1962 - 007 contra o satânico dr. No. A história original, de 1953, ganha relevos de produção independente, neste que é o vigésimo primeiro filme da duradoura carreira deste clássico desde a segunda metade do séc.XX. Isso porque a popularidade e o sucesso dos trabalhos com as adaptações de livros ou mesmo episódios específicos roteirizados para o cinema já renderam aos empresários um capital de giro capaz de gerar toda uma paraestrutura: media, artigos de consumo, objetos singularizados de Bond, etc; além de um aparato tecnológico eficaz e suficiente para rodar as cenas mais elaboradas do agente secreto 007: um complexo de estúdios em exclusiva finalidade à gravação da série.

A história que agora podemos assistir no cinema é o pioneiro atuar de James Bond na memória de seu criador, Ian Fleming. Aqui, vemos desde a abertura recheada de suspense (as cenas em preto e branco, os tons pesados e sombrios, os flashs e insights do próprio protagonista, entre alguns outros aspectos visuais e sonoros) realçam a tensão para que James Bond seja empossado como "00", o que na semântica do enredo quer dizer "licença para matar" no exercício de suas missões a serviço do MI-6, organização do serviço secreto britânico.

A partir da abertura oficial, com a trilha sonora após o sacar do tiro pela arma de 007, frisa-se o elemento central e guia da trama: o jogo de baralho no Cassino Royale. A montagem sempre instigante e inovadora com a temática do jogo de cartas no cassino preconiza um prelúdio tanto para o cenário ou palco da história em si, quanto a ambientação geopolítica natural da série (onde a Inglaterra é sempre observada como potência, ao menos diplomática, internacional). Tradicionalmente, esse pedaço do filme é considerado um diferencial e que caracteriza o tipo James Bond - um marco na história das películas esse início, elemento peculiaríssimo e interessante para contextualizar o filme.

Este, com certeza, é a exibição mais violenta, dinâmica e até insensível de James Bond; na gana de promoção, em virtude da elevação de estado funcional dentro do serviço secreto, ele quer mostrar atitude e absoluto controle sobre a situação à qual esteja envolvido, o domínio do fato instantâneo. mas, ainda assim, é presente o rito da complicação passional, grande e freqüente entrave no processo de amadurecimento deste personagem - um mito contemporâneo.

O desfecho impensável ou impresumível, todavia, seria o ponto importante: sugere, generalisticamente, mera pausa para o seguimento da trajetória de sir. James Bond, o agente secreto 007. Inexplicável, também, a maneira que autores, diretores, roteiristas e os atores/atrizes mesmos escolheram para reviver a narrativa de uma época tão pretérita com um viés hodierno e com traços de glamour nostálgico concomitantes. E é isto que torna este filme um reciclar e rejuvenecer da rotina perigosamente especial de James Bond: motiva-nos a imaginar o que virá depois...

João Paulo Mourão
16/12/2006
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2 comentários:

Anônimo disse...

rpz, agora tu e critico de cinema.... blz !! tu assistiu quantas vezes? ? huahauah

bom esse filme parece ser muito bom !! vou assitir logo logo....

gostei da rewiew !!!!
falow.. boas ferias( se tu tiver)!!!

. : . Taninha . : . disse...

eu adorei aquele momento de tortura do Bond!
nunca ri tanto em um filme dele!!!
kkkkkkkkkkkkk!!!

"aaauuuuuu!!!! ...mais pra direita!!!"

uahauhauh!