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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007





A música e o cigarro

FUMANDO ESPERO (EN PORTUGUES)
Letra de J. Villadomat Masanas
Musica de Felix Garzó

versão de Eugênio Paes

Fumar é um prazer que me faz sonhar
Fumando espero aquele a quem mais quero
Se ele não vem, então me desespero
E, enquanto eu fumo, depressa a vida passa
E a sombra da fumaça me faz adormecer

E assim sempre a sonhar, fumar, amar
Por todo instante aquele a quem mais quero
Sentir seus lábios, beijar com desespero
Seu coração bater juntinho ao meu
Sentindo entre carícias seu corpo estremecer.

Antes de adormecer é o fumar um prazer
Dá-me, dá-me a tua boca
Beija até que eu fique louca
Quero assim enlouquecer de prazer
Sentindo esse calor do beijo embriagador
Que acaba por prender a chama ardente desse amor!

FUMO E FUMANTES Joferdeli (*)

Não sei como se interessa / alguém, pela vida inteira. / num hábito que começa / trazendo náusea e tonteira ! / Muito homem culto e notável / faz essa imensa bobagem. / Rende ao vício vassalagem / ridícula e detestável... / Contrastante desconsolo no viciado se situa; / quanto mais saber possua, / tanto mais se mostra um tolo! / Condenável é o fumante, não apenas por fumar / mas por viver, irritante, toda gente a defumar... / Inexperientes meninos são pelo sestro empolgados, acreditando, coitados, ficarem mais “masculinos”... / E mulheres delirantes, nos clubes, no lar, nas praças, andam soltando fumaças, / assim se crendo “elegantes”! / Pobres de espírito, apenas, / que por doentia vontade, / de um erro incorrerem nas penas, / sem qualquer necessidade! / Imensa turba assim anda; / seu arbítrio negligente / fá-la vítima inocente / de nociva propaganda... / poder-se-ia desculpar / os que contraem tal vício / se o costume de fumar / fosse agradável de início. / Mas não... E o ato pensado / de forçar o próprio gosto, / pôr-se enfermiço, disposto / a transformar-se um viciado. / Resulta estranho e chocante / a quem cultiva o bom-senso; / por isto às vezes penso / ser néscio todo fumante... / Na estapafúrdia atitude / de seu mental defeituoso, / o tabaco é-lhe precioso / mais do que a própria saúde... / Se contrai tosse nervosa / ou mesmo bronquite crônica, / não a julga perniciosa, / mas benigna e até eufônica! / Estar no vício é seu lema, / surdo, a qualquer advertência / do câncer ou do enfisema, / da religião ou da ciência... / Mania aviltante e escusa, / tem surto dos mais incríveis, / que atinge todos os níveis / da Sociedade confusa!

(*) José Fernandes de Lima Filho

Nota: Peço desculpas aos amigos fumantes. Não tive intenção de ofendê-los. Trata-se apenas da opinião de uma pessoa não-fumante.

Sem problemas, que o inverso vem logo aqui, na voz de Nelson Gonçalves:

"Fume um cigarro que passa esse nervosismo seu,
Fume um cigarro e esqueça o que aconteceu,
Não deve haver a maldade, somente amizade
Entre você e eu,
Fume um cigarrro e esqueça o que aconteceu..."

Ao que Linda Batista respondia, decidida:

"Fumei centenas de cigarros, não me acalmei..."

Centenas de cigarros, já pensaram?
Mas o grande clássico para mim é com a magistral Nora Ney:

DE CIGARRO EM CIGARRO
(Autor: Luiz Bonfá)

"Vivo só sem você
E não posso esquecer um momento sequer,
Vivo pobre de amor, à espera de alguém
E esse alguém não me quer,
Vejo o tempo passar, o inverno chegar,
Só não vejo você,
Se outro amor em meu quarto bater
Eu não vou atender.

Outra noite esperei, outra noite sem fim
Aumentou meu sofrer,
De cigarro em cigarro
Olhando a fumaça no ar se perder..."
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